13 junho, 2010

A Mensagem nº 131 de 13 de Junho de 2010




EVANGELHO – Lc 7,36 – 8,3





Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para comer com ele. Jesus entrou em casa do fariseu e tomou lugar à mesa. Então, uma mulher – uma pecadora que vivia na cidade – ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com perfume; pôs-se atrás de Jesus e, chorando muito, banhava-Lhe os pés com as lágrimas e enxugava-lhos com os cabelos, beijava-os e ungia-os com o perfume. Ao ver isto, o fariseu que tinha convidado Jesus pensou consigo:
«Se este homem fosse profeta, saberia que a mulher que O toca é uma pecadora». Jesus tomou a palavra e disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa a dizer-te». Ele respondeu: «Fala, Mestre». Jesus continuou: «Certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. Como não tinham com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles ficará mais seu amigo?»
Respondeu Simão: «Aquele – suponho eu – a quem mais perdoou». Disse-lhe Jesus: «Julgaste bem». E voltando-Se para a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não Me deste água para os pés; mas ela banhou-Me os pés com as lágrimas e enxugou-os com os cabelos.
Não Me deste o ósculo; mas ela, desde que entrei, não cessou de beijar-Me os pés. Não Me derramaste óleo na cabeça; mas ela ungiu-Me os pés com perfume. Por isso te digo: São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa,
pouco ama». Depois disse à mulher: «Os teus pecados estão perdoados». Então os convivas começaram a dizer entre si: «Quem é este homem, que até perdoa os pecados?» Mas Jesus disse à mulher: «A tua fé te salvou. Vai em paz». Depois disso, Jesus ia caminhando por cidades e aldeias,
a pregar e a anunciar a boa nova do reino de Deus. Acompanhavam-n’O os Doze, bem como algumas mulheres que tinham sido curada de espíritos malignos e de enfermidades. Eram Maria, chamada Madalena, de quem tinham saído sete demónios, Joana, mulher de Cusa, administrador de Herodes, Susana e muitas outras, que serviam Jesus com os seus bens.



ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS
PARA O 11º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(em parte adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)
1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.



Ao longo dos dias da semana anterior ao 11º Domingo do Tempo Comum, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.
2. ABERTURA DA CELEBRAÇÃO.
A força dos textos deste domingo merece que nos preparemos desde o início da celebração para bem os acolher. Podemos realçar a palavra do salmo, mesmo antes do início do cântico de entrada: “perdoai, Senhor, minha culpa e meu pecado”. A fim de nos colocarmos em atitude de ser perdoados, um tempo de silêncio permitirá tomar consciência disso antes de serem proclamadas as primeiras palavras da saudação inicial: “a graça de Nosso Senhor…” O rito penitencial pode ser introduzido pelas «palavras do salmo: “Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade e em cujo espírito não há engano”.
3. BILHETE DE EVANGELHO.
O fariseu que recebe Jesus à mesa pára o seu olhar sobre o que se vê: uma pecadora introduziu-se na sua casa; para ele, ela não é senão uma pecadora. Quanto a Jesus, lança o seu olhar sobre a mulher procurando ver, através do seu comportamento, tudo o que se passa no seu coração: se ela chora, é porque é infeliz e lamenta o seu passado; se ela molha com as suas lágrimas e limpa com os seus cabelos os pés de Jesus, se ela os beija e sobre eles derrama perfume precioso, é para manifestar o seu grande amor. Não é preciso mais nada para Jesus: Ele perdoa, não porque ela pecou muito, mas porque amou muito, mesmo se ela amou mal; sobretudo, é a sua fé que a salva. Ela faz a experiência do Amor louco de Deus que perdoa, experiência que o fariseu ainda não fez. Porque o fariseu e os convidados se ficam pelas aparências, encerram a mulher no passado. Porque Jesus olha para além das aparências, abre-se à mulher um futuro diferente, e ela parte em paz.
4. À ESCUTA DA PALAVRA.
Espantoso encontro na casa de Simão! O fariseu queria, sem dúvida, ver de mais perto este jovem rabino que dizia vir da parte de Deus. Falava bem, irradiava bondade. Porém… Tudo se desmorona! Eis que Jesus Se presta a uma cena no mínimo chocante, mesmo escabrosa. Esta mulher que se aproxima d’Ele é conhecida por ser da má vida, uma pecadora. Os seus gestos, ambíguos, dizem o que ela é. Mas o escândalo vem, sobretudo, da falta de reacção de Jesus. Simão pensava ter convidado um homem de Deus. E eis que está diante dele um homem como todos os outros, talvez mesmo um futuro “cliente” da mulher. Se ao menos Jesus tivesse retirado os seus pés, se tivesse protestado, colocado a mulher no seu devido lugar! Mas não! Segundo a Lei, deixar-se tocar por uma mulher impura tornava-o cúmplice do seu pecado. O paradoxo é grande! Cremos que Jesus é o Filho de Deus feito homem, totalmente santo, sem qualquer pecado. Também para nós, a cena é incompreensível: de um lado, a pureza, a presença mesmo do Deus três vezes santo, o fogo ardente do seu amor; do outro, a impureza, o pecado, a água suja das nossas misérias. Como vai terminar este encontro? Jesus vai cumprir uma divina alquimia. Jesus dá a esta mulher um amor que transfigura os seus gestos ambíguos. Faz deste encontro uma ocasião para manifestar a maneira de agir de Deus para com os pecadores. Jesus não aprova o seu pecado. Mas acolhe esta mulher tal como ela é. Aceita o que ela é capaz de Lhe dar. Se Ele a tivesse afastado, tê-la-ia encerrado no
seu pecado. Deixando-a fazer, quer fazer-lhe compreender que não quer tomá-la para Si, como os outros homens que ela encontrava. Dá-lhe um amor que ela nunca tinha recebido, um amor gratuito, para a fazer nascer ela própria. Ele transforma a água suja dos seus pecados em fonte purificadora, transfigurada pelo fogo do amor divino. Porque a pecadora recebeu um perdão infinito e gratuito, pôde, por sua vez, mostrar um grande amor, e nascer para a vida. É isso que Jesus nos convida a viver quando vamos até Ele!



( In página dos Dehonianos)



Meu lar é um inferno...
O pobre homem chegara ao desespero total e então resolveu procurar seu Pároco para pedir conselhos.- Senhor Padre! - clamou ele. - As coisas estão indo mal comigo, e piorando a cada momento! Somos pobres, tão pobres, que minha esposa, meus seis filhos, meus sogros e eu temos que viver num casebre só com uma divisão. Estamos sempre no caminho uns dos outros e com os nervos à flor da pele por causa de todas as nossas desgraças. Não paramos de discutir ums com os outros. Acredite: meu lar é um inferno e eu preferiria morrer a continuar vivendo assim!O padre ponderou a questão gravemente. - Meu filho - disse por fim, - prometa que fará exatamente como eu lhe disser e sua vida irá melhorar de certeza.- Eu prometo, padre - respondeu o homem atormentado. - Farei tudo e qualquer coisa que me pedir. - Diga-me, então, que animais ainda possui? - Tenho uma vaca, uma cabra e algumas galinhas. - Ótimo! Volte para sua família e coloque as galinhas dentro de casa para morar com vocês. O pobre homem ficou estupefato mas, como havia prometido ao padre, voltou para casa e levou as galinhas para morar com a família dentro de casa. Alguns dias depois, porém, retornou ao padre e lamentou-se: - Padre! Fiz como você me disse e levei as galinhas para dentro de casa. Mas foi Uma desgraça, padre, uma desgraça. As coisas estão piores do que nunca! Minha vida está um verdadeiro inferno. A casa está agora cheia de penas e porcaria de galinha por todo o lado! Salve-me, padre, salve-me, por favor! - Meu filho - respondeu o padre com serenidade. - Não se desespere. Volte para casa e coloque a cabra dentro de casa para morar com vocês. Deus irá ajudá-lo! O pobre homem achou que ia enlouquecer, mas voltou para casa e levou a cabra para dentro de casa. Mas não demorou até que voltasse correndo até ao padre. - Sr. Padre! - lamuriou-se. - Ajude-me, salve-me! A cabra está destruindo tudo dentro de casa: está transformando a minha vida num pesadelo. O cheiro está insuportável e ninguém agüenta mais a porcaria. - Meu filho - condoeu-se o padre. - Não se desespere. Deus irá ajudá-lo. Volte para casa e traga também a vaca para morar com vocês. O pobre homem achou que ia enlouquecer, mas voltou para casa e levou a vaca para morar com a família dentro de casa. Logo no dia seguinte, porém, voltou desesperado ao padre. - Padre, padre! Seus conselhos só estão nos trazendo desgraças! As coisas não param de piorar. A vaca transformou minha casa num curral e agora estamos vivendo de fato no meio da bosta. Como pode um ser humano dividir o seu espaço com um animal? É um inferno, padre, um inferno!- Meu filho, você tem razão. Volte e tire todos os bichos de dentro de casa.



