17 agosto, 2009

A Mensagem nº 88 de 16 de Agosto de 2009







EVANGELHO – Jo 6,51-58




Naquele tempo, disse Jesus à multidão:
«Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é minha carne, que Eu darei pela vida do mundo». Os judeus discutiam entre si: «Como pode ele dar-nos a sua carne a comer?» E Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e eu nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu;
não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram:
quem comer deste pão viverá eternamente

Reflectindo

1. A LITURGIA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 20º Domingo do Tempo Comum, procurar
meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em
cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da
Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos
eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver
em pleno a Palavra de Deus.
2. BILHETE DE EVANGELHO.
O conviva é aquele que “vive com” o tempo de uma refeição. Jesus faz continuamente
referência à relação que O une a seu Pai; eles vivem a convivência, Eu vivo pelo Pai”,
diz Jesus. Mas acrescenta: “também aquele que Me come viverá por Mim”. Em cada
Eucaristia, não estamos ao lado de Cristo ressuscitado, Ele vem morar em nós para
viver em nós. Temos de dizer, como São Paulo: “Não sou eu que vivo, é Cristo que
vive em mim”. É isso a comunhão, esta união total. É o momento de dizer: “Este
mistério é grande!” É grande, porque nunca acabaremos de nos maravilharmos e de
dar graças. Hoje, se Cristo vem habitar em nós, é para que nós habitemos n’Ele.
Vivamos as nossas Eucaristias verdadeiramente como um tempo de convivência.
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3. À ESCUTA DA PALAVRA.
Jesus é insistente: não pára de repetir que os seus discípulos devem comer a sua
carne e beber o seu sangue! Ainda hoje, tal linguagem é chocante, inaceitável para a
nossa razão e para a nossa sensibilidade. Sabemos, é certo, que São João escreve
depois da Ressurreição e que as palavras de Jesus só se podem aceitar e
compreender a essa luz. Uma das palavras-chave do discurso de Jesus é “morar”:
aqui e em tantas passagens do Evangelho… Morar com alguém é entrar na sua
intimidade, para ficar juntos. É isso que Deus quer: “estar com” com os homens,
“Emanuel”, para que nós estejamos também com Ele. Não podemos aceder ao sentido
profundo das palavras de Jesus sobre a sua carne a comer e o seu sangue a beber se
não nos colocarmos no registo do amor que exige a presença, o “estar com” dos dois
seres que se amam. No amor, é tudo ou nada. O seu amor por nós é tal que Ele quer
dar-Se na totalidade do seu ser e quer que esse dom dure sempre. Esta experiência já
acontece humanamente: num momento de intensa comunhão com o ser amado,
desejamos ardentemente que isso dure sempre. Ao escolher o meio do banquete
eucarístico para colocar em nós a sua presença de Ressuscitado, Jesus quer enraizar-
Se em nós e alimentar o gérmen da Vida eterna que será doravante a sua. Eis porque
Ele pode afirmar: “quem comer deste pão viverá eternamente”. Participar na
Eucaristia, comungar do corpo e do sangue de Jesus ressuscitado, é oferecer-Lhe o
nosso “espaço humano” muito concreto, toda a nossa pessoa para que Ele venha
habitar em nós. Então podemos, desde agora, ser um com Ele: “já não sou Eu que
vivo, é Cristo que vive em mim!”.
( In página dos Dheonianos )

Para Meditar


A recompensa


Há muitos anos, houve uma grande fome na Alemanha, e os pobres sofriam muito.
Um homem rico, que amava crianças, chamou vinte delas e disse:Nesta cesta há um pão para cada um de vocês. Peguem e voltem todos osdias, até passar esta época de fome. Vou lhes dar um pão por dia. As crianças estavam esfomeadas. Atiraram-se para cima da cesta e lutaram para apanhar os maiores pães. Nem se lembraram de agradecer ao homem que tivera tanta bondade para com eles.
Após alguns minutos de luta e avanço nos pães, todos foram embora correndo, cada um com seu pão, exceto uma menina chamada Gretchen. Ela ficou lá sozinha, a pequena distância do homem.
Então, sorrindo, ela pegou o último pão, o menor de todos, e agradeceu do coração. No dia seguinte, as crianças voltaram e se comportaram pior do que nunca.Gretchen, que não entrava nos empurrões, ficou só com um pãozinho bem fininho, menos de metade do tamanho dos outros. Porém quando chegou em casa e a mãe foi cortar o pãozinho, caíram de dentro dele seis moedas bem brilhantes de prata.Oh, Gretchen! -- exclamou a mãe. Deve haver algum engano. Esse dinheiro não nos pertence. Corre o mais rápido que puderes e devolve-o ao cavalheiro!E Gretchen correu para devolver, mas, quando deu o recado da mãe, o senhordisse-lhe:
Não foi engano nenhum. Eu mandei cozinhar as moedas no menor dos pães, para te recompensar . Lembra-te sempre de que as pessoas que preferem contentar-se com o pedaço menor, em vez de lutar pelo maior, vão encontrar muitas bênçãos bem maiores do que dinheiro dentro da comida.

