13 fevereiro, 2010

A Mensagem nº 114 de 14 de Fevereiro de 2010




EVANGELHO Lc 6, ] 7.20-26









Naquele tempo, Jesus desceu do monte, na companhia dos Apóstolos, e deteve-Se num sítio plano, com numerosos discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e Sidónia.
Erguendo então os olhos para os discípulos, disse:
Bem-aventurados vós, os pobres, porque é vosso o reino de Deus.
Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados.
Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir.
Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem e insultarem e prescreverem o vosso nome como infame, por causa do Filho do homem. Alegrai-vos e exultai nesse dia, porque é grande no Céu a vossa recompensa. Era assim que os seus antepassados tratavam os profetas. Mas ai de vós, os ricos, porque já recebestes a vossa consolação. Ai de vós, que agora estais saciados, porque haveis de ter fome. Ai de vós, que rides agora, porque haveis de entristecer-vos e chorar. Ai de vós, quando todos os homens vos elogiarem.
Era assim que os seus antepassados tratavam os falsos profetas.

Reflectindo




ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS
PARA O 6º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)


A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 6º Domingo do Tempo Comum, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos
eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.


PÔR EM DESTAQUE O EVANGELIÁRIO E CONCRETIZAR A ORAÇÃO UNIVERSAL.
Neste domingo em que começa a leitura do “sermão na planície”, pode-se valorizar o Evangeliário, levando-o à frente da procissão no início da celebração ou colocando-o no centro do altar, e rodeando-o com quatro velas ou lamparinas (em referência às quatro bem-aventuranças de Lucas). As “actividades caritativas” são iniciativas que
pretendem levar a felicidade aos deserdados e aos marginalizados. Fazer um inventário das actividades caritativas na comunidade pode levar, neste domingo, a que a oração universal esteja mais enraizada nas realidades do terreno.
ORAÇÃO NA LECTIO DIVINA.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das leituras com a oração.
No final da primeira leitura:
“Senhor, Tu és a nossa esperança, em Ti pomos a nossa confiança, bendito sejas. O teu Espírito é como a água que torna verdejante a erva e faz crescer a árvore, ele nos irriga com a tua vida e nos faz produzir os frutos que Tu esperas. Nós Te confiamos os nossos irmãos e irmãs cuja fé secou. Não permitas que os nossos corações se afastem de Ti”.
No final da segunda leitura:
“Deus de vida, nós proclamamos que Jesus Cristo, teu Filho, ressuscitou de entre os mortos, para ser entre os mortos o primeiro ressuscitado; nós Te damos graças pela firme esperança que nos dás, de ressuscitar contigo.
Nós Te confiamos todos os nossos irmãos que duvidam da vida e ignoram ainda a luz da ressurreição em Jesus”.
No final do Evangelho:
“Pai dos pobres, Deus de misericórdia, bendito sejas pela esperança que revelas aos pobres, aos pequenos e a todos os feridos da vida, aqueles que a sociedade despreza e negligencia. Tu ofereces-lhes a felicidade do teu Reino. Tantos companheiros à nossa volta andam à procura da felicidade e não sabemos como os ajudar. Ilumina-os com o teu Espírito”.
BILHETE DE EVANGELHO.
A felicidade de que fala Jesus está inscrita nos rostos dos seus discípulos. É, de facto, olhando-os que Ele os declara “felizes”. Duas bem-aventuranças estão no presente. Os discípulos são já felizes, porque são pobres: deixaram tudo, barco, família, para inaugurar com Jesus o seu Reino e pregar a sua carta. São felizes porque são já
cidadãos deste Reino. São já felizes porque são como o seu Mestre, rejeitados, insultados. O seu discurso incomoda, porque convida a uma mudança, a um regresso a Deus: amar é já sair de si mesmo.
À ESCUTA DA PALAVRA.
Há diferenças entre as bem-aventuranças na versão de Mateus e na de Lucas. Indiciam duas tradições. Mateus apresenta nove bem-aventuranças, Lucas somente quatro. Mateus diz que Jesus subiu a montanha… Lucas diz que Ele desceu da montanha… Contradição apenas aparente. Dois relatos complementares. Para escutar as bem-aventuranças em Mateus, é preciso subir à montanha, elevar-se, subir-se para Deus. Isso sugere que, para viver segundo o espírito do Evangelho, não nos podemos fechar nos estreitos limites da terra. É preciso subir, respirar um ar mais puro, mais transparente. Isso exige, certamente, um esforço, pois trata-se de deixar o Espírito soprar em nós o ar de Deus. É preciso esforço, como para subir uma montanha, é preciso treino, paciência e também silêncio, atenção interior. Mas isso não significa que devemos desinteressar-nos desta vida muito concreta, da vida ordinária de todos os dias. O Evangelho não é uma droga que nos faria ver um mundo desincarnado. Jesus quer encontrar-nos na planície das nossas vidas muito reais, como está expresso nas situações das bem-venturanças. Por seu lado, os ricos são infelizes porque, no fundo, se esquecem de sair de si mesmos, de subir à montanha para respirar o ar de Deus.
( In página dos Dehonianos )