No mesmo dia o homem correu para procurar o padre.- Padre, padre! - gritou ele com o rosto resplandecente. - Minha vida voltou a ser um paraíso. A casa está limpa, sossegada e vazia como não se via há muito tempo. É um prazer viver nela.



CURIOSIDADES SOBRE A BIBLIA

- "BÍBLIA" vem do grego "Biblion" (que significa "livro"). O plural de "biblion" é BÍBLIA (que significa simplesmente "LIVROS)- O Autor da Bíblia é Deus. - O Intérprete da Bíblia é o Espírito Santo. - O assunto central da Bíblia é Jesus Cristo.- A Bíblia é o livro mais editado e vendido do mundo. - A Bíblia é o livro mais lido do mundo. - Número Total de livros da Bíblia: 66 livros. - 39 no Antigo Testamento, 27 no Novo Testamento. - 66, 39 e 27 são todos múltiplos de 3, o número da perfeição. - Os 39 livros que compõem o Antigo Testamento (sem a inclusão dos apócrifos) estavam compilados desde cerca de 400 a.C., sendo aceitos pelo cânon Judaico, e também pelos Protestantes, Católicos Ortodoxos, Igreja Católica Russa, e parte da Igreja Católica tradicional. - O Velho Testamento é cerca de três vezes e meia maior do que o Novo Testamento - Os livros de história cobrem metade do Velho Testamento - Os livros de poesia cobrem um quinto do Velho Testamento - Os Evangelhos ocupam quase a metade do Novo Testamento.- O Pentateuco (os primeiros cinco livros escritos por Moisés) é quase do tamanho do Novo Testamento - O Antigo Testamento foi escrito em hebraico, com exceção de algumas passagens em Esdras, Jeremias e Daniel que foram escritas em aramaico. - O Novo Testamento foi originalmente escrito em Grego. - Existem, aproximadamente 2.800 línguas e 3.000 dialetos, mas a Bíblia já foi vertida, em parte, em 1.500 línguas e dialetos. A Bíblia inteira só está traduzida em cerca de 330 línguas. - Inicialmente, os escritos da Bíblia não eram divididos em capítulos e versículos; a divisão em capítulos só veio a acontecer no ano 1250 d.C., pelo Cardeal Hugo de Sancto Caro, monge dominicano, que dele se serviu para a sua concordância com a Vulgata. Alguns pesquisadores atribuem essa divisão também a Stephen Langton, falecido em 1228. No ano de 1551, Robert Stephen fez a divisão em versículos, publicando a primeira Bíblia, assim dividida em 1555, a Vulgata. - Em 1525, Jacob Bem Haim, na Bíblia Bomberg, em Veneza, tambémhavia dividido o Antigo Testamento em versículos. - Nenhum dos livros da Bíblia recebeu qualquer título na época em foram escritos. Os títulos dos livros vieram muitos anos depois que os livros já estavam circulando. - A palavra Bíblia vem do grego, através do latim, e significa: livros. - A Bíblia já foi traduzida por mais de 1500 línguas e dialetos.- A primeira Bíblia em português foi impressa em 1748. A tradução foi feita a partir da Vulgata Latina e iniciou-se com D. Diniz (1279-1325). - No ano de 1250 o cardeal Caro dividiu a Bíblia em capítulos, que foram divididos em versículos no ano de 1550, por Robert Stevens. - A Bíblia inteira foi escrita num período que abrange mais de 1600 anos. - É uma obra de cerca de 40 autores, das mais variadas profissões: de humildes agricultores, pescadores até renomados reis. - O Livro mais antigo da Bíblia pode não ser o Gênesis, mas o livro de Jó. Se é o mais antigo, pode ser que tenha sido escrito por Moisés, quando esteve no deserto, portanto décadas antes do Pentateuco. - O Codex Vaticanus é provavelmente o mais antigo exemplar da Bíblia em forma completa. - A primeira tradução completa da Bíblia para o inglês foi feita por Wycliffe, em 1380.- Martinho Lutero foi o primeiro tradutor da Bíblia para a língua do povo alemão. - Na biblioteca da Universidade de Gottingen, Alemanha, existe uma Bíblia que foi escrita em 470 folhas de palmeira. - O primeiro Salmo encontra-se em II Samuel 1:19-27, um lamento de Davi em memória de Saul e seu filho Jônatas. - O Antigo Testamento termina com uma maldição, e o Novo Testamento termina com uma benção. - O último livro da Bíblia a ser escrito foi III São João. - Há 3573 promessas na Bíblia. - Dos quatro evangelistas só dois andaram com Jesus; Marcos e Lucas não foram seus discípulos. - Todos os versos do Salmo 136 terminam com o mesmo estribilho: "Porque a Sua misericórdia dura para sempre." - O profeta que veio depois de Malaquias foi João Batista.- Judas foi o único dos doze apóstolos que não era Galileu. - João era o discípulo mais jovem dos doze.



http://www.nbz.com.br/igrejavirtual/biblia/curiosidadesbiblicas.htm

05 junho, 2010

A Mensagem nº 130 de 06 de Junho de 2010




EVANGELHO – Lc 7,11-17





Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim;
iam com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva. Vinha com ela muita gente da cidade.
Ao vê-la, o Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: «Não chores».
Jesus aproximou-Se e tocou no caixão; e os que o transportavam pararam. Disse Jesus: «Jovem, Eu te ordeno: levanta-te». O morto sentou-se e começou a falar; e Jesus entregou-o à sua mãe. Todos se encheram de temor e davam glória a Deus, dizendo: «Apareceu no meio de nós um grande profeta; Deus visitou o seu povo». E a fama deste acontecimento espalhou-se por toda a Judeia e pelas regiões vizinhas.






COMENTÁRIO AO EVANGELHO


Temos aqui o episódio da ressurreição do filho de uma viúva, em paralelismo com o da primeira leitura. O milagre relatado neste texto, assim como o dos versículos anteriores, respondem à pergunta de João de Baptista a Jesus: “és Tu que hás-de vir ou devemos esperar outro?” Jesus oferece a salvação (cf. Lc 7,1-10) e mostra o verdadeiro triunfo da vida (cf. Lc 7,11-17). Não é o relato em si que é o mais importante, mas o sentido que nos transmite.
Antes de mais, temos aqui uma revelação de Deus. Diante da atitude de piedade e compaixão de Jesus, neste milagre de ressurreição, vemos a exclamação do povo:
“Deus visitou o seu povo”. Jesus é “um grande profeta”, não apenas porque transmite a Palavra de Deus e anuncia o reino com palavras, mas sobretudo porque veio realizar o reino pela ressurreição, oferecendo a sua vida.
Em seguida, vemos aqui o sentido da vida. Jesus veio criar, oferecer ao homem a alegria de uma vida aberta com todo o sentido.
Percebemos ainda todo o carácter de sinal presente no milagre.
A ressurreição do filho da viúva testemunha Jesus que há-de vir, cuja vida triunfa plenamente sobre a morte.
Significa que para nós, hoje como então, Deus Se encontra onde há o sentido da piedade, do amor vivificante. Significa ainda que, seguindo Jesus, só podemos também suscitar vida, ter piedade dos que sofrem, oferecer a nossa ajuda, ter uma atitude de oblação.
Das duas, uma: ou fazemos da nossa vida um cortejo de morte, dos sem esperança, que acompanham o cadáver, em atitude de choro, de luto, de desespero; ou fazemos do nosso peregrinar um caminho de esperança, de ressurreição, de transformação do choro e da morte em sentido de vida. Podemos escolher, é certo. Mas se somos seguidores de Cristo e nos deixamos visitar por esta grande profeta, não temos alternativa!

