05 junho, 2010

A Mensagem nº 130 de 06 de Junho de 2010




EVANGELHO – Lc 7,11-17





Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim;
iam com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva. Vinha com ela muita gente da cidade.
Ao vê-la, o Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: «Não chores».
Jesus aproximou-Se e tocou no caixão; e os que o transportavam pararam. Disse Jesus: «Jovem, Eu te ordeno: levanta-te». O morto sentou-se e começou a falar; e Jesus entregou-o à sua mãe. Todos se encheram de temor e davam glória a Deus, dizendo: «Apareceu no meio de nós um grande profeta; Deus visitou o seu povo». E a fama deste acontecimento espalhou-se por toda a Judeia e pelas regiões vizinhas.






COMENTÁRIO AO EVANGELHO


Temos aqui o episódio da ressurreição do filho de uma viúva, em paralelismo com o da primeira leitura. O milagre relatado neste texto, assim como o dos versículos anteriores, respondem à pergunta de João de Baptista a Jesus: “és Tu que hás-de vir ou devemos esperar outro?” Jesus oferece a salvação (cf. Lc 7,1-10) e mostra o verdadeiro triunfo da vida (cf. Lc 7,11-17). Não é o relato em si que é o mais importante, mas o sentido que nos transmite.
Antes de mais, temos aqui uma revelação de Deus. Diante da atitude de piedade e compaixão de Jesus, neste milagre de ressurreição, vemos a exclamação do povo:
“Deus visitou o seu povo”. Jesus é “um grande profeta”, não apenas porque transmite a Palavra de Deus e anuncia o reino com palavras, mas sobretudo porque veio realizar o reino pela ressurreição, oferecendo a sua vida.
Em seguida, vemos aqui o sentido da vida. Jesus veio criar, oferecer ao homem a alegria de uma vida aberta com todo o sentido.
Percebemos ainda todo o carácter de sinal presente no milagre.
A ressurreição do filho da viúva testemunha Jesus que há-de vir, cuja vida triunfa plenamente sobre a morte.
Significa que para nós, hoje como então, Deus Se encontra onde há o sentido da piedade, do amor vivificante. Significa ainda que, seguindo Jesus, só podemos também suscitar vida, ter piedade dos que sofrem, oferecer a nossa ajuda, ter uma atitude de oblação.
Das duas, uma: ou fazemos da nossa vida um cortejo de morte, dos sem esperança, que acompanham o cadáver, em atitude de choro, de luto, de desespero; ou fazemos do nosso peregrinar um caminho de esperança, de ressurreição, de transformação do choro e da morte em sentido de vida. Podemos escolher, é certo. Mas se somos seguidores de Cristo e nos deixamos visitar por esta grande profeta, não temos alternativa!

