18 janeiro, 2008

MENSAGEM Nº9 DE 20 DE JANEIRO DE 2008



Evangelho segundo S. João 1,29-34.

No dia seguinte, ao ver Jesus, que se dirigia para ele, exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! É aquele de quem eu disse: 'Depois de mim vem um homem que me passou à frente, porque existia antes de mim.' Eu não o conhecia bem; mas foi para Ele se manifestar a Israel que eu vim baptizar com água.» E João testemunhou: «Vi o Espírito que descia do céu como uma pomba e permanecia sobre Ele. E eu não o conhecia, mas quem me enviou a baptizar com água é que me disse: 'Aquele sobre quem vires descer o Espírito e poisar sobre Ele, é o que baptiza com o Espírito Santo'. Pois bem: eu vi e dou testemunho de que este é o Filho de Deus.»

A PALAVRA

A liturgia deste domingo coloca a questão da vocação; e convida-nos a situá-la no contexto do projecto de Deus para os homens e para o mundo. Deus tem um projecto de vida plena para oferecer aos homens; e elege pessoas para serem testemunhas desse projecto na história e no tempo.
A primeira leitura apresenta-nos uma personagem misteriosa – Servo de Jahwéh – a quem Deus elegeu desde o seio materno, para que fosse um sinal no mundo e levasse aos povos de toda a terra a Boa Nova do projecto libertador de Deus.

A vocação não se esgota, contudo, na aproximação do homem a Deus, mas é sempre em ordem a um testemunho e a uma intervenção no mundo (mesmo que se trate de uma vocação contemplativa). O homem chamado por Deus é sempre um homem que testemunha e que é um sinal vivo de Deus, dos seus valores e das suas propostas diante dos outros homens. Sinto que a minha vocação se realiza no testemunho da salvação e da libertação de Deus aos meus irmãos? A vocação a que Deus me chama leva-me a ser uma luz de esperança no mundo? A salvação de Deus atinge o mundo e torna-se uma realidade concreta no meu testemunho e no meu ministério?

Ao reflectirmos na lógica da vocação, é preciso estarmos cientes de que toda a vocação tem origem em Deus, é alimentada por Deus, e de que Deus se serve, muitas vezes, da nossa fragilidade, caducidade e indignidade para actuar no mundo. Aquilo que fazemos de bom e de bonito não resulta, portanto, das nossas forças ou das nossas qualidades, mas de Deus. O coração do profeta não tem, portanto, qualquer razão para se encher de orgulho, de vaidade e de auto-suficiência: convém ter consciência de que por detrás de tudo está Deus, e que só Deus é capaz de transformar o mundo, a partir dos nossos pobres gestos e das nossas frágeis forças.

O Evangelho apresenta-nos Jesus, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Ele é o Deus que veio ao nosso encontro, investido de uma missão pelo Pai; e essa missão consiste em libertar os homens do “pecado” que oprime e não deixa ter acesso à vida plena.

O Pai investiu Jesus de uma missão: eliminar o pecado do mundo. No entanto, o “pecado” continua a enegrecer o nosso horizonte diário, traduzido em guerras, vinganças, terrorismo, exploração, egoísmo, corrupção, injustiça… Jesus falhou? É o nosso testemunho que está a falhar? Deus propõe ao homem o seu projecto de salvação, mas não impõe nada e respeita absolutamente a liberdade das nossas opções. Ora, muitas vezes, os homens pretendem descobrir a felicidade em caminhos onde ela não está. De resto, é preciso termos consciência de que a nossa humanidade implica um quadro de fragilidade e de limitação e que, portanto, o pecado vai fazer sempre parte da nossa experiência histórica. A libertação plena e definitiva do “pecado” acontecerá só nesse novo céu e nova terra que nos espera para além da nossa caminhada terrena.
Isso não significa, no entanto, pactuar com o pecado, ou assumir uma atitude passiva diante do pecado. A nossa missão – na sequência da de Jesus – consiste em lutar objectivamente contra “o pecado” instalado no coração de cada um de nós e instalado em cada degrau da nossa vida colectiva. A missão dos seguidores de Jesus consiste em anunciar a vida plena e em lutar contra tudo aquilo que impede a sua concretização na história.


Padre Amaro Jorge scj

HISTÓRIAS PARA MEDITAR

Gestão por objectivos !!!

