06 junho, 2009

A Mensagem nº 77 de 07 de Junho de 2009









Evangelho Mt 28, 16-20

Naquele tempo, os onze discípulos partiram para a Galileia, em direcção ao monte que Jesus lhes indicara. Quando O viram, adoraram-n´O; mas alguns ainda duvidaram. Jesus aproximou-Se e disse-lhes:
“Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra. Ide e fazei discípulos todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos”.

A Palavra

A Trindade
A festa da TRINDADE convida-nos a refletir sobre o Mistério de Deus que se revela como família, comunidade perfeita que é a fonte transbordante do Amor. Deus revela-se como Pai, Filho e Espírito Santo. Deus, que conduz nossa história, nos faz seus filhos e está conosco para sempre.
A 1ª Leitura convida Israel a contemplar a história e o contínuo empenho do Senhor no sentido de oferecer ao seu povo a Vida e a Salvação. E dá pistas para reconhecer o verdadeiro rosto de Deus.
É um Deus que estabelece COMUNHÃO e familiaridade com seu Povo. Vem ao encontro dos homens, fala com eles, indica-lhes caminhos seguros de liberdade e de vida, está sempre atento aos problemas dos homens, intervém no mundo para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime e para nos oferecer perspectivas de vida plena e verdadeira.

Na 2ª Leitura, S. Paulo ressalta que mediante o Espírito podemos chamar Deus de "Abba", "PAI".
No Evangelho, Jesus envia os discípulos em Missão para pregar o Evangelho e Batizar em nome da TRINDADE. Ser baptizado é estabelecer uma relação pessoal com a comunidade trinitária.
Os discípulos recebem a missão de introduzir todos os homens na família de Deus.
A celebração da festa da Trindade não é um convite para decifrar o Mistério de um Deus em três pessoas, mas um convite para contemplar Deus que é AMOR e vive em comunhão de pessoas e nos convida a participar da vida íntima de Deus.
Por que é Cristo nos revelou esse Mistério?
Porque Deus nos ama e quer que participemos ainda mais de perto de sua vida de amor.
O próprio Cristo nos apontou o modo:
"Se alguém me ama, guardará as minhas palavras;
e meu Pai o amará e nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada..."

Cada um de nós é Templo da Trindade...
- Em nós está o PAI, que nos chamou do nada, insuflou-nos o sopro da vida, deu-nos um nome, confiou-nos uma missão.
- Em nós está o FILHO, que entregou sua vida por nós, imagem do Filho de Deus a ser imitada e reproduzida por todos nós.
- Em nós está o ESPÍRITO SANTO, que nos ilumina e fortalece nos caminhos de Deus.

+ A Santíssima Trindade é a melhor Comunidade.
Nela somos chamados a renovar o nosso compromisso baptismal, sinais de comunhão, partilha e esperança, num mundo tão dividido, individualista e desesperado.
Crer na Trindade é viver a fé profundamente e experimentar pessoalmente o Amor do Pai. Quem crê na Trindade é também solidário com todos os homens.


Que todos quantos nos encontrarem nesta semana, após este nosso encontro com Deus nesta celebração, possam ver em nós, alguém que também se encontrou com o seu Deus...

