08 novembro, 2008

A Mensagem nº 48 de 09-11-2008


Evangelho (João 2,13-22)


Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. 14No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. 15Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16E disse aos que vendiam pombas: "Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!" 17Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: "O zelo por tua casa me consumirá". 18Então os judeus perguntaram a Jesus: "Que sinal nos mostras para agir assim?" 19Ele respondeu: "Destruí este Templo, e em três dias o levantarei". 20Os Judeus disseram: "Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?" 21Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo. 22Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele.

A Palavra


Celebramos hoje a "dedicação" (ou consagração) da Basílica São João de Latrão. Foi a primeira Igreja a ser construída. É a catedral do Papa, como bispo de Roma, a Igreja-Mãe de todas as igrejas do mundo.
Esta festa convida-nos a tomar consciência de que a Igreja de Deus, simbolizada e representada pela Basílica de Latrão, é hoje, no meio do mundo, a "morada de Deus", o testemunho vivo da presença de Deus na caminhada dos homens.
As leituras bíblicas falam do significado do Templo.
Na 1ª Leitura, o Profeta Ezequiel vê sair do TEMPLO uma Água, que gera Vida por onde passa.
O Povo exilado na Babilônia, longe de Jerusalém e do seu templo destruído, é fortalecido pela esperança do surgimento de um novo templo. A Água viva, que brota do templo, simboliza a Vida nova, a salvação oferecida por Deus.

A questão central no texto que a liturgia deste dia nos propõe como primeira leitura é a da presença de Deus no meio dos homens. O nosso texto garante-nos que Deus nunca desiste de Se fazer uma presença amiga e reconfortante na caminhada dos homens e de derramar sobre a humanidade sofredora vida em abundância. Trata-se de uma “boa nova” que devemos ter continuamente presente… As guerras, as injustiças, as convulsões sociais, a depressão económica, os escândalos que abalam a sociedade e que nos fazem desconfiar das instituições, a falência dos líderes em quem confiamos, as notícias diárias sobre a escravatura e o tráfico de seres humanos, a crise de valores, a falta de respeito pela vida humana, desenvolvem em nós sentimentos de angústia, de frustração, de insegurança, de instabilidade, de orfandade. Diante dos dramas que todos os dias nos atingem, sentimo-nos abandonados, perdidos, desnorteados, à deriva… Contudo, para nós, crentes, a certeza de que Deus reside no meio dos homens e derrama continuamente sobre eles vida em abundância é um convite à serenidade, à confiança e à esperança. O mundo não caminha para um beco sem saída, pois Deus está presente em cada passo da caminhada histórica da humanidade. Nós, os crentes, temos de dar testemunho, diante dos nossos contemporâneos, desta certeza que nos anima.
Na 2ª Leitura, São Paulo afirma que somos TEMPLO DE DEUS e morada do Espírito Santo.
Por isso, animados pelo Espírito Santo, devemos ser o Sinal vivo de Deus e testemunhas da salvação diante dos homens do nosso tempo.
No Evangelho, Jesus apresenta-se como o NOVO TEMPLO.
"Destruí este templo e em três dias eu o reerguerei... Falava do templo do seu corpo". (Jo 2,13-22)
O TEMPLO, na época de Jesus, havia se transformado num grande mercado, num instrumento de exploração. Usavam o nome de Deus para obter lucro e benefícios pessoais.
Jesus quer Purificar o Templo, libertando-o desses exploradores.
Assim entendemos o gesto violento de Cristo, de chicote na mão...
Mas Jesus quer mais: fala de um Novo Templo. Ele é, agora, o "lugar" onde Deus reside no mundo. O corpo de Jesus é lugar de encontro entre Deus e a humanidade. Ao ressuscitar dos mortos o próprio Filho, o Pai colocou-o como pedra fundamental do novo santuário.
Como é que podemos encontrar Deus e chegar até ele?
O Evangelho de hoje responde: é olhando para Jesus. Nas palavras e nos gestos de Jesus, Deus se revela aos homens, manifesta o seu amor, oferece a vida plena, faz-se companheiro de caminhada e aponta caminhos de salvação.

Os cristãos têm de ser pedras vivas desse novo Templo onde Deus se manifesta ao mundo e vem ao encontro dos homens para lhes oferecer a vida e a salvação.
Os homens do nosso tempo têm de ver no rosto dos cristãos o rosto bondoso e terno de Deus;
têm de experimentar, nos gestos de partilha, de solidariedade, de serviço, de perdão dos cristãos, a vida nova de Deus; têm de encontrar, na preocupação dos cristãos com a justiça e com a paz,
o anúncio desse mundo novo que Deus quer oferecer a todos os homens.