http://www.dehonianos.org



O PÃO DE CRISTO

O que se segue é um relato verídico sobre um homem chamado Victor.
Depois de meses sem encontrar trabalho, viu-se forçado a recorrer à mendicidade para sobreviver, coisa que o entristecia e envergonhava muito. Numa tarde fria de inverno, encontrava-se nas imediações de um restaurante de luxo quando viu chegar um casal. Victor pediu-lhe algumas moedas para poder comprar algo para comer. - Não tenho trocos - foi a resposta seca. A mulher dele, ouvindo a resposta perguntou: - Que queria o pobre homem? - Dinheiro para comer. Disse que tinha fome - respondeu o marido encolhendo os ombros. - Lourenço, não podemos entrar e comer comida farta de que não necessitamos e deixar um homem faminto aqui fora! - Hoje em dia há um mendigo em cada esquina! Aposto que ele quer é dinheiro para beber! - Tenho uns trocos comigo. Vou dar-lhe alguma coisa! Mesmo de costas para eles, Victor ouviu tudo o que diziam. Envergonhado, queria afastar-se e fugindo dali, mas a voz amável voz da mulher reteve-o: - Aqui tem qualquer coisa. Consiga algo de comer, ainda que a situação esteja difícil, não perca a esperança. Em algum lugar existe trabalho para si. Faço votos para que o encontre. - Muito obrigado, minha senhora. A senhora ajuda-me a recobrar o ânimo! Nunca esquecerei a sua gentileza. - Você vai comer o Pão de Cristo! Partilhe-o - acrescentou ela com um largo sorriso dirigido mais ao homem do que ao mendigo. Victor sentiu como se uma descarga eléctrica lhe percorreu o corpo. Foi a um lugar barato para comer um pouco. Gastou só metade do que tinha recebido e resolveu guardar o restante para o dia seguinte, comeria do 'Pão de Cristo' dois dias. Mais uma vez mais sentiu aquela descarga eléctrica a percorrer-lhe o corpo: O PÃO DE CRISTO!
"Um momento! - pensou - Eu não posso guardar o 'Pão de Cristo' só para mim". Na sua cabeça parecia-lhe como que escutar o eco de um velho hino que tinha aprendido na catequese. Neste momento, passava um velhote ao seu lado. - Quem sabe, se este pobre homem também tem fome - pensou - Tenho de partilhar o 'Pão de Cristo'.- Ouça - chamou Víctor - Quer entrar e comer uma comidinha quentinha? O velho voltou-se e encarou-o de olhar incrédulo. - Está a falar sério, amigo? O homem não acreditava em tanta sorte, até que se tivesse sentado à mesa coberta com uma toalha e com um belo prato de comida quente à frente. Durante a refeição, Víctor reparou que o homem envolveu um pedaço de pão num guardanapo de papel. - Está a guardar um pouco para amanhã? - Perguntou. - Não, não. É que vi um miúdo da rua que conheço e que tem passado mal ultimamente, ele estava a chorar com fome quando o deixei. Vou levar-lhe este pão.- O Pão de Cristo! - Recordou novamente as palavras da senhora e teve a estranha sensação de que havia um terceiro convidado sentado naquela mesa. Ao longe os sinos da igreja pareciam entoar o velho hino que antes tinha ressoado na sua cabeça. Os dois homens foram levar o pão ao menino faminto que o começou a devorar com alegria. Subitamente, deteve-se e chamou um cãozinho, um cachorrinho pequeno e assustado. - Toma lá. Metade é para ti - disse o menino. O Pão de Cristo também chegará para ti. O catraio tinha mudado de semblante. Pôs-se de pé e começou a correr com alegria. - Até logo! - disse Victor ao velho - Em algum lugar encontrará um emprego. Não desespere! Sabe? - sussurrou - Isto que comemos é o Pão de Cristo. Foi uma senhora que me disse quando me deu aquelas moedas para o comprar. O futuro só nos poderá trazer algo de muito bom! Enquanto se afastava, Victor reparou melhor no cachorrinho, que lhe farejava as pernas. Abaixou-se para o acariciar quando descobriu que ele tinha uma coleira onde estava gravado o nome e o endereço do dono. Víctor pegou nele e caminhou um bom bocado até à casa dos donos do cão, e bateu à porta. Ao ver que o seu cãozinho tinha sido encontrado o homem primeiro ficou todo contente, depois tornou-se mais sério, pensando que se calhar o teriam roubado, mas encarando a cara séria de Victor e vendo no seu rosto um ar de dignidade, disse então: - Pus um anúncio no jornal oferecendo uma recompensa a quem encontrasse o cão. Tome! Victor olhou o dinheiro meio espantado e disse:- Não posso aceitar. Eu apenas queria fazer bem ao animal. - Pegue-lhe! Para mim, o que você fez vale muito mais que isto! E olhe, se precisar de emprego vá amanhã ao meu escritório. Faz-me falta, ao pé de mim, uma pessoa íntegra assim. Victor, ao voltar pela avenida, como que volta a ouvir aquele velho hino que recordava a sua infância e que ressoava na alma. Chamava-se
'REPARTE O PÃO DA VIDA'.
NÃO VOS CANSEIS DE DAR, MAS NÃO DÊS SOBRAS, DAI-O COM O CORAÇÃO, MESMO QUE DOA'. QUE O SENHOR NOS CONCEDA A GRAÇA DE TOMAR A NOSSA CRUZ E SEGUÍ-LO, MESMO QUE DOA!

