19 outubro, 2009

A Mensagem nº 97 de 18 de Outubro de 2009







Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segunda São Marcos





Mc 10, 35-45






Naquele tempo, Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e disseram-lhe: «Mestre, nós queremos que nos faças o que Te vamos pedir». Jesus respondeu-lhes: «Que quereis que vos faça?»Eles responderam: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda». Disse-lhes Jesus: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu vou beber e receber o baptismo com que Eu vou ser baptizado?» Eles responderam-lhe: «Podemos». Então Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu vou beber e sereis baptizados com o baptismo com que Eu vou ser baptizado. Mas sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não Me pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem está reservado». Os outros dez, ouvindo isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João. Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os que são considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós: quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos; porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos».

Reflectindo

1ª. Leitura (Is 53, 10-11):
“Aprouve ao Senhor esmagar o Seu servo pelo sofrimento”Como 1.ª leitura é-nos proposta uma estrofe do 4.º Canto do Servo de Yahveh, da 2.ª parte do livro de Isaías (o chamado Segundo ou Dêutero-Isaías) datável dos anos 550-530 a.C.Os 2 versículos escolhidos realçam duas dimensões: por um lado a expiação, já que o Servo sofre pelos outros, pelos pecados deles; por outro lado, a exaltação no sentido em que Deus o glorificará porque tomou sobre si tanto sofrimento pelos demais. No seu conjunto, estes dois versículos fornecem um precioso comentário à palavra sobre o resgate pago pelo Filho do Homem que se lê na conclusão do Evangelho de hoje.Evangelho (Mc 10, 35-45):
“Quem entre vós quiser tornar-se grande será vosso servo”Importa recordar o contexto antecedente: Jesus acaba de anunciar aos Doze, pela 3.ª vez, a sua paixão e morte (Mc 10, 32-34). "Na tua glória": segundo a convicção generalizada, o Messias inauguraria em Jerusalém um reino glorioso. Apesar dos repetidos anúncios da paixão, Tiago e João continuam a alimentar expectativas de glória terrena."O cálice"; "o baptismo": no AT é frequente a metáfora do "cálice" das vertigens e sofrimento dos pecadores (cf. Jr 25, 15; Sl 11, 6; 65, 9). Jesus usará a mesma imagem na oração do horto (14, 36). A palavra "baptismo" sugere a mesma ideia: a submersão nas vagas do sofrimento (cf. Lc 12, 50). Jesus implica os discípulos na sua missão de sofrimento. "Para aqueles a que foi reservado (preparado)": o verbo, na voz passiva, remete para um sujeito divino. Os discípulos participarão na entronização messiânica não na base de direitos de humana precedência, mas sim em virtude da iniciativa livre e gratuita do Pai. A "indignação" (ou despeito) dos outros dez dá a Jesus o ensejo de explicitar o estatuto fundamental que deve regular as relações dentro da comunidade eclesial. Demarca-se do modelo da autoridade despótica vigente nas nações e ilustra o seu modelo com duas figuras que se situam nos antípodas: o servo e o escravo. Mas estas imagens não são abstractas, uma vez que representam o caminho e a opção de Jesus, na linha do Servo de Yahweh anunciado por Isaías. "Dar a vida pela redenção (em resgate) de todos (por muitos)": Cristo declara, assim, o carácter soteriológico [referente à doutrina da salvação] da Sua morte. A palavra "resgate" (em gr.: lytron) indicava, entre outras coisas, o preço pago pela libertação dum escravo. Aceitando a sua morte como acto de amor e de libertação dos homens da escravatura do pecado, Jesus dá à comunidade dos discípulos um modelo de amor supremo, que ela deverá reproduzir.2ª. Leitura (Heb 4, 14-16): “Permaneçamos firmes na profissão da nossa fé”Este texto da Carta aos Hebreus introduz a comparação entre Jesus e o Sumo Sacerdote da Antiga Aliança, feita à luz dos rituais do Dia da Expiação. Este era o único dia do ano em que o Sumo Sacerdote entrava no "santo dos santos" do Templo de Jerusalém, com o sangue das vítimas imoladas, para aspergir o "trono da graça", isto é, "propiciatório" (cobertura de ouro da Arca, entre os Querubins, sobre o qual se considerava que Deus estava presente como um rei no seu trono) num ritual de expiação que, embora a título precário (por isso tinha de se repetir todos os anos), alcançava para todo o povo o perdão dos pecados. Com a sua morte, Jesus "penetrou nos céus", isto é, no verdadeiro templo. Fazendo-o, o nosso Sumo Sacerdote não quebrou os vínculos de solidariedade e comunhão que estabeleceu connosco na Sua Incarnação e Paixão. Por isso n' Ele, sempre vivo a interceder em nosso favor, também nós temos acesso ao autêntico "trono da graça". Na verdade, o nosso Sumo Sacerdote alcançou-nos uma redenção radical, plena e definitiva.
(Secretariado Nacional da Liturgia)