Padre Amaro Jorge SCJ

Com Interesse



PARAMENTOS OU VESTES LITÚRGICAS

Amito - É um lenço de linho, branco, que recobre as costas, os ombros e o pescoço do sacerdote. Era a peça do vestuário que os povos antigos usavam para cobrir a cabeça, quando saíam ao ar livre. Recorda o pano com que os soldados vendaram os olhos de Jesus, para melhor ludibriarem-No. Simboliza o capacete da fé, com o qual venceremos os nossos inimigos. Ao vesti-la, o sacerdote faz a seguinte oração: "Colocai, Senhor, sobre a minha cabeça, o capacete da salvação, para que eu possa resistir às ciladas do demônio".
Alva - Esta palavra vem do vocábulo "albus", que significa branco. É uma túnica talar, de linho branco, que recobre todo o corpo. Era usada pelos nobres gregos e romanos, e também pelos povos de climas quentes, como se vê, ainda hoje, em alguns países do Oriente tropical. Recorda a túnica branca de escárnio com que Herodes mandou vestir Jesus. Simboliza a pureza do coração. Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Fazei-me puro, Senhor, e santificai o meu coração, para que , purificado com o Sangue do Cordeiro, mereça fruir as alegrias eternas".
Cíngulo - É um cordão branco ou da cor dos paramentos, de seda, linho ou algodão, com que o sacerdote se cinge à cintura. Os antigos o usavam para maior comodidade, a fim de que a alva, comprida, não os estorvasse nos trabalhos ou nas longas caminhadas. Recorda as cordas com que Jesus foi atado pelos algozes. Simboliza o combate às paixões e a pureza do coração. Ao cingir-se com o cíngulo, o sacerdote reza: "Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza e extingui em meu coração o fogo da concupiscência, para que floresça em meu coração a virtude da caridade".
Manípulo - É uma faixa de pano, do mesmo tecido e cor da casula. Tem uns 40 cm de comprimento e uns 12 de largura. É preso ao braço esquerdo. Antigamente, servia para limpar o pó ou suor da fronte durante as caminhadas e trabalhos, ou ainda, com suas dobras, fazia-se as vezes de algibeira. Recorda as cordas com que Jesus foi manietado. Simboliza o amor ao trabalho, ao sacrifício e às boas obras. Ao acomodá-la ao braço, o sacerdote reza: "Que eu mereça, Senhor, trazer este manípulo de dor e penitência, para que possa, com alegria, receber os prêmios dos meus trabalhos".
Estola - É uma faixa de pano, do mesmo tecido e cor da casula e do manípulo. Mede uns oito palmos de comprimento e uns 12 cm de largura. Dá a volta ao pescoço, cruzando ao peito e passando sob o cíngulo, à altura da cintura. Os antigos a usavam como sudário ou como símbolo de autoridade e condecoração honorífica. Recorda as cordas com que Jesus foi puxado ao Calvário. Simboliza o poder espiritual do sacerdote, bem como a nossa dignidade de cristão e penhor de imortalidade. Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Restituí-me, Senhor, a estola da imortalidade que perdi pelo pecado dos nossos primeiros pais; e ainda que eu seja indigno de acercar-me aos vossos Santos Mistérios, possa, contudo, merecer a felicidade eterna.
Casula - É a última veste que o sacerdote usa, por cima de todas as outras. Tem, geralmente, atrás, uma grande Cruz. Os antigos a usavam como uma capa, nas estações chuvosas. Casula, em latim, significa "pequena casa". Recorda a túnica inconsútil de Nosso Senhor, tecida, segundo a tradição, por Nossa Senhora. No Calvário, os soldados não quiseram retalhá-la, mas sortearam-na entre si. Simboliza o suave jugo da Lei de Deus que devemos levar, e que se torna leve para as almas generosas. Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Ó Senhor, que dissestes: ' o meu jugo é suave e o meu fardo é leve' (Mt 11, 30); fazei que eu possa levar a minha cruz de tal modo que possa merecer a vossa graça".
Dalmática - É uma túnica originária da Dalmácia. É usada pelo diácono nas Missas solenes. O subdiácono usa, nas Missas solenes, a tunicela, bastante parecida com a dalmática, mas que deve ser um pouco mais curta e menos adornada que esta.
Pluvial - É uma capa comprida, usada pelos antigos em tempos de chuva, como indica o seu mesmo nome. Atrás, em cima. há uma dobra ou capucho, com que os antigos se cobriam a cabeça, à semelhança de algumas capas impermeáveis modernas. O sacerdote a usa nas Bênçãos do Santíssimo Sacramento, nas procissões e outras funções litúrgicas solenes.
Batina ou hábito- Veste talar dos abades, padres e religiosos, cujo uso diário é aconselhado pelo Vaticano. Alguns sacerdotes fazem o uso do Clerical ou "Clericman" como meio de identificação, sendo esta uma peça única de vestuário, ou seja, um colarinho circular que envolve o pescoço com uma pequena faixa branca central.
Tonsura - Corte circular, rente, do cabelo, na parte mais alta e posterior da cabeça, que se faz nos clérigos, também denominado cercilho ou coroa, em desuso. A "Prima Tonsura" consiste em cerimônia religiosa em que o prelado, conferindo ao ordinando o primeiro grau de clericato, lhe dá a tonsura.