Com Interesse


História de Rio Tinto


Rio Tinto tem o seu nome ligado ao rio que a atravessa, havendo mesmo uma lenda que explica o seu topónimo.
No início do século IX, os Cristãos ganhavam terreno aos Mouros. Governava o Conde Hermenegildo Gutierres o território da Galiza até Coimbra, tendo como centro o Porto.
Contudo, o Califa Abderramão II, com um poderoso exército, fez uma violenta investida, cercando a cidade do Porto. O Rei Ordonho II desceu em socorro do seu sogro, o Conde Gutierres, conseguindo afastar os Mouros e perseguindo-os para longe da cidade. Junto a um límpido ribeiro, travou-se a sangrenta batalha. Na memória do povo, ficou o sangue derramado que, de tão abundante, tingiu as cristalinas águas do rio, passando desde então a chamar-se Rio Tinto.
O rio atravessa a freguesia sensivelmente a meio, numa orientação aproximada Norte-Sul. Nasce em Ermesinde, muito perto do limite norte da freguesia e é a principal, e quase única, linha de água que existe na localidade. Durante séculos, o rio forneceu à população água e peixe. As lavadeiras ganhavam a vida nas suas águas, proliferavam nas margens os moinhos, cujos moleiros disputavam com os lavradores a água das regas. Mais recentemente, durante a última década do século XX, o rio que corre em Rio Tinto foi alvo de um crime ecológico, tendo uma parte considerável da sua extensão sido entubada e enterrada a alguns metros abaixo da superfície do solo, de forma a facilitar a expansão urbanística do pequeno município.
A povoação de Rio Tinto é anterior à criação do reino de Portugal. O lugar pertencia ao antigo julgado da Maia, e identificava-se pela existência de um antigo convento de Agostinhas, actual Quinta das Freiras, fundado em 1062. D. Afonso Henriques, após a criação do reino de Portugal, protegeu-o dando-lhe foro de couto a 20 de Maio de 1141, foro esse renovado pelos monarcas posteriores. Este couto englobava as aldeias de Vila Cova, Ranha, Rebordãos, Quintã, Triana, Portela, Areosa, Pinheiro, Gesta, Brasoleiro, Forno, Santegãos, Carreiros, Medancelhe, Casal, Lourinha, Sevilhães, Perlinhas, Ferraria, Vendas Velhas, Vendas Novas, Cavada nova, São Sebastão, Vale de Flores, Soutelo, Mendalho, Amial e Mosteiro. Em 1801 tinha 2 675 habitantes.
Do mosteiro que caracterizava e dava importância ao couto de Rio Tinto nada resta actualmente. Sabe-se, porém, que foi extinto a a 6 de Janeiro de 1535, ficando com os seus privilégios o mosteiro beneditino de Avé Maria no Porto.
Em 10 de Dezembro de 1867, através de um decreto, deu-se a criação do concelho de Rio Tinto. Dele faziam parte sete paróquias civis: Águas Santas, Covêlo, Gondomar, São Pedro da Cova, Rio Tinto, Valbom, São Vicente de Alfena e Valongo. Este concelho existiu até 14 de Janeiro de 1868. Em 28 de Junho de 1984 voltou a ser vila, agora com duas freguesias - Rio Tinto e Baguim do Monte. Desde 21 de Junho de 1995, onze anos depois de ter sido elevada a vila, foi oficialmente criada a cidade de Rio Tinto, constituída pelas freguesias de Rio Tinto e Baguim do Monte. Juntamente estas duas freguesias possuem aproximadamente 70,000 habitantes. Existe um forte desejo de muitos residentes de ser criado um município autónomo.
Feiras, Festas e Romarias
· Santo António do Corim, Igreja Paroquial do Corim (dia 13 de Junho e fim de semana seguinte)
· São Sebastião, na sua Capela (dia 20 de Janeiro e fim de semana seguinte)
· São Bento das Pêras e São Cristóvão, na Igreja Matriz (inicia-se no fim de semana anterior a dia 11 de Julho, que é o dia de São Bento, e dura até ao fim de semana seguinte, dia da Procissão e do padroeiro São Cristóvão)
· Nossa Senhora da Ponte, na Capela que lhe é dedicada. É uma celebração com cariz apenas religioso, sendo a Missa Solene no último sábado de Abril.
· Nosso Senhor dos Aflitos, na Triana (primeiro fim de semana de Agosto)
· Além destas festas com carácter mais popular realizam-se numerosas Procissões como a do Senhor Morto ou Procissão Santa, na Sexta-Feira Santa de cada ano. É também de destacar as Procissões de velas como a do dia 12 de Maio na Igreja Matriz ou do dia 31 de Maio na Capela de Nossa Senhora da Ponte, Capela de São Joaquim e Rebordãos.
· Feira Semanal ao Sábado, junto à Quinta das Freiras
· Mercado - Mercado da Areosa, de Segunda a Sábado


· http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Tinto_(Gondomar)

29 maio, 2010

A Mensagem nº 129 de 29 de Maio de 2010


29 de Maio de 2010




A MÃE CAMINHA CONNOSCO


PELAS RUAS


DA NOSSA COMUNIDADE

VIRGEM MARIA E A SANTA ESCRAVIDÃO DO AMOR


O que é a Santa Escravidão de amor?


A total consagração à Nossa Senhora, ou a santa escravidão de amor é a entrega de tudo que somos e possuímos à Santíssima Virgem para que através dela possamos mais perfeitamente pertencer a Deus.
A finalidade desta total entrega a Nossa Senhora é nos unir a Jesus Cristo e nos fazer crescer em sua graça. Nos entregamos totalmente a Nossa Senhora para que ela nos ensine a cumprir em nossa vida a Santíssima vontade de Deus. São Luís Maria de Montfort chama a Santa Escravidão de Amor de “A Verdadeira Devoção”,simplesmente porque ela nos mostra quem é Nossa Senhora, qual seu lugar no plano de salvação e sua missão na vida da Igreja e de cada um de nós. A doutrina da Santa escravidão nos faz ver e compreender que Jesus nos deu Maria como verdadeira mãe, mestra e educadora, e ao mesmo tempo nos convida e nos faz lançar aos cuidados desta boníssima Senhora atendendo ao mandato de Jesus que olhando para nós nos diz: “Eis aí tua mãe”. Assim pela total consagração de nós mesmos à Santíssima Virgem estamos dizendo nosso sim a Jesus que no-la deu por mãe, a fim de que Ela nos ensine a fazer tudo que Ele mandou. Do ponto de vista pastoral a necessidade e eficácia da total consagração a Nossa Senhora são sempre actuais, uma vez que esta consagração e devoção não são mais que a perfeita renovação das promessas do nosso santo baptismo. De fato os concílios assim como muitos Papas falaram sobre a necessidade de se recordar os cristãos os votos de seu baptismo e de seu estado de pertença a Deus, assim pela Total Consagração, nós agora por nós mesmos, renovamos nossas promessas baptismais, recuperando a consciência de nosso estado de pertença a Deus. Tudo isso através de Maria, como quer Jesus, para que Ela nos ensine a sermos fiéis a nossa adesão a Cristo bem como da renúncia de todo mal. 2- O que acontece connosco, quando nos consagramos como Maria, Escravos por Amor? Nós confirmamos a soberania de Deus e da Santíssima Virgem em nossas vidas, entregando TUDO que somos e temos a Jesus pelas mãos de Maria. Aqui, TUDO quer dizer TUDO. Nosso corpo com todos os nossos bens materiais e nossa alma com todas as nossas riquezas espirituais, nossos pensamentos, nossos desejos e quereres. Assim, mesmo os méritos de nossas orações, sacrifícios e boas obras passam a pertencer a Maria Santíssima para que Ela possa usá-los como lhe aprouver. Pela Santa Escravidão de Amor passamos a não possuir mais nada. Tudo passa ser de Maria, para que deste modo tudo possa ser de Deus. Quando fazemos esta consagração e a vivemos obtemos um aumento admirável em nosso “Capital de Graças”, e por isso nos santificamos mais rapidamente e de maneira mais perfeita e segura. Com efeito, Maria Santíssima é um caminho fácil, curto, seguro e perfeito para nos unirmos a Jesus e crescermos em sua graça.
Santo Agostinho, diz que Maria é o molde de Cristo (forma DEI). Por sua vez, diz São Thomas de Aquino, que a nossa vida cristã consiste em refazer em nós a imagem e semelhança de Deus perdida pelo pecado, ou seja, devemos nos tornar semelhantes a Jesus em nossa maneira de ser, pensar e agir. Devemos imprimir em nossa alma a fisionomia de Nosso Senhor, para amar como Jesus amou, pensar como Jesus pensou, viver como Jesus viveu...etc. Para isto nada mais oportuno do que esta consagração, uma vez que Maria Santíssima é o grande molde no qual foi formado Jesus. Assim, todo aquele que se lançar e desmanchar dentro deste molde sairá com as feições de Jesus. A consagração é a maneira pela qual nos lançamos neste molde perfeito e a vivência dessa devoção é a maneira pela qual nos desmanchamos no mesmo molde, ou seja quando nos entregarmos totalmente a Maria, Ela nos ensinará a ser, pensar e viver como Jesus. 3- Quem pode fazer esta total consagração, e como fazê-la? Todos os que querem viver o seu baptismo podem e devem fazer esta consagração, ou seja, todos os que querem ser santos, que acreditam em Jesus Cristo e em toda sua doutrina, tal qual, nos transmite a Santa Igreja. Quem faz restrições a doutrina de Jesus Cristo ensinada pela Santa Igreja, ou quem não pode (ou não quer) viver em comunhão eucarística não pode fazer esta consagração. 4 – Como fazer esta consagração? Para se fazer esta consagração é necessário primeiro conhecê-la; lendo e estudando o Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem, escrito por São Luís de Montfort, e outros livros que falem sobre a Santa Escravidão, como “O Livro de Ouro ao Alcance de todos” ouvindo palestras e participando de encontros e retiros sobre o tema. Assim, após se ter consciência do que é esta Consagração e de como deve vivê-la pode se marcar uma data e fazer os exercícios preparatórios que durarão um mês. Estes exercícios são meditações diárias que podem ser encontradas no livro “Consagração a Nossa Senhora” de Dom Antônio Maria Alves de Siqueira. A seqüência de preparação é a seguinte:


I - Doze dias preliminares- Para desapego do espírito do mundo a aquisição do Espírito de Deus. Onde se medita nossa vocação à santidade, desprendendo-se de tudo que possa nos atrapalhar a sermos santos para irmos para o céu.
II - Primeira semana- Para o conhecimento de si mesmo. Trata-se de um período para fazermos um profundo exame de consciência a partir do que devemos nos aperfeiçoar, buscando em tudo sermos agradáveis a Deus.
III - Segunda semana- Para o conhecimento da Santíssima Virgem, de sua pessoa, sua missão, das graças das quais Ela é repleta, de suas sublimes virtudes, de seus privilégios, etc. De forma que conhecendo-a melhor, possamos amá-la mais e honrá-la como Ela merece ser honrada.
IV - Terceira semana- Para o conhecimento de Jesus Cristo nosso Fim Último, nosso Grande Deus e Senhor. Aqui devemos meditar no Mistério da vinda, da vida, paixão, morte e Glorificação de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Devemos contemplar a encantadora vida de Jesus, sua pessoa e sua doutrina, para que assim possamos crer nele com profunda convicção, amá-lo com amor abrasado, de forma, a despertar em nós um grande desejo de fazê-lo conhecido, amado e adorado, por todos.
Durante esta preparação de um mês (ou 33 dias), faz-se uma confissão geral e no dia escolhido (de preferência uma festa Mariana) participasse do Santo Sacrifício da Missa e se recebe Jesus no Santíssimo Sacramento. Depois da Ação de Graças (e como Ação de Graças) se recita a fórmula da Consagração que deve estar previamente copiada (de preferência de próprio punho) e se assina. Quando o sacerdote tem conhecimento da consagração e apóia, pode-se pedir que ele assine a folha como diretor espiritual e abençoe as correntes (se forem ser utilizadas).
5- Como deve viver um consagrado e quais suas obrigações?
Prática interior – O essencial desta devoção consiste em fazer todas as coisas por Maria, com Maria, em Maria e para Maria, para mais perfeitamente fazê-las por Jesus, com Jesus, em Jesus e para Jesus. Viver num estado de abandono e confiança para com Nossa Senhora, confiando a ela todas as nossas necessidades, problemas, sofrimentos, alegrias, decisões, negócios... etc. Como uma criança pequenina, segurar nas mãos desta boa mãe e deixar-se conduzir por ela. Em tudo recorrer a Ela. Fazer tudo do jeito dela. Louvar a Deus e adorá-lo com o coração dela.
Práticas exteriores – Também devemos cantar as glórias de Maria, honrá-la com todo amor, anunciando sua dignidade e seus privilégios, ensinando a todos e em todo lugar o que é a verdadeira devoção a Ela.
Devemos contemplar os mistérios do Santo Rosário, participar de suas festas, inscrever-se em suas confrarias, fazer e renovar sempre a Consagração a Ela e levar as pessoas a fazerem o mesmo. Usar as pequenas cadeias de ferro ou correntes como sinal de nosso amor e de nossa consagração, etc. É preciso entretanto observar que estas práticas não são essenciais, mas são utilíssimas para exteriorizar nosso amor a Jesus e Maria e edificar nosso próximo.
6- A difusão e a prática generalizada da Santa Escravidão de Amor levará ao Triunfo da Santíssima Virgem, e ao reinado de Jesus.
Por fim, é importante lembrar que a Santa Escravidão de Amor, no pensamento e na doutrina de São Luís de Montfort, não é “mais uma devoção”, e muito menos “uma devoção qualquer”, é sim, o meio que a providência divina escolheu para estabelecer no mundo o triunfo de Maria e em conseqüência o reinado de Jesus. Se, portanto queremos que venha logo o prometido Triunfo do Coração de Maria e o Império de Jesus sobre toda humanidade, procuremos todos fazer, viver e propagar a Santa Escravidão de Amor.


Autor: Pe. Rodrigo Maria

Com Interesse


SANTUÁRIO DE FÁTIMA TEMA DO ANO 2010:
"Reparte com alegria,
como a Jacinta"

Pobreza e riqueza são temas recorrentes da comunicação social: na literatura, no cinema ou na informação dos períodos do Natal, do Verão, das épocas de lazer.
A literatura cor de rosa recorre ao mundo do sonho, onde milionários em grandes mansões e rodeados de luxo parecem os mais felizes, ou então, nos lugares mais paradisíacos, já não parecem criaturas deste mundo, mas semi-deuses inundados de felicidade.
Na literatura de viagens e nos documentários publicitários, a pobreza é espectáculo. Na Índia superpovoada, na selva sul-americana, no continente africano ou nas ruas escuras das metrópoles ocidentais onde as pequenas bolsas de miséria tendem a aumentar, há bons cenários para a fotografia artística, para as cores dramáticas ou para o refinado a preto e branco.
Os objectivos são variados, mas denotam uma relativização do essencial do ser humano; as abordagens desviam o olhar daquilo que ele é para aquilo que ele tem. Se o homem tem uma vida económica segundo os padrões da normalidade, passa despercebido; se é extremamente rico ou pobre – supermilionário ou miserável - tem tratamento noticioso.
Tornou-se lugar-comum a pergunta acerca das razões da pobreza e da miséria de uma parte significativa dos habitantes do planeta. Se há recursos para a humanidade inteira, por que razão se morre de fome? Será um problema de carácter administrativo ou uma incapacidade logística de organização para uma adequada distribuição? Será que a mesma humanidade que conseguiu progredir nas tecnologias e nas ciências, que debelou tantas doenças antes incuráveis, conquistou o espaço, explicou muitos mistérios da vida, não é capaz de levar uns camiões de arroz às zonas de fome? E, no que toca à pobreza espiritual, à solidão e abandono, indiferença e maus tratos? Não haverá solução no coração de uma humanidade dotada de consciência e razão?
Crescemos, mas ficámos crianças em humanidade; aumentou o cérebro, mas o coração ficou pequeno; construímos cidades, mas excluímos alguns para as selvas e as ruas sem-abrigo; criámos pão em abundância que mata uns de fartura e outros de fome; admitimos uns ao convívio feliz das nossas relações e deixamos outros às portas da solidão.
Entre os muitos problemas que afectam a humanidade, o da justiça e equidade na distribuição dos bens da terra, juntamente com o da partilha dos recursos espirituais, são, sem dúvida, dos mais importantes, que não se resolvem com leis adequadas, mesmo que elas sejam de suma importância. A outra parte está em cada pessoa, no modo como se encaram os bens, a vida e os outros; está no coração onde se jogam sentimentos e atitudes variadas, que vão do egoísmo e do ódio à dádiva e ao amor.
O Santuário de Fátima pretende, este ano de 2010, dar um contributo a todos os que se pretendem pôr a caminho na mudança cultural que se impõe. “Reparte com alegria, como a Jacinta” é a frase-chave, que encerra uma proposta de reflexão, oração, celebração e catequese a partir do décimo mandamento do Decálogo e do testemunho da Beata Jacinta Marto.
No mandamento que ordena “não cobiçar as coisas alheias” temos um sinal da pedagogia de Deus, que situa no interior do ser humano a origem de todos as tentações e males que nos afectam. O respeito pelos outros e por aquilo a que têm direito é regra de ouro da sã convivência, é preceito elementar da justiça. A mensagem cristã, no testemunho e nas palavras de Jesus quis explicitar este mandamento com as referências ao amor e à caridade até ao sacrifício de si mesmo.
Na vida da beata Jacinta Marto temos um dos mais belos exemplos de generosidade, amor e partilha. Jacinta vai ao essencial, pois partilha o que tem, mesmo que insignificante no seu valor material, e partilha o que é, num dom total de si mesma a Deus e ao próximo. É uma vida tocante pela sua autenticidade e mais ainda por provir de uma criança, tão pequena na idade e tão grande nos sentimentos. Belo testemunho a arrastar-nos para a cultura da vida como dom.
P. Virgílio Antunes, reitor do Santuário de Fátima(editorial da "Voz da Fátima" de 13 de Janeiro de 2010)

