02 agosto, 2008

A Mensagem 34 de 03 Agosto 2008


Evangelho segundo S. Mateus 14,13-21. Tendo ouvido isto, Jesus retirou-se dali sozinho num barco, para um lugar deserto; mas o povo, quando soube, seguiu-o a pé, desde as cidades. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de misericórdia para com ela, curou os seus enfermos. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se dele e disseram-lhe: «Este sítio é deserto e a hora já vai avançada. Manda embora a multidão, para que possa ir às aldeias comprar alimento.» Mas Jesus disse-lhes: «Não é preciso que eles vão; dai-lhes vós mesmos de comer.» Responderam: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.» «Trazei-mos cá» disse Ele. E, depois de ordenar à multidão que se sentasse na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu os aos discípulos, e estes distribuíram-nos pela multidão. Todos comeram e ficaram saciados; e, com o que sobejou, encheram doze cestos.

Reflexão

Jesus convida-nos hoje a repartir o pão da palavra e o pão do alimento diário,A Primeira Leitura, retirada do profeta Isaías 55,1-3, traz o convite do Senhor Deus para o banquete messiânico, oferecido aos que não têm dinheiro para comprar. Essa Leitura faz-nos, ainda, entender melhor o sentido da Multiplicação dos Pães. O Divino Mestre reparte o pão entre os seus. Essa é uma missão fundamental da Santa Igreja Católica, e como é lógico de todos os católicos. Naquele tempo, a maioria do povo comia pão de cevada. O pão de trigo era luxo. Ao escolher o pão como matéria do sacramental central do Novo Testamento, Jesus escolheu o alimento mais comum entre o povo. Mas também o alimento mais rico de significados sociais e espirituais. “Comer o pão com alguém” significava fazer com ele uma aliança. Daí a exclamação de um convidado a um banquete, numa parábola de Jesus: “Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus”, isto é, feliz aquele que participa da aliança com Deus, da amizade, da intimidade de Deus!Antes da última Ceia, Jesus dissera o “pão descido do céu”, o “pão da vida” e ensinara seus Apóstolos a pedir o pão a Deus, isto é, pedir-lhe o sustento do corpo e do espírito.Ao meditarmos a Multiplicação dos Pães podemos concluí-lo, também, como uma prefiguração da Santa Eucaristia. Foi um milagre estupendo multiplicar cinco pães e dois peixes de tal forma que fossem alimentados mais de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças, narra-nos o Evangelista. Jesus o fez por misericórdia; teve pena daquele povo que viera de longe para ouvi-lo.A instituição da Sagrada Eucaristia também foi por misericórdia. “Eis que estarei convosco todos os dias, até a consumação dos tempos”. Sim, alimentando todos que o seguem, que o ouvem, presente no Sacramento do Altar, no Sacramento de Amor, renovando sua imolação para resgatar-nos dos grilhões do pecado. Na Segunda Leitura de hoje, a exposição sobre a salvação pela graça de Deus e a fé em Jesus Cristo é evidenciada e compreendemos bem essa manifestação ao Santo Bispo de Hipona. Paulo, o apóstolo das gentes, termina sua exposição com uma efusiva proclamação de fé e confiança na obra de Deus em Jesus Cristo. “Se Deus é connosco quem será contra nós? Quem nos condenará? Quem nos separará do amor de Cristo?”A liturgia de hoje convida-nos a ler no sinal do pão uma revelação da compaixão, do terno amor de Deus para connosco, que se revelou piedosamente no dom de seu Filho, do qual o pão também se tornou o sinal sacramental.Na sua contemplação, São Ruperto diz-nos que, desta forma, pela Eucaristia, “nós nos tornamos pela graça o que Jesus é pela natureza, isto é, santos e agradáveis a Deus”. Procuremos então, a nossa santificação por meio da prática dos sacramentos, principalmente participando com frequência, devidamente preparados, da Sagrada Comunhão. Desta forma, além de nos unirmos intimamente com Jesus, seremos também como frascos de perfume de onde vai saindo o cheiro agradável das virtudes, com nossa conduta, em nossa convivência familiar, na comunidade, no trabalho, como verdadeiros cristãos. Assim, estaremos partilhando o Pão da Palavra, orientados e alimentados pelos Evangelhos, indicando o caminho do Pão Eucarístico a tantos que se encontram desnorteados neste mundo de tantas opções, de muitos atractivos, de inúmeras seduções..