Para Meditar

As três peneiras.
Olavo foi transferido para novo serviço. Logo no primeiro dia, para fazer bonito com o chefe, saiu-se com esta:Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele...Nem chegou a terminar a frase, o chefe interrompeu:Espera um pouco, Olavo. O que me vais contar já passou pelo crivo das três peneiras?Peneiras? Que peneiras, chefe?A primeira, Olavo, é a da VERDADE. tens certeza de que esse facto é absolutamente verdadeiro?Não. Não tenho não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram. - Então sua história já vazou a primeira peneira.
Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que me vais contar, gostarias que os outros também dissessem a teu respeito?Claro que não! Nem pensar, Chefe.Então, tua história vazou a segunda peneira.
Vamos ver a terceira peneira que é a NECESSIDADE.
Achas mesmo necessário contar-me esse facto?Não chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não sobrou nada do que iria contar.Pois é Olavo. Já pensaste como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? - diz o chefe sorrindo e continua: - Da próxima vez em que surgir um boato por ai, submete-o ao crivo dessas três peneiras: VERDADE, BONDADE, NECESSIDADE, antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, porque:

PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDÉIAS;
PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS;
PESSOAS MEDÍOCRES FALAM SOBRE PESSOAS.

Pela Comunidade




RECONHECIMENTO

Na Vida existem datas extremamente importantes, o Nascimento é a primeira data pois dá inicia a nossa vida, depois para nós católicos são os SACRAMENTOS, começando no Baptismo, o mais importante de todos não tirando importância aos outros, este é o que nos faz nascer para a vida Cristã, é a partir daqui que somos chamados a ser Santos, a aprender e a divulgar os ensinamentos de Jesus Nosso Mestre, depois seguem-se os outros mas antes que chegue o último ( Extrema Unção)
Chega um sacramento que é importante por várias razões, primeiro porque é uma opção que tomamos, a de constituir família, com todas as obrigações Cristãs que isso obriga, um passo muito importante em nossa vida, mas que marca muito pela certeza de que estamos a dar continuidade ao Mandamento de Deus, ( Dar continuidade á Família de Nazaré )
A Manuela que esteve muito tempo ao serviço desta mensagem desde a origem,


Vai Casar
Por tudo o que fez com amor nesta comunidade, pelo que é , pela sua maneira de ser sempre disponível para os outros.
A Redacção de A Mensagem, deseja-lhe as maiores bênções do CÉU
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Capela de Nª Srª da Lapa
Nos Meses de JULHO E AGOSTO , não haverá celebração da Eucaristia ( Missa)

02 junho, 2009

A Mensagem nº 76 A de 31 de Maio de 2009


EVANGELHO Jo 20, 19-

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes:
«A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado.
Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo:
«A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos».