23 maio, 2010

A Mensagem nº 128 de 23 de Maio de 2010




EVANGELHO – Jo 20,19-23




Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes:
«A paz esteja convosco».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo:
«A paz esteja convosco.
Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes:
«Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos



ALGUMAS SUGESTÕES
PRÁTICAS PARA
O DOMINGO DE PENTECOSTES

(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”


)
A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao Domingo de Pentecostes, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa
comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.
MANIFESTAR A DIVERSIDADE DAS LÍNGUAS.
Poderá ser interessante manifestar a diversidade das línguas durante a celebração. Se
houver comunidades estrangeiras na assembleia, pode-se pedir para preparar uma invocação para o momento penitencial, uma intenção da oração universal ou ainda uma curta acção de graças depois da comunhão… cada uma na própria língua.
ORAÇÃO NA LECTIO DIVINA.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das
leituras com a oração.
No final da primeira leitura:
Deus criador, nós Te bendizemos pelo dom do teu Espírito, que Tu nos revelas como um sopro e um fogo e que concedes profusamente à tua Igreja e a cada um dos seus membros, nas nossas celebrações. Espírito Santo, nós Te pedimos: dá às Igrejas as línguas adaptadas para que elas possam fazer compreender a todos os povos as maravilhas de Deus.
No final da segunda leitura:
Pai santo, nós Te damos graças porque nos deste o teu Espírito. Ele faz de nós teus filhos e tuas filhas; movidos por Ele, nós Te gritamos “Abba”, Pai! Nós Te pedimos por todo o povo cristão: que cada um de nós se deixe conduzir pelo teu Espírito.
No final do Evangelho:
Nós Te bendizemos pelo teu Espírito de verdade, o defensor, que Tu nos enviaste e que está connosco para sempre. Nós Te damos graças pelo amor com que nos amas, a ponto de vir morar junto de nós. Erguemos para Ti as nossas mãos e Te pedimos: venha a nós o teu Espírito, Ele que falou pelos profetas; que Ele nos faça recordar todas as palavras do teu Filho.
BILHETE DE EVANGELHO.
Por vezes, é preciso coragem para dizer a verdade e para ser verdadeiro. Jesus sabia que os seus discípulos encontrariam muitos obstáculos para O testemunhar, Ele que é a Verdade. Então Ele promete um Defensor, Alguém que os inspirará, que lhes soprará as palavras que é preciso dizer, que respirará neles o sopro do amor, que os levará a agir em seu Nome, que os animará para fazer memória d’Ele. Este Defensor é o Espírito de Verdade, precisa Jesus, o seu Espírito. Será, pois, o seu modo de estar sempre com eles; assim, não nos deixa órfãos. São necessários sinais para manifestar esta presença do Espírito do ressuscitado. No Pentecostes, evoca-se o fogo, porque o Espírito Santo vai “queimar” a Igreja, a fim de que ela abrase o mundo para o aquecer e iluminar com o seu Amor… Evoca-se o vento, porque o Espírito vai soprar como uma tempestade e, então, transformar, refrescar… Evoca-se a multiplicidade das línguas, porque o Espírito é dado a todos numa Igreja que se diz universal… No Pentecostes, passa-se qualquer coisa. Mas o Pentecostes é hoje!

( In página dos Dehonianos)



Uma história sobre o verdadeiro amor







Um professor encontrou-se com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimónio.O mestre disse que respeitava sua opinião mas contou-lhes a seguinte história:Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarte. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando levou-a até ao carro.Conduziu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou. Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.Na hora de sepultar minha Mãe , meu Pai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:— Meus filhos, foram 55 bons anos...Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:— Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam. Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em cada Natal, e perdoamos nossos erros...Filhos, agora ela foi-se e estou contente. E vocês sabem por quê?Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso.Eu amo-a tanto que não gostaria que sofresse assim...Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo: 'Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa.E, por fim, o professor concluiu: Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar. Pois esse tipo de amor era algo que não conheciam. O verdadeiro amor revela-se nos pequenos gestos, dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.
Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado com certeza chegará mais longe

Com Interesse


SANTA MISSA
HOMILIA DO PAPA BENTO XVI (Avenida dos Aliados) Sexta-feira, 14 de Maio de 2010
Amados Irmãos e Irmãs,
Esta escrito no Livro dos Salmos: […] receba outro o seu cargo. E necessário, portanto, que […] um se torne connosco testemunha da ressurreição (Act 1, 20-22).Assim falou Pedro, lendo e interpretando a palavra de Deus no meio de seus irmãos, reunidos no Cenáculo depois da Ascensão de Jesus ao Céu. O escolhido foi Matias, que tinha sido testemunha da vida publica de Jesus e do seu triunfo sobre a morte, permanecendo-Lhe fiel ate ao fim, não obstante a debandada de muitos. A desproporção de forças em campo, que hoje nos espanta, já hà dois mil anos admirava os que viam e ouviam a Cristo. Era Ele apenas, das margens do Lago da Galileia as praças de Jerusalém, so ou quase so nos momentos decisivos: Ele em união com o Pai, Ele na força do Espírito. E todavia aconteceu que por fim, pelo mesmo amor que criou o mundo, a novidade do Reino surgiu como pequena semente que germina na terra, como centelha de luz que irrompe nas trevas, como aurora de um dia sem ocaso: E Cristo
ressuscitado. E apareceu aos seus amigos, mostrando-lhes a necessidade da cruz para chegar a ressurreição.
Uma testemunha de tudo isto, procurava Pedro naquele dia. Apresentadas duas, o Ceu designou Matias, que foi agregado aos onze Apóstolos (Act 1, 26). Hoje celebramos a sua memoria gloriosa nesta Cidade Invicta, que se vestiu de festa para acolher o Sucessor de Pedro. Dou graças a Deus por me trazer ate ao vosso meio, encontrando-vos a volta do altar. A minha cordial saudação para vos, irmãos e amigos da cidade e diocese do Porto, vindos da província eclesiástica do norte de Portugal e mesmo da vizinha Espanha, e quantos mais estão em comunhão física ou espiritual com esta nossa assembleia litúrgica. Saúdo o Senhor Bispo do Porto, Dom Manuel Clemente, que
desejou com grande solicitude a minha visita, me acolheu com grande afecto e se fez interprete dos vossos sentimentos no inicio desta Eucaristia. Saúdo seus Predecessores e demais Irmãos no episcopado, os sacerdotes, os consagrados e consagradas, e os fieis leigos, com um pensamento particular para quantos estão envolvidos na dinamização da Missão Diocesana e, mais concretamente, na preparação desta minha Visita. Sei que a mesma pode contar com a real colaboração do Presidente da Cámara do Porto e de outras Autoridades públicas, muitas das quais me honram com a sua presença, aproveitando este momento para as saudar e lhes desejar, a elas e a quantos representam e servem, os melhores sucessos a bem de todos. É necessário que um se torne connosco testemunha da ressurreição: dizia Pedro. E o seu Sucessor actual repete a cada um de vós: Meus irmãos e irmãs, e necessário que vos torneis comigo testemunhas da ressurreição de Jesus. Na realidade, se não fordes vos as suas testemunhas no próprio ambiente, quem o será em vosso lugar? O cristão é, na Igreja e com a Igreja, um missionário de Cristo enviado ao mundo. Esta é a missão inadiável de cada comunidade eclesial: receber de Deus e oferecer ao mundo Cristo ressuscitado, para que todas as situações de definhamento e morte se transformem, pelo Espírito, em ocasiões de crescimento e vida. Para isso, em cada celebração eucarística, ouviremos mais atentamente a Palavra de Cristo e saborearemos assiduamente o Pão da sua presença. Isto fará de nos testemunhas e, mais ainda, portadores de Jesus ressuscitado no mundo, levando-O para os diversos sectores da sociedade e quantos neles vivem e trabalham, irradiando aquela vida em abundância (Jo, 10, 10) que Ele nos ganhou com a sua cruz e ressurreição e que sacia os mais legítimos anseios do coração humano. Nada impomos, mas sempre propomos, como Pedro nos recomenda numa das suas cartas: Venerai Cristo Senhor em vossos corações, prontos sempre a responder a quem
quer que seja sobre a razão da esperança que há em vós (1 Ped 3, 15). E todos afinal no-la pedem, mesmo quem pareça que não. Por experiencia própria e comum, bem sabemos que e por Jesus que todos esperam. De facto, as expectativas mais profundas do mundo e as grandes certezas do Evangelho cruzam-se na irrecusável missão que nos
compete, pois sem Deus, o ser humano não sabe para onde ir e não consegue sequer compreender quem seja. Perante os enormes problemas do desenvolvimento dos povos, que quase nos levam ao desanimo e a rendição, vem em nosso auxilio a palavra do Senhor Jesus Cristo que nos torna cientes deste dado fundamental: “Sem Mim, nada
podeis fazer” (Jo 15, 5), e encoraja: “Eu estarei sempre convosco ate ao fim do mundo” (Mt 28, 20) (Bento XVI, Enc. Caritas in veritate, 78). Mas, se esta certeza nos consola e tranquiliza, não nos dispensa de ir ao encontro dos
outros. Temos de vencer a tentação de nos limitarmos ao que ainda temos, ou julgamos ter, de nosso e seguro: seria morrer a prazo, enquanto presença de Igreja no mundo, que aliás só pode ser missionaria, no movimento expansivo do Espírito. Desde as suas origens, o povo cristão advertiu com clareza a importância de comunicar a Boa Nova de
Jesus a quantos ainda não a conheciam. Nestes últimos anos, alterou-se o quadro antropológico, cultural, social e religioso da humanidade; hoje a Igreja e chamada a enfrentar desafios novos e esta pronta a dialogar com culturas e religiões diversas, procurando construir juntamente com cada pessoa de boa vontade a pacifica convivência dos povos. O campo da missão das gentes apresenta-se hoje notavelmente alargado e não definível apenas segundo considerações geográficas; realmente aguardam por nós não apenas os povos não-cristãos e as terras distantes, mas também os âmbitos sócio-culturais e sobretudo os corações que são os verdadeiros destinatários da actividade missionaria do povo de Deus. Trata-se de um mandato cuja fiel realização deve seguir o mesmo caminho de Cristo: o
caminho da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação própria ate a morte, de que Ele saiu vencedor pela sua ressurreição . Sim! Somos chamados a servir a humanidade do nosso tempo, confiando unicamente em Jesus, deixando-nos iluminar pela sua Palavra: Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto
permaneça (Jo 15, 16). Quanto tempo perdido, quanto trabalho adiado, por inadvertência deste ponto! Tudo se define a partir de Cristo, quanto a origem e a eficácia da missão: a missão recebemo-la sempre de Cristo, que nos deu a conhecer o que ouviu a seu Pai, e somos nela investidos por meio do Espírito na Igreja. Como a própria Igreja, obra de Cristo e do seu Espírito, trata-se de renovar a face da terra a partir de Deus, sempre e so de Deus! Queridos irmãos e amigos do Porto, levantai os olhos para Aquela que escolhestes como padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição. O Anjo da anunciação saudou Maria como cheia de graça, significando com esta expressão que o seu coração e a sua vida estavam totalmente abertos a Deus e, por isso, completamente invadidos pela sua graça.
Que Ela vos ajude a fazer de vos mesmos um ≪sim≫ livre e pleno a graça de Deus, para poderdes ser renovados e renovar a humanidade pela luz e a alegria do Espírito Santo.