Para Meditar

Era uma vez uma aldeia onde viviam dois homens que tinham o mesmo nome: Joaquim Gonçalves.Um era sacerdote e o outro, taxista.Quis o destino que morressem no mesmo dia.Quando chegaram ao céu, São Pedro esperava-os.O teu nome? «« Joaquim Gonçalves.És o sacerdote? «« Não, o taxista.São Pedro consulta as suas notas e diz:Bom, ganhaste o paraíso. Levas esta túnica com fios de ouro e este troféu de platina com incrustações de rubis. Podes entrar.O teu nome? «« Joaquim Gonçalves.És o sacerdote? «« Sim, sou eu mesmo.Muito bem, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e este troféu de ferro.O sacerdote diz:Desculpe, mas deve haver engano. Eu sou o Joaquim Gonçalves, o sacerdote!Sim, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e...Não pode ser! Eu conheço o outro senhor. Era taxista, vivia na minha aldeia e era um desastre!Subia os passeios, batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais. E quanto a mim, passei 75 anos pregando todos os domingos na paróquia. Como é que ele recebe a túnica com fios de ouro e eu... isto? ?Não é nenhum engano - diz São Pedro.Aqui no céu, estamos a fazer uma gestão mais profissional, como a que vocês fazem lá na Terra.Não entendo!Eu explico.Agora orientamo-nos por objectivos. É assim: durante os últimos anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam. E cada vez que ele conduzia o táxi, as pessoas começavam a rezar.
Resultados !!!

Percebeste?
Gestão por Objectivos!

Notícias com interesse

Capacete de Szczecin recorda luta contra a opressão
Em Novembro de 2007, o Santuário de Fátima em Portugal acolheu um grupo de peregrinos
de Szczecin, Polónia. Recebidos pelo Reitor Mons.Luciano Guerra, os peregrinos
ofereceram ao Santuário um capacete de trabalhador de construção naval.
Mais recentemente, o Pároco da Paróquia de Imaculado Coração de Maria e Reitor do Santuário local de Nossa Senhora de Fátima, P. Henryk Silko, um dos peregrinos, escreveu uma carta a Mons. Luciano Guerra.
Considera o P. Henryk Silko que o norte da Polónia “é verdadeiramente território de ‘missão’ especialmente a nossa cidade de Szczecin, durante longos anos predominantemente comunista”.
“O nosso santuário é relativamente novo, tendo sido erigido em 1985. O nosso Santo Padre João Paulo II coroou, em 1987, a nossa Imagem de Nossa Senhora, oferecida pelo Apostolado (Mundial) de Fátima.
Esta Imagem visitou todas as paróquias da nossa diocese antes de ser entronizada aqui na sua casa, em Osiedle Sloneczne (‘Complexo Habitacional Luz do Sol’)”, relata o sacerdote.
A propósito do capacete oferecido ao Santuário de Fátima, um texto anexo a esta carta do Padre Silko explica o simbolismo da oferta.
“Este capacete de trabalhador de construção naval de Szczecin, Polónia, data do ano 1980, aquando das greves contra o regime comunista.
O Estaleiro Naval de Szczecin, cidade portuária no Noroeste da Polónia, testemunhou, pela primeira vez em Dezembro de 1970, um grande levantamento da classe operária que começara por toda a Polónia contra a opressão do povo pelas autoridades comunistas.
Em Szczecin, nos dias 17 e 18 de Dezembro, 16 pessoas morreram durante os protestos e a sua morte está assinalada num monumento colocado em frente do portão principal do Estaleiro.
Em 1980 tem lugar a próxima revolta da classe operária polaca. O Estaleiro de Szczecin
esteve em greve de 18 a 30 de Agosto.Os operários permaneceram dia e noite fechados dentro do Estaleiro. Membros de suas famílias entregavam-lhes comida por debaixo dos portões e uma padaria ao lado lançava-lhes pão pelas janelas para dentro do Estaleiro.