Com Interesse


Santo Cura d`Ars morreu há 150 anos


Data é celebrada em toda a Igreja com um Ano Sacerdotal
Bento XVI proclamou o Ano Sacerdotal - de 19 de Junho deste ano até 19 de Junho de 2010 - para celebrar os 150 anos da morte de S. João Maria Vianney.
Em Dardilly, perto de Lyon, (França) na casa que já pertencera aos seus avós, nasceu o futuro Santo Cura d´Ars a 8 de Maio de 1786. Ainda era criança e os vizinhos já comentavam a sua precoce piedade: "Vejam o gordinho, como se entretêm com o seu Anjo". Filho de Mateus e Maria Beluze, a sua infância foi marcada pelos acontecimentos da Revolução Francesa.
Com 11 anos de idade confessou-se pela primeira vez ao Pe. Groboz que viera, clandestinamente, visitar os seus pais e atendê-los espiritualmente. O exemplo deste sacerdote marcou profundamente a vida do jovem Vianney que recordou - até ao final da vida - a primeira confissão. No último ano do século XVIII recebe a primeira comunhão clandestinamente. De sua mãe recebe a instrução religiosa.
Dos seis filhos - o quarto deles foi João Maria -, desta família de camponeses a educação religiosa era essencial. João Maria aprendeu, em simultâneo, como Jesus tinha nascido e como nasce o trigo.
Uma tarde, Maria Beluze procurava o seu filho João e foi encontrá-lo no fundo do estábulo. Ajoelhado sobre a palha, João rezava com uma estatueta da Virgem nas suas mãos.
Por causa do seu ardente desejo de ser sacerdote, enfrentou uma dura luta para ter êxito nos estudos visto que tinha dificuldade nesta área. No Entanto, o amor às vezes consegue mais do que o talento. Era enorme o seu amor pelas almas.
A 13 de Agosto de 1815, depois de enormes dificuldades, que pareciam insuperáveis por causa dos obstáculos que havia encontrado nos estudos, foi ordenado sacerdote.
Antes de ser enviado para Ars, o Pe. Vianney passou três anos como coadjutor do idoso Pe. Balley, na paróquia de Écully. Quando foi nomeado pároco de Ars, o vigário geral disse-lhe: "É uma paróquia pequena, onde não há muito amor a Deus. Deverá levá-lo para lá". A casa paroquial daquela localidade foi a residência do Pe. Vianney durante 41 anos do seu ministério.
Em 1818, João Maria tinha 32 anos e os superiores, pela escassez de sacerdotes, confiaram-lhe a paróquia de Ars, um lugar afastado, onde nenhum sacerdote havia desejado ficar. Quando chegou lá - como um bom filho de São Francisco - humildemente, a pé, como um pobre entre os pobres, tentou logo conquistar aquelas almas.
Catarina Lassagne, filha de camponeses, foi a principal colaboradora do cura d´Ars e directora da «Providência», um orfanato criado por João Maria Vianney. O seu depoimento no processo de canonização foi o mais amplo e detalhado, e constitui até hoje a principal fonte de dados biográficos sobre o cura d´Ars.
No seu confessionário, onde s vezes sustentou lutas corpo a corpo com o inimigo, permanecia até 18 horas diárias, convertendo-se numa espécie de altar da misericórdia, onde começaram a acorrer pessoas de todas as partes da França e da Europa. O Santo Cura D'Ars nunca saiu ao átrio para chamar as pessoas, nem correu pelas ruas para agitar a indiferença dos paroquianos e nunca os reprovou. De joelhos diante do tabernáculo e da imagem da Virgem, permanecia longos tempos em oração, comendo apenas o necessário para viver, dormindo poucas horas durante a noite.
Ainda que distraídos e despreocupados, os paroquianos começaram a ajudar. Vendo o pároco ajoelhado, ajoelhavam-se também, e rezavam com ele. A localidade de Ars converteu-se num caminho de peregrinação de todas as partes da França e da Europa.
Os peregrinos acorriam desde o amanhecer à aquela igreja que trinta anos antes se encontrara vazia: "Diga-me onde está Ars, e eu lhe indicarei o caminho do céu", havia dito São João Maria a um pastorzinho antes de chegar à sua paróquia. João Maria Vianney morreu a 4 de Agosto de 1859, aos 73 anos.
Três anos depois, o bispo, Mons de Langalerie, deu início ao processo do Ordinário e recebeu setenta testemunhos. Em 1865, enviou-se uma cópia do processo a Roma. A 6 de Fevereiro do ano seguinte, o Papa Pio IX abriu o processo Apostólico, apesar da regra que exigia como mínimo um prazo de dez anos.
A 30 de Outubro de 1872, o Cura d´Ars foi declarado venerável e a 8 de Janeiro de 1905 foi beatificado e ficou o «patrono de todos os sacerdotes» pelo Papa Pio X que fora pároco como ele. No primeiro dia de Novembro de 1924, o Papa Pio XI canonizou-o na Praça de S. Pedro, na presença de duzentos bispos e 35 cardeais.
Luis Filipe Santos