Para Meditar








O círculo do amor – A história de Bryan
Ele quase não viu a senhora com o carro parado na berma da estrada, mas percebeu que ela precisava de ajuda. Assim, parou o seu carro e aproximou-se. O carro dela cheirava ainda cheirava a novo.
Mesmo com o sorriso que ele levava estampado no rosto, ela ficou preocupada. Ninguém tinha parado para ajudar durante a última hora. Ele iria aprontar alguma coisa? Ele não parecia seguro; parecia pobre cansado e faminto. Ele notou que ela estava com muito medo e disse: “- Eu estou aqui para ajudar madame. Por que não espera no carro onde está quentinho? A propósito, meu nome é Bryan".
Bem, tudo o que ela tinha era um pneu furado, mas, para uma senhora, era muito mau.
Bryan abaixou-se, colocou o macaco e levantou o carro, e lá foi mudando o pneu. ficou um bocado sujo e ainda feriu uma das mãos. Enquanto ele apertava as porcas da roda ela abriu a janela e começou a conversar com ele. Contou que era de St. Louis e só estava de passagem por ali. Disse que não sabia como agradecer pela preciosa ajuda. Bryan apenas sorriu, enquanto se levantava. Ela perguntou quanto lhe devia (qualquer quantia teria sido muito pouco para ela). Já tinha imaginado todas as terríveis coisas que poderiam ter acontecido se Bryan não tivesse parado. Bryan não pensava em dinheiro. Aquilo não era trabalho para ele. Gostava de ajudar quando alguém tinha necessidade. Este era seu modo de viver e nunca lhe ocorreu agir de outro modo. Ele respondeu: “- Se realmente quiser me reembolsar, da próxima vez que encontrar alguém que precise de ajuda, dê a essa pessoa a ajuda de que ela precisa”. E acrescentou: “... e pense em mim”. Ele esperou até que ela saísse com o carro e também se foi. Tinha sido um dia frio e deprimido, mas ele se sentia bem, indo para casa, desaparecendo no escuro da noite. Alguns Kilometros abaixo a senhora encontrou um pequeno restaurante. Entrou para comer alguma coisa. Era um restaurante um pouco sujo. A cena inteira era estranha para ela. A empregada veio até ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para que pudesse esfregar e secar o cabelo molhado e dirigiu-lhe um doce sorriso. Um sorriso que, mesmo depois de um dia inteiro de trabalho com os pés doendo, não pode apagar. A senhora notou que a empregada estava com muitos meses de gravidez, mas ela não deixou a tensão e as dores mudarem sua atitude. A senhora ficou curiosa em saber como alguém que tinha tão pouco na vida podia tratar tão bem uma estranha. Então lembrou-se de Bryan. Depois que terminou a refeição, enquanto a empregada foi buscar o troco para a nota de cem dólares, a senhora retirou-se. Já tinha partido, quando a empregada voltou.
A empregada ainda tentou ver onde a senhora poderia ter ido quando notou algo escrito no guardanapo, sob o qual tinha mais 4 notas de cem dólares. Havia lágrimas nos seus olhos quando leu o que a senhora tinha escrito. Dizia: “ Alguém me ajudou uma vez e da mesma forma eu a estou ajudando. Se você realmente quiser me reembolsar, não deixe este círculo de amor terminar em você”. Bem. Havia mesas para limpar, açucareiros para encher e pessoas para servir. Aquela noite, quando foi para casa e se deitou na cama, ficou pensando no dinheiro e no que a senhora deixara escrito. Como pode aquela senhora saber o quanto ela e o marido precisavam disto? Com o bebé prestes a nascer para o próximo mês, como estava difícil. Ela virou-se para o preocupado marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo macio e sussurrou:
“- Tudo ficará bem, meu amor. Eu te amo Bryan”.

Com Interesse


O Dador de Sangue
No hospital, diz o médico: -

O senhor é o dador de sangue? - Não, eu sou o da dor de cabeça!


A Casa de Saúde
Entre garotos: - E tu, onde é que nesceste? - Eu nasci numa casa de saúde. - O quê? Estavas doente?


O Extraordinário
A estreia do actor foi uma decepção. O empresário chega ao pé dele e diz-lhe, secamente: — O senhor foi extra ordinário. — Oh! Isso é favor seu! Fez-se o que se pôde. Mas fico-lhe imensamente grato. Se o senhor me acha extraordinário, enfim... posso ter esperanças. — Eu não disse extraordinário. Eu disse extra ordinário!


Casa da Mãe Joana
A expressão se deve a Joana, cujo nome completo se desconhece. Joana viveu na Idade Média entre 1326 e 1382 e foi rainha de Nápoles e condessa de Provença. Teve uma vida atribulada e em 1346 passou a residir em Avignon, na França.
Aos 21 anos, Joana regulamentou os bordéis da cidade onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: "o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar." Transposta para Portugal, a expressão paço-da-mãe-joana virou sinônimo de prostíbulo. Trazida para o Brasil, o termo paço, por não ser da linguagem popular, foi substituído por casa e "casa-da-mãe-joana" e serviu passou a indicar o lugar ou situação em que cada um faz o que quer, onde imperam a desordem e a desorganização.

Dar com os burros n'água


A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado para se referir a alguém que faz um grande esforço para conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.