Para Meditar




Testemunho de Arlindo Leonardo Chaves

Fui chamado para terminar a construção da capela de Nossa Senhora da Piedade, no Vale da Imaculada Conceição.
Foi um trabalho diferente de todos os outros que eu havia realizado, pois sentia a presença de Deus do começo ao fim do trabalho.
Uma das primeiras coisas que me tocaram quando cheguei ao Vale da Imaculada, foi que recebi de Deus a força e a coragem para o trabalho, pois me encontrava doente e sem forças para a lida do dia a dia, e também o fato de saber que ali era um lugar escolhido por Deus, com uma Comunidade formada por Ele, a exemplo de Jesus, guiada pelo Espírito Santo, através da Virgem Maria.
Assim assumi a minha missão de pedreiro e, embora muitas vezes tivesse de trabalhar sozinho, fazendo massa e levando-a para cima, eu estava feliz por trabalhar na Casa de Deus.
Já estávamos no término da Capela quando Nossa Senhora foi abençoá-la. Ainda havia restos de material espalhados, andaimes erguidos e retoques a serem feitos.
No momento desta primeira mensagem, pensando no engradamento, encostei-me na parede e olhei de baixo para cima o andaime que muitas vezes subi e desci. Neste momento notei bem no alto, próximo ao andaime, uma pessoa ajoelhada, olhando para baixo. Ainda sem entender comecei a chorar e as lágrimas se tornaram incontroláveis.
Notando minha emoção, muitos me olhavam, e uma senhora perguntou-me se eu estava bem, ou se via alguma coisa. Com voz trêmula respondi-lhe: Eu estou vendo uma pessoa lá em cima do andaime! Jesus não pode ser, porque aparenta mais idade e é meio calvo, veste uma túnica comprida e marrom!
Tomada pelo Espírito Santo, a mesma senhora me disse confiante: É SÃO JOSÉ!!! Porque São José foi um operário e agora ele acompanhou Nossa Senhora, e veio abençoá-lo.
No silêncio, meu coração confirmava: É São José realmente! Ele veio com Nossa Senhora!
A mensagem chegou ao fim. E São José se foi, não o vi mais. Afirmo com toda sinceridade, com toda fé, com toda minha alma: Eu vi São José abençoar a Capela, na primeira mensagem que lá foi dada.
Nos dois últimos dias fiz pequenos acabamentos na Capela. Tocou o sino para a refeição. Pedi a um dos companheiros que tirasse minha marmita, que eu ficaria terminando o restinho do serviço. Fiquei sozinho na Capela. Lá em cima, bem no alto do andaime, fui surpreendido por uma voz que disse: "Desça daí!"
Olhei em todas as direções e não vi ninguém. Mas a voz suave repetiu: "Desça que está na hora!"
Um pouco assustado, obedeci. Quando cheguei no primeiro degrau do andaime, minha cabeça rodou, fiquei tonto e senti faltarem as minhas forças. Vagarosamente fui para a primeira casa que avistei, a do Sr. Zico, deitei-me e adormeci.
Ao meditar em tudo que me aconteceu, refleti que só podia ter sido Nossa Senhora que me disse para descer. Se eu ficasse tonto lá em cima do andaime, iria cair e certamente morrer. Eu estava humanamente sozinho e sem socorro. A voz tão doce e meiga levou-me a obedecer.
Refletindo, depois, cheguei à conclusão de que não estamos sozinhos.
A voz angelical era sobrenatural, e compreendi que era a Mãe do Céu a me proteger. Por isso, consagro minha vida e minha alma de todo coração a Nossa Senhora da Piedade. Ela salvou a minha vida.
No começo guardei tudo em meu coração, sem coragem de testemunhar o que vi e ouvi, com receio das críticas, calúnias e perseguições. Mas hoje, bem mais fortalecido e preparado, afirmo com toda sinceridade e honestidade: Vi São José, no momento da mensagem de Nossa Senhora na nova capela, que hoje é consagrada a Jesus, Maria e José. E ouvi a voz angelical da Mãe do Céu, cheia de cuidados, me protegendo das ciladas do inimigo.
No Vale de Nossa Senhora, Deus plantou a fé em meu coração. Aprendi a viver e dar testemunho de Deus para os irmãos. Vim a este Vale servir e servido por Deus eu fui, ouvindo suas Palavras de Salvação trazidas por Nossa Senhora. Ela nos fala a verdade e nos leva a ser o que Deus quer que sejamos, filhos fiéis ao seu amor.
Já construí outras igrejas, mas esta foi totalmente diferente das outras. Em cada tijolo, um pouco de amor. A cada dia a alegria e a paz aumentavam.
Neste Vale da Imaculada Conceição - em Piedade dos Gerais - fui libertado, acabaram-se os sofrimentos exagerados, os pecados que carregava. Acabou o ódio, a inveja, e nada me falta. Procuro levar uma vida simples e santa, feliz com Deus e com os irmãos.
Quando parti o meu maior cuidado foi conservar este tesouro em meu coração. Graças a Deus, depois disso nada me faltou.