Era uma vez uma aldeia onde viviam dois homens que tinham o mesmo nome: Joaquim Gonçalves.Um era sacerdote e o outro, taxista.Quis o destino que morressem no mesmo dia.Quando chegaram ao céu, São Pedro esperava-os.O teu nome? « Joaquim Gonçalves.És o sacerdote? «« Não, sou taxista.São Pedro consulta as suas notas e diz:Bom, ganhaste o paraíso. Levas esta túnica com fios de ouro e este troféu de platina com incrustações de rubis. Podes entrar.O teu nome? Joaquim Gonçalves.És o sacerdote? «« Sim, sou eu mesmo.Muito bem, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e este troféu de ferro.O sacerdote diz:Desculpe, mas deve haver engano. Eu sou o Joaquim Gonçalves, o sacerdote!Sim, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e...Não pode ser! Eu conheço o outro senhor. Era taxista, vivia na minha aldeia e era um desastre!Subia os passeios, batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais.
E quanto a mim, passei 75 anos pregando todos os domingos na paróquia. Como é que ele recebe a túnica com fios de ouro e eu... isto? ?Não é nenhum engano - diz São Pedro.Aqui no céu, estamos a fazer uma gestão mais profissional, como a que vocês fazem lá na Terra.Não entendo!Eu explico.Agora orientamo-nos por objectivos.
É assim: durante os últimos anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam.
E cada vez que ele conduzia o táxi, as pessoas começavam a rezar.
Resultados !!! Percebeste? Gestão por Objectivos!

NOTÍCIAS CATÓLICAS

Santuários de Portugal criam rede

Associação terá página na Internet e fortalecerá trabalho pastoral

Por Alexandre Ribeiro
FÁTIMA, terça-feira, 15 de Janeiro de 2008 (ZENIT.org - A reflexão sobre a pastoral dos santuários em
Portugal e a sua relação com a vivência da fé na Igreja pautou os trabalhos do encontro de reitores que encerrou hoje em Fátima.
O evento, que concluiu ao meio-dia com a celebração da Eucaristia, na Capelinha das Aparições, reuniu responsáveis de 29 santuários de doze dioceses portuguesas, segundo informa o departamento de imprensa do Santuário.
Dom António Vitalino Dantas, presidente da Comissão Episcopal Mobilidade Humana, destacou que os reitores devem manter sintonia e ajudar o povo a não cometer equívocos.
«Os santuários são hoje em dia lugares da pastoral da Igreja em Portugal e no mundo e, portanto, é bom que os reitores se sintonizem um pouco, que façam estes encontros periódicos.»
«Há coisas muito importantes na devoção popular, mas também há coisas que podem desviar as pessoas. É de primeira importância este encontro», comentou com a Sala de Imprensa do Santuário.
O bispo afirmou que deve haver uma ação pastoral que integre a vivência da peregrinação e da participação paroquial.
«As pessoas espontaneamente gostam de ir aos santuários. Acho que as paróquias e os bispos devem ir, devem acompanhar as pessoas nessa sua peregrinação, mas, depois, ao longo do ano, devem-nas também ajudar a inserir-se na sua paróquia», disse.
Segundo Dom António Vitalino, é no seu local de trabalho e de residência que as pessoas devem também viver a sua fé, pois esta não algo que se vive apenas numa peregrinação.
«A ligação ‘santuário e local de residência e comunidades paroquiais’ é muito importante», destaca o bispo.
Dom António destacou ainda que o trabalho desenvolvido pelos santuários pode ser auxiliado tanto pela Comissão Episcopal de Mobilidade Humana como pela de Liturgia.
«São dois aspectos que se complementam [celebração da liturgia e peregrinação]. O importante é que esses dois aspectos sejam coordenados e que ajudemos as pessoas a encontrar-se com o centro e o cerne da sua fé», disse o bispo.
Entre as conclusões do Encontro, reconhece-se que a pastoral dos santuários tem uma importância cada vez maior na fé das pessoas e na vida da Igreja.
Os reitores e responsáveis de santuários acreditam que, com a criação de uma rede, os santuários de Portugal poderão servir melhor os fiéis e a própria Igreja.
Para a constituição desta rede, os reitores acordaram a criação da Associação de Santuários de Portugal. Decidiram também lançar uma página oficial da Associação na Internet.
Nesta página, cada santuário, apresentará os principais aspectos que o identificam: o local geográfico onde se encontra, a sua história e espiritualidade, fotografias e festas principais.
A terceira edição do Encontro dos Santuários de Portugal ficou agendada para 12 e 13 de Janeiro de 2009, no Santuário de Fátima, sob o tema «O Santuário como lugar de celebrações culturais».