09 abril, 2010

A Mensagem nº 122 de 11 de Abril de 2010







EVANGELHO .lo 20. 19-3




Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes:
«A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo:
àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos
para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.






ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS
PARA O 2º DOMINGO DO TEMPO PASCAL
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)
1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 2º Domingo do Tempo Pascal, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.
2. O RESSUSCITADO ESTÁ CONNOSCO! ALELUIA!
Ele estava lá… O Ressuscitado está presente na sua Palavra, no seu Corpo e Sangue, na pessoa do presidente da assembleia… e na própria assembleia. «Jesus veio e colocou-se no meio deles…», diz o Evangelho deste domingo. Na assembleia do domingo, o Ressuscitado manifesta a sua presença. O presidente poderá recordar
tudo isso antes da saudação inicial. Aleluia! Temos muitas músicas de Aleluias solenes. Uma sugestão para criar uma unidade durante os cinquenta dias do Tempo Pascal: cantar o mesmo Aleluia até à solenidade do Pentecostes.
3. ORAÇÃO NA LECTIO DIVINA.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das leituras com a oração.
No final da primeira leitura:
Deus nosso Pai, nós Te damos graças pela obra começada pelo teu Filho Jesus, continuada pelos Apóstolos e seus sucessores até ao nosso tempo, no dinamismo do teu Espírito. Nós Te confiamos todos os nossos irmãos e irmãs doentes ou atormentados pelas provas da existência, na nossa comunidade e fora dela.
No final da segunda leitura:
Cristo Jesus, nós Te bendizemos e Te aclamamos: Tu és o Primeiro e o Último, Tu és o vivo, estavas morto mas eis-Te vivo pelos séculos sem fim. Tu deténs a chave da morada dos mortos, para nos abrir as portas da vida.
Nós Te pedimos pelos nossos irmãos e irmãs atingidos pela inquietude. Ajuda-os a sair dos medos e inseguranças da vida.
No final do Evangelho:
Deus fiel, nós Te damos graças pelo Espírito de ressurreição, que Jesus insuflou nos teus Apóstolos e que também nos é dado pelo baptismo e pela confirmação, para que tenhamos a vida. Nós Te pedimos por todo o Povo dos cristãos: fortifica a nossa fé em Jesus. Que pelas nossas palavras e actos saibamos testemunhar que Ele está vivo no meio de nós.
4. BILHETE DE EVANGELHO.
Jesus deixa-Se ver aos seus discípulos, o que os enche de alegria. Envia sobre eles o seu Espírito para que respirem do mesmo sopro e espalhem, por sua vez, o sopro da misericórdia de Deus. Tomé não está lá nessa tarde de Páscoa, o testemunho dos apóstolos não consegue convencê-los; ele quer ver, quer tocar, recusa reconhecer o Ressuscitado num fantasma. Jesus respeita a sua caminhada, e é Ele próprio que lhe propõe para ver e tocar. Tomé, então, proclama o primeiro acto de fé da Igreja: “Meu Senhor e meu Deus!” Ele reconhece não somente Jesus ressuscitado, marcado pelas chagas da Paixão, mas adora-O como seu Deus. Então, Jesus anuncia que não Se apresentará mais à vista dos homens, mas será necessário reconhecê-l’O unicamente
com os olhos da fé. E faz desta fé uma bem-aventurança: “felizes os que acreditam sem terem visto!” Também nós, hoje, somos convidados a viver esta bem aventurança. Oxalá possam as nossas dúvidas e as nossas questões ser, como para Tomé, caminho de fé!
(In página dos Dehonianos)