Não é de se estranhar, mas ao término da Capela não tive mais vontade de voltar para Barbacena. Mas, graças a Deus, tenho uma bela família para cuidar e queria levar meu testemunho a todos, para que este acontecimento em Piedade dos Gerais pudesse mudar a vida de todos e os levasse a amarem mais a Deus, pois as mensagens de Nossa Senhora nos falam deste amor, do grande amor de Deus por seus filhos, e o amor se fazendo presente no meio de nós.
Como uma criança desmamada, fui embora chorando, com a lembrança de todos que lá vivem, da acolhida e do carinho recebido de cada um que se fez irmão, das mensagens trazidas pela Mãezinha do Céu. Mas fui com o coração sereno, cheio de paz e todo transformado.
Outro fato interessante aconteceu pouco tempo depois que voltei para minha cidade de Barbacena. Num belo dia, eu estava como de costume indo trabalhar. Adoentado, sem ânimo, sentindo a caminhada longa e um peso exagerado das ferramentas.
Apareceu uma pessoa em uma escada, no barranco em que eu ia atravessando e esta pessoa falou assim: “Moço, espere aí! “
Coloquei as ferramentas no chão e esperei. Voltando-se para mim, perguntou: “Onde você vai tão cansado, tão esgotado? E o que vai fazer? Volte, vá descansar!”
Respondi: Preciso trabalhar para ganhar um trocadinho. E o Senhor, perguntei curioso: O senhor trabalha?
Ele disse: “Trabalho! Muito! “
Como eu nunca tinha visto aquela pessoa antes (e nem tornei a vê-la) ousei fazer outra pergunta: O senhor mora por aqui?
“Não.” Respondeu ele sereno e sem se ofender, e prosseguiu:
“Eu moro lá em cima e trabalho lá em cima.” (apontando o dedo indicador para o infinito)
Confesso que fiquei meio admirado naquele momento e pensei: Como pode? Eu não o conheço e ele sabe tudo que se passa comigo? Como pode ser isso? Só pode ser um enviado de Deus.
E continuei meu trajeto, porém, minhas ferramentas ficaram leves e a caminhada menos penosa.
Costumeiramente, ao chegar no trabalho fiz minhas orações, e, começando a trabalhar, não senti mais nada. Tudo que eu estava sentido de cansaço desapareceu. Quem era? Quem foi? Reafirmo que depois que conheci o Vale da Imaculada Conceição nada me faltou.
Por ser vicentino, senti vontade de partilhar este acontecimento com meus irmãos de caminhada. E todos permaneceram em silêncio, mudos diante das maravilhas que Deus opera a cada dia.
Piedade dos Gerais tem um tesouro escondido, um Vale. Um Vale da Fé e da Espiritualidade, um Vale que vai crescendo. É de onde se leva ao mundo o tesouro que é a Palavra de Deus. Um tesouro que vai crescendo e crescendo, e nunca vai se acabar. Porque é dando que se recebe, e uma obra de Deus não tem fim! Lá no meio dos montes, longe do progresso, é o caminho para se chegar à salvação.
Sou muito vivido e viajado. Nunca vi em toda minha vida, ao longo dos meus 64 anos, um lugar santo, que bem mais que as grandezas do mundo se busca a simplicidade de Deus, formando com Maria, a Mãe de Jesus, o povo escolhido.
Nos seus pedidos se encontram os segredos da santidade, reafirmando os sacramentos deixados por Jesus. Mesmo havendo muitos que não acreditam nesta verdade, Deus fala com seu povo, por meio da sua serva Maria. Eu creio e afirmo que é a verdade bendita no meio de nós. E só não a enxergam os piores cegos: os cegos que não querem ver!
Faço um apelo a Deus, por meio de São José, que tire esta cegueira dos homens, principalmente dos sacerdotes, para que no Vale tenhamos o complemento das riquezas celestes: A Eucaristia.
Lá vivem muitas crianças que foram abandonadas pelo mundo, muitos jovens que buscam a Deus com sede de santidade e muitas famílias que lutam pela paz. Mas é preciso que a Igreja Católica Apostólica Romana abrace esses filhos. Jesus veio ao mundo para todos! Muitos peregrinos sentem necessidade de confissão, de absolvição e só por meio dos sacerdotes esta conversão poderá crescer e acontecer. As muitas conversões que a cada dia aumentam no Vale carecem de um acompanhamento da Igreja Católica para que perseverem.
Padres, por amor a Deus, tomem esta responsabilidade de viverem como Cristo viveu, acolhendo sem distinção a todos os filhos de Deus.
E vocês, que ainda não conhecem esta fonte de água viva, não deixem mais faltar a verdadeira paz em seus corações. Vão até o Vale da Imaculada Conceição se fartarem das Divinas Bênçãos. Tenho certeza de que lá é um coração sempre aberto, uma fonte cristalina que jorra sem cessar! É um vale de Paz.
Arlindo Leonardo ChavesVale Da Imaculada Conceição, 29 De Dezembro De 1997.