Padre Amaro Jorge scj

Para Meditar


O HOMEM FELIZ


Narra antiga lenda, que certa vez um rei adoeceu gravemente e à medida que o tempo passava seu estado piorava.Os médicos tentaram de tudo, mas nada parecia funcionar. Estavam a ponto de perder a esperança quando a velha criada falou:Eu sei uma forma de salvar o rei. Se vocês puderem encontrar um homem feliz, tirar-lhe a camisa e vesti-la no rei, ele se recuperará.Ao ouvir tal afirmativa, o rei enviou seus mensageiros a todos os cantos do reino a procura de um homem feliz.Eles cavalgaram por todos os lugares e não encontraram um homem feliz.Ninguém estava satisfeito; todos tinham uma queixa a fazer."Aquele alfaiate estúpido fez as calças muito curtas! Ouviram um homem rico dizer.""A comida está péssima, este cozinheiro não consegue fazer nada direito!Outro reclamava.""O que há de errado com os nossos filhos? Resmungava um pai insatisfeito.""O teto está vazando!""A situação financeira está péssima""Será que o Rei não pode dar um jeito nessa situação?"Essas e outras tantas queixas eram o que os mensageiros do rei ouviram por onde passaram.Se um homem era rico, não tinha o bastante; se não era rico, era culpa de alguém.Enfim, naquele reino todos tinham algo do que reclamar.O rei já tinha perdido a esperança de ficar bom, quando numa noite, seu filho cavalgava pelos campos e, ao passar perto de uma cabana ouviu alguém dizer:Obrigado Senhor! Concluí meu trabalho diário e ajudei meu semelhante.Comi meu alimento, e agora posso deitar-me e dormir em paz. O que mais poderia desejar, Senhor?O príncipe exultou de felicidade por ter, finalmente, encontrado um homem feliz.Retornou e mandou que seus homens fossem até lá e levassem a camisa do homem ao rei e lhe pagassem o quanto pedisse.Mas quando os mensageiros do rei entraram na cabana para despir a camisa do homem feliz, descobriram que ele era tão pobre que sequer possuía uma camisa.A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte !

Notícias da Comunidade






- FESTA DO ACOLHIMENTO – 1º ANO DE CATEQUESE
Este sábado (dia 8 Novembro) celebra-se a FESTA DO ACOLHIMENTO às cerca de 300 crianças (e respectivas famílias) que entraram este ano para a catequese, e estão a começar este caminho de descoberta e de conhecimento do grande Amigo que é Jesus. A comunidade Paroquial de Rio Tinto ficou mais rica!
Pedimos a Deus que dirija e ilumine estas crianças pelos seus caminhos, que assista aos pais e familiares na sua missão de primeiros educadores da fé, e que faça descer a Sua graça sobre os catequistas, para que não deixem de as ajudar, pela palavra e pelo exemplo, a seguirem os passos de Jesus.


- REUNIÃO DE CATEQUISTAS DE CADA VOLUME:
No próximo dia 14 de Novembro (6ª feira) às 21,30h nos Salões da Igreja Paroquial haverá reunião para os catequistas dos seguintes volumes: 2º ano, 4º ano e adolescência.


- 15 de Novembro de 2008: DIA VICARIAL DO CATEQUISTA
No próximo sábado (dia 15 de Novembro) realiza-se o Dia Vicarial do Catequista, no Centro Social de Jovim, das 9h às 17h. Trata-se de um dia dedicado à formação, oração e convívio entre os catequistas da vigararia de Gondomar, tendo como base de reflexão o tema do ano Pastoral “S. Paulo”.

Por este motivo, no Centro de Catequese de Medancelhe:
Evangelho (João 2,13-22)angelho (João 2,13-2213Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. 14No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. 15Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16E disse aos que vendiam pombas: "Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!" 17Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: "O zelo por tua casa me consumirá". 18Então os judeus perguntaram a Jesus: "Que sinal nos mostras para agir assim?" 19Ele respondeu: "Destruí este Templo, e em três dias o levantarei". 20Os Judeus disseram: "Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?" 21Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo. 22Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele.
- em 15 de Novembro de 2008 (sábado): NÃO HÁ CATEQUESE

- Nota: embora não haja catequeses no dia 15, HÁ EUCARISTIA DAS 10,30H NO DIA 16 de Novembro

- 16 de Novembro de 2008 às 15,30h: MAGUSTO ABC & COMUNIDADE DE MEDANCELHE
Vamos animar esta tarde de Magusto com castanhas e Jogos tradicionais na Obra ABC. Todos são convidados a trazer: CASTANHAS GOLPEADAS E COM SAL (o ideal é serem entregues no domingo de manhã, no fim da missa); SUMO; BOLOS (para quem não goste de castanhas!) ...E MUITA VONTADE DE PARTILHAR E DIVERTIR !