Destino


O príncipe Oleg era um poderoso nobre russo, e sua fama, coragem e justiça eram conhecidas por todo o reino. Ao mesmo tempo, Oleg tinha um misticismo muito forte, não combatia seus inimigos antes de ouvir seu profeta, Agal.Numa fria manhã de inverno, o príncipe Oleg estava ansioso, pois, naquele dia, comandaria um imenso exército contra um país hostil vizinho. Antes de partir, foi falar com Agal:- Meu venerável profeta, quem vencerá essa guerra?O profeta de longa barba grisalha pegou uma vasilha de metal, despejou-lhe água e algumas ervas, fez orações com palavras incompreensíveis e respondeu:- Não temas nada. Com certeza sairás vitorioso.O espírito do príncipe inflou-se, seus olhos ganharam vitalidade; agora restava apenas uma pergunta:- E quando e quem me vai matar?Oleg sempre fazia essa pergunta e o profeta sempre evitava a resposta. Mas, desta vez, Agal agarrou os braços e respondeu: - Meu querido Oleg, tua morte está ligada ao cavalo que montas.Ao ouvir aquilo, Oleg desvencilhou-se abruptamente dos braços do profeta e disse:- Não pode ser! Eu amo meu cavalo, somos parceiros inseparáveis, ele é o melhor corcel de toda a Rússia.- Nada posso fazer contra o destino. Será teu corcel que porá fim a tua vida – disse Agal.Antes de ir para guerra, Oleg tomou uma decisão que partiu seu coração. Mandou que seu cavalo fosse levado para um campo distante do seu castelo, ordenou que lá fosse alimentado e cuidado como jamais outro animal o fora. Também deixou ordens expressas para que o cavalo nunca mais se aproximasse dele.O príncipe foi para guerra e, como predissera Agal, foi o vencedor. Depois de muitos anos de paz e justiça, Oleg continuava vigoroso, mas a idade já lhe mordia os tornozelos, os fios de cabelo branco dominavam toda a paisagem da cabeça principesca.Um dia, almoçando com seu filho Igor, Oleg lembrou-se da profecia de Agal sobre seu cavalo. Depois de contar a história ao filho, chamou um empregado e disse:- Faz muito tempo que não recebo notícias do meu antigo cavalo, quero saber sobre seu paradeiro.O empregado fez uma reverência, afastou-se e depois de alguns minutos retornou com a resposta:- O palafreneiro informou que seu antigo cavalo morreu há mais de dois anos.Oleg, ao ouvir tal notícia, levantou-se da mesa, amparou-se nos ombros do filho e disse:- Levem-me até o lugar onde meu animal tombou.Oleg, Igor e o cavalariço viajaram até o campo em que o animal tinha morrido.O empregado mostrou a carcaça do cavalo.- Estás vendo, Igor? Este cavalo foi meu grande companheiro. O falecido Agal errou a sua profecia, estou aqui vivo olhando meu animal morto.O príncipe, com os olhos marejados de légrimas, agachou-se para fazer um carinho na caveira branca do antigo companheiro.
Mas ele não sabia que aquela ossada se tinha transformado na habitação de uma perigosa serpente, e, assim que pousou a mão no esqueleto, levou uma picada e morreu.

Fonte: BRENMAN, Illan. Contador de Histórias de Bolso: Rússia. São Paulo: Moderna, 2009

Com Interesse




São Tomé


Embora na nossa memória a presença de são Tomé faça sempre pensar em incredulidade e nos lembre daqueles que "precisam ver para crer", sua importância não se resume a permitir a inclusão na Bíblia da dúvida humana. Ela nos remete, também, a outras fraquezas naturais do ser humano, como a aflição e a necessidade de clareza e pé no chão. Mas, e principalmente, mostra a aceitação dessas fraquezas por Deus e seu Filho no projeto de sua vinda para nossa salvação.
São três as grandes passagens do apóstolo Tomé no livro sagrado. A primeira é quando Jesus é chamado para voltar à Judéia e acudir Lázaro. Seu grupo tenta impedir que se arrisque, pois havia ameaças dos inimigos e Jesus poderia ser apedrejado. Mas ele disse que iria assim mesmo e, aflito, Tomé intima os demais: "Então vamos também e morramos com ele!"
Na segunda passagem, demonstra melancolia e incerteza. Jesus reuniu os discípulos no cenáculo e os avisou de que era chegada a hora do cumprimento das determinações de seu Pai. Falou com eles em tom de despedida, conclamando-os a segui-lo: "Para onde eu vou vocês sabem. E também sabem o caminho". Tomé queria mais detalhes, talvez até tentando convencer Jesus a evitar o sacrifício: "Se não sabemos para onde vais, como poderemos conhecer o caminho?". A resposta de Jesus passou para a história: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim".
E a terceira e definitiva passagem foi a que mais marcou a trajetória do apóstolo. Foi justamente quando todos lhe contaram que o Cristo havia ressuscitado, pois ele era o único que não estava presente ao evento. Tomé disse que só acreditaria se visse nas mãos do Cristo o lugar dos cravos e tocasse-lhe o peito dilacerado. A dúvida em pessoa, como se vê. Mas ele pôde comprovar tanto quanto quis, pois Jesus lhe apareceu e disse: "Põe o teu dedo aqui e vê minhas mãos!... Não sejas incrédulo, acredita!" Dessa forma, sua incredulidade tornou-se apenas mais uma prova dos fatos que mudaram a história da humanidade.
O apóstolo Tomé ou Tomás, como também é chamado, tinha o apelido de Dídimo, que quer dizer "gêmeo e natural da Galiléia". Era pescador quando Jesus o encontrou e o admitiu entre seus discípulos.
Após a crucificação e a ressurreição, pregou entre os medos e os partas, povos que habitavam a Pérsia. Há também indícios de que tenha levado o Evangelho à Índia, segundo as pistas encontradas por são Francisco Xavier no século XVI. Morreu martirizado com uma lança, segundo a antiga tradição cristã. Sua festa é comemorada em 3 de julho.

Fonte: Paulinas.org.br