29 julho, 2008

A Mensagem nº33 de 27 de Julho de 2008


EVANGELHO – Mt 13,44-52

Naquele tempo, disse Jesus às multidões:“O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo.O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo.O reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas.Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola.O reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes.Logo que se enche, puxam-na para a praia e, sentando-se, escolhem os bons para os cestos e o que não presta deitam-no fora.Assim será no fim do mundo: os Anjos sairão a separar os maus do meio dos justos e a lançá-los na fornalha ardente.Aí haverá choro e ranger de dentes.Entendestes tudo isto?”Eles responderam-Lhe: “Entendemos”.Disse-lhes então Jesus:“Por isso, todo o escriba instruído sobre o reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas”.

A Palavra

A Liturgia deste domingo nos convida a refletir nos valores sobre os quais fundamentamos a nossa existência. As leituras ajudam-nos a aprofundar essa realidade...
A 1ª Leitura apresenta-nos o exemplo de Salomão, rei de Israel. É um homem "sábio" que percebe e escolhe o que é importante e que não se deixa seduzir e alienar por valores passageiros.
O jovem rei não pediu a Deus poder, nem riquezas, nem prestígio político. Pelo contrário, pede um coração "sábio" para governar bem seu povo.
- A ESCOLHA agradou plenamente a Deus:
E Deus lhe concedeu uma sabedoria inigualável e acrescentou ainda outros três valores não solicitados: riqueza, glória e vida longa. Salomão soube escolher o melhor: a SABEDORIA
com a qual soube discernir entre o bem e o mal e conseguiu perceber a Missão que lhe foi confiada...
A 2ª Leitura convida-nos a seguir o caminho e a proposta de Jesus. Esse é o valor mais alto, que deve se sobrepor a todos os outros valores e propostas.
O Evangelho apresenta a prioridade fundamental: o REINO. É a conclusão do 3º Discurso de Jesus, com as últimas três "Parábolas":
o Tesouro, a Pérola e a Rede.
+ O Reino de Deus é um TESOURO escondido...
uma PÉROLA que se procura...
A descoberta desse tesouro e dessa pérola provoca em quem os encontrou DUAS ATITUDES: Renúncia e Alegria.
1. RENÚNCIA a tudo para adquiri-los... O Reino proposto por Jesus é um "tesouro" precioso
pelo qual se renuncia a tudo e pelo qual os seguidores de Cristo devem estar dispostos a pagar qualquer preço.
* Desde que descobrimos Cristo, o que mudou em nossa vida? O que nós já renunciamos por esse tesouro? Onde gastamos mais tempo na nossa vida diária? Ao serviço da comunidade, em leituras sérias, na Oração, ou no futebol, na TV, no dinheiro, nas conversas banais?
2. ALEGRIA muito grande pelo bem encontrado... Qualquer comerciante que realiza um bom negócio sente-se feliz... mesmo tendo de se desfazer de muitos bens...
O Reino de Deus é um tesouro pelo qual compensa a renúncia de todos os bens deste mundo.
* Demonstramos alegria e felicidade por termos achado o nosso tesouro? Se temos consciência desse tesouro, como podemos permanecer acabrunhados, tristes e desanimados?
+ Mas ficam ainda umas perguntas inquietantes:
Se o Reino de Deus é tão precioso,
- Por que há tantos homens que o ignoram ou até o desprezam?
- Por que vemos tantos males entre os bons?
- Será que, no final, todos teremos a mesma sorte?
+ Na 3a Parábola, Jesus nos dá a resposta:
O Reino de Deus é uma REDE:
A Igreja é comparada a uma rede de arrastão, lançada ao lago, que apanha peixes de todos os tipos e qualidades... O Pescador, depois de ter puxado lentamente a rede à terra, recolhe os peixes, separando os bons e os maus, os aproveitáveis e os inúteis. Recolhe os bons e joga fora os maus... Deus não tem pressa em condenar e destruir... sabe esperar...
- Qual a nossa situação: dentro da Igreja, diante do divino Pescador?
Somos um membro vivo, atuante, útil à vida da Igreja, ou um peixe inútil, que se auto-despreza?
Tudo depende de nossa escolha, devemos SABER ESCOLHER ...