A Mensagem nº76 de 30 de Maio de 2009


Cada nação possui na sua história uma qualquer referência histórica a Maria. Não há povo que não tenha recebido uma graça pelas mãos de Nossa Senhora. E Santuários, Catedrais, Igrejas, Capelas, locais das aparições ou de devoção a Maria cobrem toda a superfície terrestre, nos cinco continentes.A história de Portugal é profundamente marcada pela vivência mariana. O santuário de Nossa Senhora de Nazaré, é sem dúvida, o mais antigo santuário Mariano português, que existe desde bem antes da fundação do reino; a estátua de Maria, lá existente, remonta à época da passagem dos Espanhóis pela região, ainda antes da invasão árabe.A devoção de Portugal à Maria foi acentuada no momento da fundação da nacionalidade, quando D. Afonso Henriques, fundador do reino e primeiro Rei de Portugal, coloca o país sob a protecção de Nossa Senhora, por meio de uma promessa solene, feita com o consentimento de seus vassalos e assinada na Catedral de Lamego, no dia 28 de Abril de 1142. Esta data é considerada como a do baptismo de Portugal, que a partir deste dia passa a ser chamado de "Terra de Santa Maria".Todas as conquistas do rei-fundador foram realizadas sob os auspícios de Maria e em cada cidade recuperada do domínio Mouro, a Virgem passa a ser entronizada como Padroeira e o povo constrói uma igreja com o seu nome: disso são exemplo as mais antigas igrejas de Lisboa, entre outras, Nossa Senhora dos Mártires e Nossa Senhora da Enfermaria, o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, construído em agradecimento pela reconquista da cidade de Santarém aos Mouros.Na Batalha, já no século XIV, em sinal de reconhecimento por parte de Portugal, o rei D. João I mandou construir uma igreja imensa dedicada a Maria, sob o vocábulo de Nossa Senhora das Vitórias, comemorando a grande batalha ganha contra o invasor espanhol, em 14 de Agosto de 1385.Em 25 de Março de 1646, um decreto do rei D. João IV, ratificou a decisão das Cortes de Lisboa de 1645-1646 e coroou Nossa Senhora da Imaculada Conceição como Rainha e Protectora de Portugal, em agradecimento à independência da nação conquista em 8 de Dezembro de 1640, data em que terminou o domínio da Dinastia Filipina. Desde então, aproximadamente dois séculos antes da proclamação do Dogma pela Igreja, todas as grandes instituições portuguesas, incluindo as universidades, decidiram defender o dogma da Imaculada Conceição. A devoção à Mãe de Deus, sob o título de Imaculada Conceição, entrou profundamente na devoção popular em todo o país. O Solar da Padroeira, como é chamado o santuário de Vila Viçosa, continua a ser um local de peregrinação, sobretudo no dia 8 de Dezembro, tendo inclusivamente sido visitado pelo Papa João Paulo II, que no dia 14 de Maio de 1982 peregrinou até Vila Viçosa e se ajoelhou em oração diante da veneranda imagem da Padroeira.Na actualmente, e após as aparições do início do Século XX, o santuário de Nossa