(Colaboração de Paula Rocha)

02 novembro, 2008

A Mensagem nº 47 de 02-11-2008


EVANGELHO – Jo 6,51-58

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João


Naquele tempo,disse Jesus à multidão:«Eu sou o pão vivo que desceu do Céu.Quem comer deste pão viverá eternamente.E o pão que Eu hei-de dar é minha carne,que Eu darei pela vida do mundo».Os judeus discutiam entre si:«Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?»Jesus disse-lhes:«Em verdade, em verdade vos digo:Se não comerdes a carne do Filho do homeme não beberdes o seu sangue,não tereis a vida em vós.Quem come a minha carne e bebe o meu sanguetem a vida eterna;e Eu o ressuscitarei no último dia.A minha carne é verdadeira comidae o meu sangue é verdadeira bebida.Quem come a minha carne e bebe o meu sanguepermanece em Mim e Eu nele.Assim como o Pai, que vive, Me envioue Eu vivo pelo Pai,também aquele que Me come viverá por Mim.Este é o pão que desceu do Céu;não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram:Quem comer deste pão viverá eternamente».deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.’

A Palavra


O Dia dos Fiéis defuntos, que hoje celebramos, está impregnado de um profundo sentimento religioso no qual se unem afecto e recordações familiares com a fé e esperança cristãs.
Por esse motivo suscita sempre um profundo eco no povo de Deus.
É uma oportunidade especial para rezar pelos nossos mortos e lembrar a alegre verdade sobre a qual está fundada a nossa fé: a RESSURREIÇÃO.


1. Celebramos a vida, não a morte
A religião cristã não celebra o culto à morte, mas à vida. Assim o ressalta a liturgia da palavra. Todo o conjunto nos fala de ressurreição e vida; e a referência onipresente é a Ressurreição de Cristo, da qual participa o cristão pela fé e pelos sacramentos. Por isso, este dia não é uma comemoração para a tristeza, provocando saudade dos seres queridos que já nos deixaram,
mas uma recordação cheia de esperança que expressa e continua a Comunhão dos Santos, que celebramos no dia de ontem.


2. Lembramos nosso futuro:
A Visão cristã da morte dá o verdadeiro valor da vida humana. O discípulo de Cristo identifica a vida futura na qual crê e espera, com um ser vivo, pessoal e amigo que é o Deus de Jesus Cristo, e de cuja vida participará agora e continuará a participar no futuro. Instruídos pela palavra de Deus, acreditamos que:


"O Homem foi criado por Deus para um fim feliz, além dos limites da miséria terrestre...
Cristo conseguiu a vitória sobre a morte, libertando o homem da morte e ressuscitando para a vida. Para qualquer homem que tem a coragem de reflectir sobre as grandes questões, a fé dá uma resposta à sua angústia sobre o que há-de vir".
Cristo é a Raiz, o fundamento da esperança cristã: Estaremos sempre com Cristo. Jesus é a razão última do nosso viver, morrer e esperar como cristão. Uma vez que Ele se fez igual a nós em tudo, passou também pela morte para alcançar a Vida eterna. Esse é o itinerário que o discípulo deve percorrer.


Cristo é vida e ressurreição para aquele que nele crê.
Tudo vem confirmar a afirmação do próprio Jesus momentos antes de realizar a ressurreição de Lázaro, seu amigo:
"Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que crê em mim, embora esteja morto, viverá; e aquele que está vivo e crê em mim, não morrerá para sempre".
Assim, diante da morte dos nossos entes queridos, não devemos pensar numa perda irreparável, mas no destino esperançoso ao qual Deus nos chama: "Vou preparar-vos um lugar, para que onde eu estiver, estejais vós também". (Jo 14,3).

As LEITURAS sugeridas para o dia de hoje são muitas e variadas.
Todas comunicam a alegria de quem recebe do alto a luz da Páscoa,
que ilumina cada sepultura. Fixemo-nos nessas três:

A visita aos cemitérios não se deve reduzir em levar flores aos túmulos, ou acender velas. É preciso rezar pelos nossos mortos.
Cemitério significa dormitório. É o lugar de repouso, de descanso. Quem está sepultado ali, está como que a dormir, aguardando o dia de se levantar, para ressuscitar. Cemitério significa também hospedaria. Hospedaria é um albergue à beira do caminho, onde o peregrino passa algumas horas, ou uma noite, para depois continuar a viagem. O Cemitério é a hospedaria onde ficamos por um espaço de tempo, até o dia da Ressurreição.

Que o dia de hoje reforce a nossa esperança cristã e nos leve a proclamar com firmeza o artigo de fé do Credo:
"Creio na ressurreição dos mortos e na vida que há de vir"


Padre Amaro Jorge scj

Para Meditar



Quem morre lentamente

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca.Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.Morre lentamente quem não viaja,quem não lê,quem não ouve música,quem não encontra graça em si mesmo.Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido defelicidade...