Para meditar







ESCOLA DE ANIMAIS









Era uma vez um grupo de animais que quis fazer alguma coisa para resolver os problemas do mundo.Para isto, eles organizaram uma escola.A escola dos bichos estabeleceu um currículo de disciplinas que incluía correr, subir a árvores, correr em montanhas, nadar e voar.Para facilitar as coisas, ficou decidido que todos os animais fariam todas as disciplinas.O pato deu-se muito bem em natação; até melhor que o professor!Mas quase não passou de ano na aula de voo, e estava indo muito mal na de corrida. Por causa de suas deficiências, ele precisou deixar um pouco de lado a natação e ter aulas extras de corrida.Isto fez com que seus pés de pato ficassem muito doloridos, e o pato já não era mais tão bom nadador como antes.Mas estava passando de ano, e este aspecto de sua formação não estava preocupando a ninguém - excepto claro, ao pato.O coelho era de longe o melhor corredor, no princípio, mas começou a ter tremores nas pernas de tanto tentar aprender natação.O esquilo era excelente na subida ás árvores, mas enfrentava problemas constantes na aula de voo, porque o professor insistia que ele precisava descolar do solo, e não de cima de um galho alto.Com tanto esforço, ele tinha caibras constantes, e foi apenas"regular" em alpinismo, e fraco em corrida.A águia insistia em causar problemas, por mais que a punissem por desrespeito à autoridade. Nas provas de subida de árvore era invencível, mas insistia sempre em chegar lá da sua maneira...Na natação deixou muito a desejar....Moral da históriaCada criatura tem suas capacidades e habilidades próprias, coisas que faz naturalmente bem.Mas quando alguém o força a ocupar uma posição que não lhe serve, o sentimento de frustração, desencorajamento, e até culpa, provoca mediocridade e derrota total.Um pato é um pato; nada mais do que um pato. Foi feito para nadar, não para correr, e certamente não para subir em árvores.Um esquilo é um esquilo; nada mais do um esquilo. Se insistirmos em afastá-lo daquilo que ele faz bem, ou seja, subir em árvores, para que ele seja um bom nadador ou um bom corredor, o esquilo vai se sentir um burro.A águia faz uma bela figura no céu, mas é ridícula numa corrida a pé.No chão, o coelho ganha sempre. A não ser, é claro, que a águia esteja com fome!O que dizemos das criaturas da floresta vale para qualquer pessoa bem como a sua família, em particular.Deus não nos fez iguais. Ele nunca quis que fôssemos iguais.Foi Ele quem planeou e projectou as nossas diferenças, nossas capacidades especiais!!Portanto descubra em você estas qualidades e desfrute de sua paz interior...Descubra seus dons naturais