Senhora de Fátima é o centro de atracção mariano mais célebre e mais frequentada do país. Santuário de renome mundial, nele a Santíssima Virgem solicitou essencialmente três coisas: a devoção ao seu Coração Imaculado para preservar os pecadores do inferno e para a paz; a consagração ao seu Imaculado Coração para a conversão da Rússia; a comunhão reparadora no primeiro sábado de cada mês. Os acontecimentos de Fátima provocaram o fervor Mariano da nação! Todos os guias espirituais de Portugal reconhecem que graças à protecção milagrosa de Maria e à profunda piedade mariana de seus filhos portugueses, a nação ficou fora da última guerra mundial causadora de tantos estragos no resto da Europa cristã!Em 1946, o Papa Pio XII coroou a estátua de Nossa Senhora de Fátima, e afirmou: "A guerra mais terrível que devastou o mundo esteve, durante quatro longos anos, rondando vossas fronteiras, sem jamais conseguir atravessá-las; vos deveis este milagre a Nossa Senhora, que, de seu trono de misericórdia [...], situado em Fátima, no centro de vosso país, velava por vós e por vossos governantes..."Por ocasião destas festas da coroação de Nossa senhora de Fátima, a Virgem peregrina esteve em todas as paróquias do país durante 32 dias e grandes multidões vinham aclamá-la ao longo das estradas: "Dir-se-ia que o país inteiro tinha-se transformado numa imensa catedral sem muralhas que limitassem a assistência. Literalmente, as cidades e aldeias, para estar diante da Virgem Peregrina, se despojavam com um mesmo elã", escreveu o Padre José de Oliveira Dias, SJ. E continuou: "Era, geralmente, nas câmaras municipais que a Virgem era acolhida e lá passava a noite. Fazia-se, então, a vigília eucarística, durante a qual as autoridades civis se habituaram, com frequência, [...] a consagrar, solenemente, suas autarquias ao Coração Imaculado de Maria."Após este acontecimento, Lúcia, vidente de Fátima, concebeu o projecto de organizar a caminhada de Nossa Senhora pelo mundo inteiro, e, desde 1947 esta peregrinação mundial tem acontecido. Em toda a Europa e em todos os continentes da Terra, um sem-número de paróquias acolheram a Imaculada Virgem de Fátima! João Paulo II, visitou Portugal, pela primeira vez, de 12 a 15 de Maio de 1982, visita essa que ocorreu um ano após o atentado de que foi vítima em 13 de Maio de 1981. Nesta visita o Papa João Paulo II depositou a bala do atentado sofrido no ano anterior em plena Praça de São Pedro no altar da Nossa Senhora de Fátima. Esta bala hoje encontra-se na coroa de Nossa Senhora de Fátima no Santuário de Fátima.Em 14 de Maio de 1982, por ocasião da sua segunda visita a Portugal, deslocou-se ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal, em Vila Viçosa, tendo no dia 15 de Maio de 1982 visitado o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro em Braga.Em 12 e 13 de Maio de 2000, o Papa João Paulo II deslocou-se a Portugal, tendo beatificado os videntes de Fátima.fonte:MSM