15 maio, 2010

A Mensagem nº 127 de 16 de Maio de 2010







EVANGELHO – Lc 24,46-53






Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos com a força do alto». Depois Jesus levou os discípulos até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu. Eles prostraram-se diante de Jesus, e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria.
E estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus.






ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS
PARA O DOMINGO DA ASCENSÃO
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)

A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao Domingo da Ascensão, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por
exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num
grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa
comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.
ASCENSÃO… TRABALHAR A VERTICIALIDADE.
Para dar um tom mais específico a esta Solenidade, pode-se utilizar elementos para acentuar a verticalidade. Exemplos: colocar um recipiente com incenso, em frente ao altar, com o fumo do incenso a subir para o céu; levar o círio pascal na procissão de entrada e mantê-lo erguido durante todo o cântico de entrada, antes de o colocar no respectivo suporte; utilizar lamparinas (ou pequenas velas) durante a liturgia da Palavra. Antes da primeira leitura, um grupo de jovens com lamparinas acompanha o leitor e fica à volta do círio pascal. No fim da leitura, o presidente da assembleia acende uma pequena vela no círio pascal e comunica a luz às lamparinas dos jovens. Ficam com as lamparinas acesas durante o restante tempo da liturgia da Palavra. No Evangelho, ficam à volta daquele que lê o Evangelho e erguem as lamparinas no momento do Aleluia.
ORAÇÃO NA LECTIO DIVINA.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das
leituras com a oração.
No final da primeira leitura:
Pai, que diriges o mundo na tua liberdade soberana, nós Te bendizemos pela presença do teu Filho Jesus nas nossas assembleias e nas nossas famílias, pelo ensinamento da tua Palavra, pelo banquete da Eucaristia e pelo dom do teu Espírito. Nós Te pedimos por todas as comunidades cristãs: abre os nossos corações ao teu Espírito, que os cristãos sejam testemunhas de Cristo até aos confins da terra.
No final da segunda leitura:
Cristo ressuscitado, nós Te aclamamos como o grande sacerdote por excelência. Nós Te pedimos pelos corações feridos e os espíritos abatidos pela culpabilidade e o remorso, que eles encontrem confiança no teu perdão.
No final do Evangelho:
Pai, nós Te damos graças por toda a obra cumprida pelo teu Filho Jesus no meio dos homens, segundo as Escrituras, a sua fé em Ti no meio dos sofrimentos, a sua ressurreição e a conversão proclamada em seu nome em todas as nações. Nós Te pedimos, ó Pai: envia sobre nós o teu Espírito Santo, força do alto, que nos prometeste e o teu Filho nos revelou. Envia-nos a testemunhar a tua obra de salvação

( In página dos Dehonianos)



Mulherão
Peça a um homem descrever um mulherão.
Ele imediatamente vai falar no tamanho dos seios, na medida da cintura, no volume dos lábios, nas pernas, e cor dos olhos. Ou vai dizer que mulherão tem que ser loira, 1,80 sorriso Colgate. Etc. etc.
Mulherões, dentro deste conceito, não existem muitas. Mas mesmo assim existem por aí algumas. Agora pergunte a uma mulher o que ela considera um mulherão e você vai descobrir que tem uma em cada esquina.
Mulherão é aquela que apanha dois autocarros para ir para o trabalho e mais dois para voltar, e quando chega em casa encontra um tanque cheio de roupa para lavar e uma família morta de fome.
Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de Segunda a Sexta, e uma família todos os dias da semana.
Mulherão é aquela que volta do supermercado trazendo várias sacas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.
Mulherão é aquela que leva os filhos á escola, vai buscar os filhos á escola, leva os filhos á natação, vai busca os filhos á natação, leva os filhos para cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz.
Mulherão é aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega, e que de manhã bem cedo já está de pé, preparando o pequeno almoço.
Mulherão é aquela que dá aulas em troca de um salário pouco mais que o mínimo ás vezes a muitos kilometros de casa, é quem faz serviços voluntários, é quem colhe uvas, e quem opera pacientes, e quem lava roupa para fora, e quem põe a mesa, cozinha os alimentos e ainda trabalha atrás de um balcão.
Mulherão é quem cria filhos sozinha, quem trabalha oito horas por dia, é quem enfrenta menopausa, e menstruação, e da á luz os filhos.
Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que cada filho sente e qual o melhor remédio para azia, diarreia e dores de cabeça
Isto é ser MULHERÂO



As outras podem até ser lindas de morrer.