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O PÃO DE CRISTO

O que se segue é um relato verídico sobre um homem chamado Victor.
Depois de meses sem encontrar trabalho, viu-se forçado a recorrer à mendicidade para sobreviver, coisa que o entristecia e envergonhava muito. Numa tarde fria de inverno, encontrava-se nas imediações de um restaurante de luxo quando viu chegar um casal. Victor pediu-lhe algumas moedas para poder comprar algo para comer. - Não tenho trocos - foi a resposta seca. A mulher dele, ouvindo a resposta perguntou: - Que queria o pobre homem? - Dinheiro para comer. Disse que tinha fome - respondeu o marido encolhendo os ombros. - Lourenço, não podemos entrar e comer comida farta de que não necessitamos e deixar um homem faminto aqui fora! - Hoje em dia há um mendigo em cada esquina! Aposto que ele quer é dinheiro para beber! - Tenho uns trocos comigo. Vou dar-lhe alguma coisa! Mesmo de costas para eles, Victor ouviu tudo o que diziam. Envergonhado, queria afastar-se e fugindo dali, mas a voz amável voz da mulher reteve-o: - Aqui tem qualquer coisa. Consiga algo de comer, ainda que a situação esteja difícil, não perca a esperança. Em algum lugar existe trabalho para si. Faço votos para que o encontre. - Muito obrigado, minha senhora. A senhora ajuda-me a recobrar o ânimo! Nunca esquecerei a sua gentileza. - Você vai comer o Pão de Cristo! Partilhe-o - acrescentou ela com um largo sorriso dirigido mais ao homem do que ao mendigo. Victor sentiu como se uma descarga eléctrica lhe percorreu o corpo. Foi a um lugar barato para comer um pouco. Gastou só metade do que tinha recebido e resolveu guardar o restante para o dia seguinte, comeria do 'Pão de Cristo' dois dias. Mais uma vez mais sentiu aquela descarga eléctrica a percorrer-lhe o corpo: O PÃO DE CRISTO!
"Um momento! - pensou - Eu não posso guardar o 'Pão de Cristo' só para mim". Na sua cabeça parecia-lhe como que escutar o eco de um velho hino que tinha aprendido na catequese. Neste momento, passava um velhote ao seu lado. - Quem sabe, se este pobre homem também tem fome - pensou - Tenho de partilhar o 'Pão de Cristo'.- Ouça - chamou Víctor - Quer entrar e comer uma comidinha quentinha? O velho voltou-se e encarou-o de olhar incrédulo. - Está a falar sério, amigo? O homem não acreditava em tanta sorte, até que se tivesse sentado à mesa coberta com uma toalha e com um belo prato de comida quente à frente. Durante a refeição, Víctor reparou que o homem envolveu um pedaço de pão num guardanapo de papel. - Está a guardar um pouco para amanhã? - Perguntou. - Não, não. É que vi um miúdo da rua que conheço e que tem passado mal ultimamente, ele estava a chorar com fome quando o deixei. Vou levar-lhe este pão.- O Pão de Cristo! - Recordou novamente as palavras da senhora e teve a estranha sensação de que havia um terceiro convidado sentado naquela mesa. Ao longe os sinos da igreja pareciam entoar o velho hino que antes tinha ressoado na sua cabeça. Os dois homens foram levar o pão ao menino faminto que o começou a devorar com alegria. Subitamente, deteve-se e chamou um cãozinho, um cachorrinho pequeno e assustado. - Toma lá. Metade é para ti - disse o menino. O Pão de Cristo também chegará para ti. O catraio tinha mudado de semblante. Pôs-se de pé e começou a correr com alegria. - Até logo! - disse Victor ao velho - Em algum lugar encontrará um emprego. Não desespere! Sabe? - sussurrou - Isto que comemos é o Pão de Cristo. Foi uma senhora que me disse quando me deu aquelas moedas para o comprar. O futuro só nos poderá trazer algo de muito bom! Enquanto se afastava, Victor reparou melhor no cachorrinho, que lhe farejava as pernas. Abaixou-se para o acariciar quando descobriu que ele tinha uma coleira onde estava gravado o nome e o endereço do dono. Víctor pegou nele e caminhou um bom bocado até à casa dos donos do cão, e bateu à porta. Ao ver que o seu cãozinho tinha sido encontrado o homem primeiro ficou todo contente, depois tornou-se mais sério, pensando que se calhar o teriam roubado, mas encarando a cara séria de Victor e vendo no seu rosto um ar de dignidade, disse então: - Pus um anúncio no jornal oferecendo uma recompensa a quem encontrasse o cão. Tome! Victor olhou o dinheiro meio espantado e disse:- Não posso aceitar. Eu apenas queria fazer bem ao animal. - Pegue-lhe! Para mim, o que você fez vale muito mais que isto! E olhe, se precisar de emprego vá amanhã ao meu escritório. Faz-me falta, ao pé de mim, uma pessoa íntegra assim. Victor, ao voltar pela avenida, como que volta a ouvir aquele velho hino que recordava a sua infância e que ressoava na alma. Chamava-se
'REPARTE O PÃO DA VIDA'.
NÃO VOS CANSEIS DE DAR, MAS NÃO DÊS SOBRAS, DAI-O COM O CORAÇÃO, MESMO QUE DOA'. QUE O SENHOR NOS CONCEDA A GRAÇA DE TOMAR A NOSSA CRUZ E SEGUÍ-LO, MESMO QUE DOA!