Em Honra de Nossa Senhora


HINO A NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Em transportes de amor e de gozo,das cidades, da serra e do vale,todo o povo aqui vem pressuroso,vosso povo fiel – Portugal Aos pastores, a Virgem Maria quis rasgar dos Mistérios o véue, hoje, em Fátima, a Cova da Iriaé um lindo cantinho do Céu.Aqui vimos, ó doce Maria,terno preito render-vos de amor,suspirando, de noite e de dia,refrigério na mágoa e na dor. Aqui vimos com alma contrita,suplicar ao Divino Jesuso perdão para a culpa maldita,mil tesouros de graça e de luz.O romeiro debalde procuraentre os homens a paz descobrir:nossos almas só acham venturanesse vosso tão meigo sorrir.



MARIA Ó consolo na desdita,ó dos órfãos Mãe bendita,dos aflitos lenitivo,dos enfermos medicina,de todos conforto e luz,rogamos-Te, ó Mãe amável,com fervor insuperável,sejas sempre um facho vivoque nos guie, qual luz divina,sem perigo ao teu Jesus.Ámen.

Para Meditar




Eis um fato ocorrido em 1894, narrado por Mons. Bruguière, vigário apostólico de Tchen-Ting-Fu. Na sua simplicidade, o fato aterrador é prova da bondade de Maria.Ia eu crismar numa aldeia do meu vicariato. À minha chegada, os poucos cristãos prestavam-me todas as honras possíveis: "É o grande chefe dos cristãos, é o excelso mandarim que passa" ─ murmuravam os habitantes. Ao meio dia, no momento de tomar uma parca refeição, chegou correndo uma mulher pagã. Apresentou-se de repente, inclinando-se até o chão e cumprimentando-me com os títulos pomposos de grande homem, grande mandarim.Conhecendo perfeitamente o pouco valor dessas demonstrações exageradas da civilidade chinesa, fiquei desconfiado:─ Que queres? ─ perguntei-lhe, com semblante severo.─ Grande chefe, peço-vos o favor de ser admitida na catequese dos cristãos.─ O que te levou a tomar esta decisão?─ Gastaria muito tempo para contar-vos ─ Respondi.─ Não faz mal. Tenho muito tempo para escutar-te.A mulher, de compleição doentia, tinha por marido um sujeito brutal, que estava resolvido a deixá-la morrer, apesar de tudo quanto pudesse acontecer. Abandonou-a, vindo apenas de longe em longe para ver os progressos da doença. A mulher ficou na cama, e acabados os mantimentos e remédios, à sua fraqueza juntou-se o tormento da fome, e aos sofrimentos um isolamento duro e cruel.Descorçoada e nas portas da morte, amaldiçoou a sua sorte, seu marido e até seus próprios pais. Uma cristã da aldeia levou-lhe um dia uns docinhos e algumas palavras de consolo:─ Amiga, se ao menos você fosse cristã. Veja, a dor não pode desanimar-nos, pois sabemos que Deus vê nossos padecimentos e nos recompensará. Também podemos recorrer à Santíssima Virgem, dizendo-lhe: Santíssima Virgem, socorrei-me; Vós, que tanto padecestes, tende dó de mim.A doente repetiu essas palavras. A caridosa vizinha, antes de voltar para casa, como penhor de amizade, dependurou-lhe ao pescoço o bentinho que trazia:─ Olhe, guarde isto. É o vestido de Nossa Senhora, e há de atrair sobre você graças e proteção.Ficando sozinha, a doente repetia com freqüência: "Santíssima Virgem, socorrei-me". De repente, uma Senhora vestida de branco apareceu-lhe na pobre choupana, servindo-lhe de enfermeira. Voltou seguidamente vários dias, para prestar-lhe serviços e sem dar-se a conhecer. Seus cuidados, sua bondade, seu brando sorriso reanimaram pouco a pouco a alma e o corpo da infeliz mulher. Restabelecida a doente, a Senhora despediu-se, dizendo:─ Vou deixar-te, porque um negócio urgentíssimo me chama à cidade. Toma este remédio, e quando sarares de todo, vem ter comigo. Encontrar-me-ás na igreja da matriz.A doente tomou o remédio e sarou logo. Era o dia 5 de janeiro, dia da minha chegada à aldeia. Esta mulher pagã falava-me de um modo tão sincero, que não duvidei de suas palavras e aceitei-a na catequese da cidade. Não tinha sossego, tão aflita estava por tornar a ver a sua bela benfeitora. No Sábado de Aleluia, os catecúmenos foram introduzidos na Igreja. Acabava eu de rezar o Gloria in excelsis Deo, os sinos repicavam com alegria, e as imagens já estavam descobertas.─ Ei-la! Ei-la! ─ gritou uma mulher, adiantando-se de braços erguidos. ─ Eis a Senhora que me curou.Os vizinhos lhe disseram:─ Você não pode entrar no santuário. Pare aí.De mãos postas e olhos fitos na imagem, ela ajoelhou-se, soluçando de alegria. Hoje é uma das mais fervorosas devotas de Nossa Senhora.("Maria ensinada à mocidade" - Livraria Francisco Alves, 1915)