Mas MULHERÃO NÃO

Com Interesse


A Origem do Papado

O Sistema Católico Romano começou a tomar forma quando o Imperador Constantino, convertido ao Cristianismo presidiu o l.o Concílio das Igrejas no ano 313. No Século IV construíram a primeira basílica em Roma.As Igrejas eram livres, mas começaram a perder autonomia com Inocéncio I, ano 402 que, dizendo-se "Governante das Igrejas de Deus exigia que todas as controvérsias fossem levadas a ele."Leão I, ano 440, aumentou sua autoridade; alguns historiadores viram nele o primeiro papa. Naqueles tempos ninguém supunha que "S. Pedro foi papa", fora casado e não teve ambições temporais.O poder dos pretensos papas cresceu ainda mais quando o Imperador Romano Valentiniano III, ano 445, bajulado, reconheceu oficialmente a pretensão do papa de exercer autoridade sobre as Igrejas. O papado surgiu das rumas do Império Romano desintegrado no ano 476, herdando dele o autoritarismo e o latim como língua, embora o primeiro papa, oficialmente falando, foi Gregório no ano 600 d.C. A palavra "papa" significa pae, até o ano 500 todos os bispos ocidentais foram chamados assim: aos poucos, restringiram esse tratamento aos bispos de Roma, que valorizados, entenderam que a Capital do império desfeito deveria ser Sede da Igreja.Nicolau l, ano 858, foi o primeiro papa a usar Coroa. Usou um "Documento Conciliar falso (espúrio) dos Séculos 2.o e 3.o que exaltava o poder do papa e impôs autoridade plena r Assim, o "Papado que era recente, tomou-se coisa antiga." Quando a farsa foi descoberta Nicolau já não existia!O Vaticano projetou-se quando recebeu de Pepino, o Breve, ano 756, vastos territórios; essa doação foi confirmada pôr Carlos Magno, ano 774, quando ocupava o trono papal Adriano I. (Taglialatela, II pág. 44).Carlos Magno elevou o papado a posição de poder mundial, surgindo o "Santo Império Romano" que durou 1.100 anos. Mais tarde, Carlos Magno arrependeu-se pôr doar terras aos papas. No seu leito de morte sofreu "horríveis pesadelos". Agonizando, lastimava-se assim: "Como me justificarei diante de Deus pelas guerras que irão devastar a Itália, pois os papas serão ambiciosos, eis porque se me apresentam imagens horríveis e monstruosas que me apavoram devo merecer de Deus um severo castigo" (Piliati, Tomo I, ano 1776, Edson Thompson, Londres).O Vaticano derramou muito sangue, até ser invadido pôr Napoleão Bonaparte, em 1806. O papa foi preso e perdeu suas terras; tentou reagir mais tarde, mas Vítor Emanuelli, ano 1870. derrotou novamente as "tropas do papa" tomando-se o primeiro Rei da Itália.Assim caiu o "Santo Império Romano"! O Papa vencido advertia: "Não somos simples mortais" Ocupamos na terra o lugar de Deus, estamos acima dos anjos e somos superiores a Maria, mãe de Deus, porque ela deu a luz a um Cristo somente, mas nós, podemos fazer quantos Cristos Referia-se a transubstanciação. (Gazzeta da Alemanha n.o 21 ano 1870).Até 1929, os papas ficaram confinados no Vaticano quando Mussoline e Pio XI legalizaram com o tratado de Latrão esse pequeno Estado religioso que atualmente é "controlado pela Cúria Romana, mas governado pôr 18 velhos Cordiais, que controlam a carreira dos bispos e monsenhores, o papa fica fora dessa pirâmide". (Est. S. Paulo 28-3-82).
Fonte (http://www.cacp.org.br/index.html)

09 maio, 2010

A Mensagem nº 126 de 09 de Maio de 2010







EVANGELHO – Jo 14,23-29






Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quem Me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra.
Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou.
Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse.
Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como a dá o mundo.
Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. Ouvistes o que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis



ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS
PARA O 6º DOMINGO
DO TEMPO PASCAL
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)
1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.

Ao longo dos dias da semana anterior ao 6º Domingo do Tempo Pascal, procurar
meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da
Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver
em pleno a Palavra de Deus.
FAVORECER O ACOLHIMENTO DA BOA NOVA.
Como no domingo passado, a riqueza do Evangelho é grande: será suficiente uma única audição? Pode-se valorizar e fazer eco da Boa Nova durante toda a celebração:
na palavra de acolhimento à celebração, podem-se inserir já algumas frases da Boa Nova; no momento da proclamação do Evangelho, o presidente procurará ler o texto sem se apressar, com um tom meditativo, fazendo breves pausas; no momento do gesto de paz, o padre (ou o diácono) pode recordar que é a paz do Senhor que é «oferecida – “deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz”; depois da comunhão, algumas frases do Evangelho poderão ainda ajudar à meditação…
ORAÇÃO NA LECTIO DIVINA.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das
leituras com a oração.
No final da primeira leitura:
Nosso Pai, nós Te damos graças pelo teu Espírito Santo, que Tu comunicaste generosamente aos Apóstolos e, por eles, às tuas Igrejas, para orientar, guiar, sustentar e encorajar o teu povo na fidelidade à tua vontade. Nós Te pedimos pela Igrejas que estão em sínodo e por todas as equipas pastorais: pelo teu Espírito, ilumina-as na tomada de decisões!
No final da segunda leitura:
Deus Pai, estás presente em todas as assembleias de oração, por mais modestas que sejam, até nas nossas famílias, para aí revelar a Jerusalém celeste e a nova terra que
desejas criar connosco. Bendito sejas! Nós Te pedimos pelas paróquias e pelas comunidades que constroem, decoram ou reparam as suas igrejas. Que o teu Espírito as oriente nas suas escolhas.
No final do Evangelho:
Pai de Jesus Cristo e nosso Pai, nós Te damos graças pela tua presença fiel no teu Povo, primeiro pelo teu Filho, que habitou no meio dos discípulos, em seguida pelo teu Espírito, o Defensor, que habita connosco. Nós Te pedimos: mantém-nos fiéis à tua Palavra, dá-nos a paz, a tua paz, aquela de que o mundo tem necessidade. O teu Espírito de Paz.
(IN página dos Dehonianos)



PARE, POR FAVOR


Um jovem e bem sucedido executivo conduzia pela vizinhança, andando um bocado depressa demais no seu novo Jaguar. Observando crianças brincando entre os carros estacionados, diminuiu um pouco a velocidade, quando achou ter visto algo. Enquanto passava, foi olhando mas nenhuma criança apareceu.
De repente um tijolo espatifou-se na porta lateral do Jaguar! travou bruscamente e fez marcha atrás até o lugar de onde teria vindo o tijolo. Saltou do carro e agarrou bruscamente uma criança, empurrando-a contra um veículo estacionado e gritou: -"Por que fizeste isso? Quem és tu ? Que palermice pensas que estás fazendo?, és maluco ?Este é um carro novo e caro, aquele tijolo atiraste vai custar-me muito dinheiro. Por que fizeste isto?"- Por favor, senhor, me desculpe, eu não sabia o que fazer mais!Ninguém estava disposto a parar e me ajudar..." neste momento, lágrimas corriam do rosto do garoto, enquanto apontava na direção dos carros estacionados."Meu irmão desceu sem travão e caiu de sua cadeira de rodas e eu não consigo levantá-lo sozinho.Soluçando, o menino perguntou ao executivo:- O senhor poderia me ajudar a recolocá-lo em sua cadeira de rodas? Ele está magoado e é muito pesado para mim.Comovido internamente muito além das palavras, o jovem motorista, engolindo um "Não" dirigiu-se ao jovenzinho, colocando-o na sua cadeira de rodas. Tirou seu lenço, limpou as feridas e arranhões, verificando se tudo estava bem.- Obrigado, e que Deus possa abençoá-lo. --- A criança disse-lhe. O homem então viu o menino se distanciar, empurrando o irmão em direcção a casa. Foi um longo caminho de volta para o Jaguar, um longo e lento caminho de volta. Ele nunca mandou consertar a porta amassada. Deixou-a amassada para lembrá-lo de não ir tão rápido pela vida, e que alguém tivesse que atirar um tijolo para obter a sua atenção.
Autor desconhecido