Com Interesse


História de Rio Tinto


Rio Tinto tem o seu nome ligado ao rio que a atravessa, havendo mesmo uma lenda que explica o seu topónimo.
No início do século IX, os Cristãos ganhavam terreno aos Mouros. Governava o Conde Hermenegildo Gutierres o território da Galiza até Coimbra, tendo como centro o Porto.
Contudo, o Califa Abderramão II, com um poderoso exército, fez uma violenta investida, cercando a cidade do Porto. O Rei Ordonho II desceu em socorro do seu sogro, o Conde Gutierres, conseguindo afastar os Mouros e perseguindo-os para longe da cidade. Junto a um límpido ribeiro, travou-se a sangrenta batalha. Na memória do povo, ficou o sangue derramado que, de tão abundante, tingiu as cristalinas águas do rio, passando desde então a chamar-se Rio Tinto.
O rio atravessa a freguesia sensivelmente a meio, numa orientação aproximada Norte-Sul. Nasce em Ermesinde, muito perto do limite norte da freguesia e é a principal, e quase única, linha de água que existe na localidade. Durante séculos, o rio forneceu à população água e peixe. As lavadeiras ganhavam a vida nas suas águas, proliferavam nas margens os moinhos, cujos moleiros disputavam com os lavradores a água das regas. Mais recentemente, durante a última década do século XX, o rio que corre em Rio Tinto foi alvo de um crime ecológico, tendo uma parte considerável da sua extensão sido entubada e enterrada a alguns metros abaixo da superfície do solo, de forma a facilitar a expansão urbanística do pequeno município.
A povoação de Rio Tinto é anterior à criação do reino de Portugal. O lugar pertencia ao antigo julgado da Maia, e identificava-se pela existência de um antigo convento de Agostinhas, actual Quinta das Freiras, fundado em 1062. D. Afonso Henriques, após a criação do reino de Portugal, protegeu-o dando-lhe foro de couto a 20 de Maio de 1141, foro esse renovado pelos monarcas posteriores. Este couto englobava as aldeias de Vila Cova, Ranha, Rebordãos, Quintã, Triana, Portela, Areosa, Pinheiro, Gesta, Brasoleiro, Forno, Santegãos, Carreiros, Medancelhe, Casal, Lourinha, Sevilhães, Perlinhas, Ferraria, Vendas Velhas, Vendas Novas, Cavada nova, São Sebastão, Vale de Flores, Soutelo, Mendalho, Amial e Mosteiro. Em 1801 tinha 2 675 habitantes.
Do mosteiro que caracterizava e dava importância ao couto de Rio Tinto nada resta actualmente. Sabe-se, porém, que foi extinto a a 6 de Janeiro de 1535, ficando com os seus privilégios o mosteiro beneditino de Avé Maria no Porto.
Em 10 de Dezembro de 1867, através de um decreto, deu-se a criação do concelho de Rio Tinto. Dele faziam parte sete paróquias civis: Águas Santas, Covêlo, Gondomar, São Pedro da Cova, Rio Tinto, Valbom, São Vicente de Alfena e Valongo. Este concelho existiu até 14 de Janeiro de 1868. Em 28 de Junho de 1984 voltou a ser vila, agora com duas freguesias - Rio Tinto e Baguim do Monte. Desde 21 de Junho de 1995, onze anos depois de ter sido elevada a vila, foi oficialmente criada a cidade de Rio Tinto, constituída pelas freguesias de Rio Tinto e Baguim do Monte. Juntamente estas duas freguesias possuem aproximadamente 70,000 habitantes. Existe um forte desejo de muitos residentes de ser criado um município autónomo.
Feiras, Festas e Romarias
· Santo António do Corim, Igreja Paroquial do Corim (dia 13 de Junho e fim de semana seguinte)
· São Sebastião, na sua Capela (dia 20 de Janeiro e fim de semana seguinte)
· São Bento das Pêras e São Cristóvão, na Igreja Matriz (inicia-se no fim de semana anterior a dia 11 de Julho, que é o dia de São Bento, e dura até ao fim de semana seguinte, dia da Procissão e do padroeiro São Cristóvão)
· Nossa Senhora da Ponte, na Capela que lhe é dedicada. É uma celebração com cariz apenas religioso, sendo a Missa Solene no último sábado de Abril.
· Nosso Senhor dos Aflitos, na Triana (primeiro fim de semana de Agosto)
· Além destas festas com carácter mais popular realizam-se numerosas Procissões como a do Senhor Morto ou Procissão Santa, na Sexta-Feira Santa de cada ano. É também de destacar as Procissões de velas como a do dia 12 de Maio na Igreja Matriz ou do dia 31 de Maio na Capela de Nossa Senhora da Ponte, Capela de São Joaquim e Rebordãos.
· Feira Semanal ao Sábado, junto à Quinta das Freiras
· Mercado - Mercado da Areosa, de Segunda a Sábado


· http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Tinto_(Gondomar)