A Mensagem nº 87 de 15 de Agosto de 2009


Dia da Assunção de Nossa Senhora




A Assunção de Nossa Senhora


A Assunção de Nossa Senhora


No dia 15 de Agosto a Igreja celebra a festa da Assunção de Nossa Senhora. "Pensa em Santa Maria, a cheia de graça, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo: no seu Coração cabe a humanidade inteira sem diferenças nem discriminações. Cada um é seu filho, ou sua filha."(S. Josemaría, Sulco, 801)

Assumpta est Maria in coelum gaudent angeli! – Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para o Céu. E os Anjos rejubilam! Assim canta a Igreja. – E é assim, com este clamor de regozijo, que começamos a contemplação, desta dezena do Santo Rosário. Adormeceu a Mãe de Deus. – Em volta do seu leito encontram-se os doze Apóstolos. – Matias substituiu Judas. E nós, por graça que todos respeitam, estamos também a seu lado. Mas Jesus quer ter Sua Mãe, em corpo e alma, na Glória. – E a Corte celestial ostenta todo o seu esplendor, para receber a Senhora. – Tu e eu – crianças, afinal – pegamos na cauda do esplêndido manto azul da Virgem e assim podemos contemplar aquela maravilha. A Trindade Santíssima recebe e cumula de honras a Filha, Mãe e Esposa de Deus... – E é tamanha a majestade da Senhora, que os Anjos perguntam Quem é esta? Santo RosárioAssumpta est Maria, in coelum, gaudent angeli. Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para os Céus. Há alegria entre os anjos e os homens. Qual a razão desta satisfação íntima que descobrimos hoje, com o coração que parece querer saltar dentro do peito e a alma cheia de paz?. Celebramos a glorificação da nossa Mãe e é natural que nós, seus filhos, sintamos um júbilo especial ao ver como é honrada pela Trindade Beatíssima. Cristo, seu Filho Santíssimo, nosso irmão, deu-no-la por Mãe no Calvário, quando disse a S. João: eis aqui a tua Mãe. E nós recebêmo-la, com o discípulo amado, naquele momento de imenso desconsolo. Santa Maria acolheu-nos na dor, quando se cumpriu a antiga profecia: e uma espada trespassará a tua alma. Todos somos seus filhos; ela é Mãe de toda a Humanidade. E agora, a Humanidade comemora a sua inefável Assunção: Maria sobe aos céus, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo. Mais do que Ela, só Deus. Cristo que passaA festa da Assunção de Nossa Senhora apresenta-nos a realidade dessa feliz esperança. Somos ainda peregrinos, mas a Nossa Mãe precedeu-nos e aponta-nos já o termo do caminho. Repete-nos que é possível lá chegar e que, se formos fiéis, lá chegaremos, pois a Santíssima Virgem não é só nosso exemplo, mas também auxílio dos cristãos. E perante a nossa petição – Monstra te esse Matrem, mostra que és Mãe – não pode nem quer negar-se a cuidar dos seus filhos com solicitude maternal. Cristo que passaQuando se dá a debandada dos Apóstolos, e o povo enraivecido rasga as gargantas em ódio a Cristo, Santa Maria segue de perto o seu Filho pelas ruas de Jerusalém. Não a arreda o clamor da multidão, nem deixa de acompanhar o Redentor enquanto todos os do cortejo, no anonimato, se fazem covardemente valentes para maltratar Cristo. Invoca-a com força – «Virgo fidelis!», Virgem fiel! – e roga-lhe que os que nos dizemos amigos de Deus o sejamos deveras e a toda a hora

Para meditar





O Rei Ricardo da Inglaterra, indo ao convento de Santo Emblay para entregar uma filha sua, enamorou-se de uma monja.Enviou-lhe muitos presentes e jóias, com a pretensão de vencer sua vontade. Mas como ela não se submetia, mandou avisar a abadessa que a entregasse, sob pena de destruir o convento.Enviou então uns homens, para que a trouxessem à força. Quando os homens chegaram ao mosteiro, ela lhes perguntou por que o príncipe se havia enamorado dela mais do que das outras monjas.Eles lhe responderam que era por causa da grande beleza de seus olhos. Ela então, com decisão, arrancou os próprios olhos, dizendo aos homens: "Soldados, levem os meus olhos, já que por eles o rei se enamorou. E deixem-me a mim, pois amo menos os meus olhos do que minha alma".E numa caixinha ela os mandou ao Rei.
Envergonhado, este dirigiu-se ao mosteiro, para pedir perdão. Pôs a caixa com os olhos sobre o altar da Virgem, dizendo-lhe que não se iria embora até que os restituísse à santa monja.O milagre fez-se, e a Virgem restituiu à monja os olhos mais formosos do que antes, fazendo-se o Rei devoto de Maria e protector do mosteiro.