Com Interesse


Nossa Senhora do Patrocinio


O Papa Alexandre VII concedeu ao Rei Felipe II a celebração da Festa a N. Sra. do Patrocínio aos 28 de julho de 1656. A finalidade era dar graças a Deus pelos inúmeros benefícios. A festa era celebrada inicialmente no 3º domingo de novembro em todo o extenso domínio da Espanha e, posteriormente também no 4º domingo de outubro. O Papa concedia àqueles, que participando da missa solene, após confessar, comungar e rezar nas intenções de costume, uma indulgência plenária. Esta devoção chegou ao Brasil através dos colonizadores portugueses. Várias igrejas no Brasil são erguidas a Deus em honra de N. Sra. do Patrocínio, sendo uma das mais famosas e históricas a de Itu, São Paulo.Em Patrocínio MG, a construção da nova Igreja Matriz de Nossa Senhora do Patrocínio teve início em 1º de novembro de 1933 e o término em 08 de setembro de 1935.
A chegada da imagem de Nossa Senhora do Patrocínio foi no dia 30 de agosto de 1935. Vinda do Rio de Janeiro, foi trazida pelo Monsenhor Joaquim Thiago dos Santos e Sr. José Elói dos Santos.
Era vigário, naquela época Padre Philiberto Braum, da Congregação dos Padres dos Sagrados Corações.
Os paroquianos acolheram a imagem de N. Sra. do Patrocínio com uma procissão, pela cidade, sendo carregada por quatro homens fortes, pois é muito pesada. Dentre os quatro homens encontrava-se o Sr. Gervásio Amaral.
Juntamente com esta imagem vieram também uma imagem de pequeno porte e uma estampa no quadro. Dr. Cândido, Juiz de Direito daquela época, encantado com a beleza da figura de Maria, ficou com o quadro dizendo: “Por onde eu for a levarei comigo”.
A consagração da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Patrocínio aconteceu em 1º de novembro de 1936
Origem da devoção
A devoção à Virgem Maria sob a invocação Nossa Senhora do Patrocínio tem sua origem na festa do “Patrocínio de Nossa Senhora”. Chama-se “Patrocínio”, em liturgia, a festa em honra de algum santo para venerá-lo e venerando-o agradecer-lhe sua proteção, intercessão, patrocínio; não se confunde com a festa principal daquele santo, por isso mesmo é celebrada em dia diferente. Duas foram as principais festas de “patrocínio”. O patrocínio de Nossa Senhora e o patrocínio de São José. Digo foram, pois, como veremos, no calendário litúrgico atual não se celebram mais festas da referida classe.
Foi na Espanha e em seus extensos domínios onde se começou a celebrar esta festa concedida a pedido do rei Felipe IV, pelo Papa Alexandre VII na bula Praeclara Christianissimi, de 28 de julho de 1656. Liturgistas mui dignos de créditos afirmam que se concedeu a festa em ação de graças pelas vitórias obtidas pela Espanha contra os sarracenos e contra os hereges; porém no texto da citada Bula se expressa claramente o motivo da petição que é simplesmente dar graças a Santíssima Virgem pelos múltiplos benefícios, quae ab illa accepisse pro affectu profitetur (o Rei). No princípio celebrava-se a festa, em geral, no terceiro domingo de novembro.
A devoção a esta festa foi-se propagando, a exemplo da Espanha. Bento XIII, em 03 de agosto de 1725, mandou celebrá-la em todo o Estado Pontifício, no segundo Domingo de novembro; logo se foi concedendo a muitas regiões e Dioceses para um Domingo de novembro que assinalasse o Ordinário do lugar; também as muitas ordens religiosas como as três ordens franciscanas, a Companhia de Jesus etc.
Os fundamentos teológicos da festa do patrocínio expõe-nos Bento XIV em sua clássica obra De Festis, livro II, cap.13.
No tempo de Bento XIV planejou-se uma tentativa de reforma do Breviário e do Calendário litúrgico, e no plano já completamente redigido suprimia-se a festa do patrocínio além de muitas outras; mas não foi do agrado do Pontífice e a reforma não foi aprovada. Foi Pio X quem levou a cabo uma grande reforma litúrgica forçando as Dioceses a abandonarem seus calendários particulares para usarem o da Igreja universal, com acréscimo somente das festas estritamente próprias de cada Igreja particular. Assim, a partir de 1915, desapareceu de todos os calendários litúrgicos dentre muitas outras, a festa do patrocínio de Nossa Senhora, sendo celebrada, desde então, somente no lugar e onde é titular de alguma igreja consagrada