Padre Amaro Jorge scj

Para Meditar

Havia um rapaz, filho único de uma viúva.
Ele era apaixonado pela rapariga mais bonita que havia no colégio em que andava.
Por ser considerada a mais bonita, esta menina era orgulhosa e fazia do rapaz seu submisso.
Ele não se cansava de ser explorado por ela e pensava que assim ela lhe dava mais atenção.Certo dia, a rapariga que já não aguentava mais a presença de seu admirador e na intenção de afastá-lo, disse: que só namoraria com ele, se ele lhe desse de presente o coração de sua mãe.Ele ficou preocupado e pensativo.
Mas para lhe fazer a vontade fez o que a rapariga pediu, matou sua Mãe e arrancou-lhe o coração.
No caminho até a escola, o rapaz levava o coração da Mãe nas suas mãos.
De repente apareceu, um carro desgovernado a alta velocidade que vinha direito a ele, e para evitar o acidente, o rapaz atirou-se ao chão.
O coração de sua Mãe que levava na mão rolou para longe.
Ele foi buscá-lo para o ir entregar a sua amada.
Porém, no momento em que pegou o coração nas mãos, uma última e estranha batida ele sentiu.
E ouviu uma voz em seu coração:


_(Filho, Magoas-te-te) ?

Notícias com interesse

«Eluana é como um bebê que precisa ser alimentado»

Fala o presidente mundial dos médicos católicos
Por Miriam Diez i Bosch

BARCELONA, sexta-feira, 25 de julho de 2008 (
ZENIT.org).- Amor! Esta é a resposta que o presidente mundial dos médicos católicos oferece no caso de Eluana Englaro, a jovem italiana em coma há 16 anos.
O caso adquiriu vulto mundial, recordando o acontecido nos Estados Unidos com Terry Schiavo, quando um juiz italiano autorizou o pai da jovem a provocar sua morte, interrompendo a alimentação e a hidratação.
O doutor Josep María Simón Castellví, presidente da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC), em declaração a Zenit, começa reconhecendo que este caso é «duro» para a família, «menos duro» para ela (já que não sofre), «Muito suportável» para os que cuidam (eles mesmos esclareceram isso com muito carinho) e «desconcertante» para a opinião pública.
«À família só daria a mão, transmitiria meu afeto e não diria nada», sugere este médico.
Contudo, adverte Simón: «Não podemos deixar Eluana morrer por inanição ou desidratada!».
«Aos que cuidam dela diríamos: ânimo, sigam em frente, cuidem do rosto sofredor da humanidade e de Cristo».
«À opinião pública, aos meios de comunicação, a juízes e políticos, a Federação que presido pode lhes dizer que não se pode matar, ainda que seja pelo fato de deixar de nutrir alguém», afirma.
a FIAMC ajudou a organizar em 2004 um congresso mundial sobre o estado vegetativo no qual João Paulo II e numerosos cientistas reforçaram que «se deve alimentar os enfermos quando eles não possam fazer isso por si mesmos».
«A partir de uma realidade espanhola, só recodarei que o terrorista do ETA, De Juana Chaos, o governo socialista da Espanha o alimentou à força em sua greve de fome», recorda Simón, e o fez «por razões humanitárias».
«A qualidade de vida, em uma chave cristã, é fazer uns aos outros felizes e mais humanos», conclui o médico. «Eluana é como um bebê que precisa ser alimentado».