05 dezembro, 2009

A Mensagem nº 104 de 06 de Dezembro de 2009


2º DOMINGO DO ADVENTO




Evangelho Lc3.1-6
No décimo quinto ano do reinado do imperador Tibério, quando Pôncio Pilatos
era governador da Judeia, Herodes tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe tetrarca da região da Itureia e Traconítide e Lisânias tetrarca de Abilene, no pontificado de Anás e Caifás, foi dirigida a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto.
E ele percorreu toda a zona do rio Jordão, pregando um baptismo de penitência
para a remissão dos pecados, como está escrito no livro dos oráculos do profeta Isaías:
«Uma voz clama no deserto:
'Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.Sejam alteados todos os vales e abatidos os montes e as colinas; endireitem-se os caminhos tortuosos e aplanem-se as veredas escarpadas;
e toda a criatura verá a salvação de Deus'

Reflectindo


ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS
PARA O 2º DOMINGO DO ADVENTO

(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)


A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 2º Domingo do Advento, procurar meditar a
Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por
exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num
grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa
comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a
Palavra de Deus.
GESTO PARA O INÍCIO DA CELEBRAÇÃO.
Para sublinhar o apelo à conversão, bem presente no Evangelho, pode-se escolher a
aspersão como rito penitencial. O cântico de entrada poderá acompanhar também o
rito de aspersão com água benzida, em sinal de conversão e penitência.
ORAÇÃO NA LECTIO DIVINA.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das
leituras com a oração.
No final da primeira leitura:
“Deus de alegria, de justiça e de paz, bendito és Tu, porque nunca Te esqueces. Não
esqueceste as tuas promessas, mas realizaste-as plenamente pela missão do teu
Filho Jesus, que nos reúne na nova Jerusalém.
Nós Te pedimos: conduz as tuas comunidades na alegria, à luz da tua glória, dá-nos
como segurança a tua misericórdia e a tua justiça”.
No final da segunda leitura:
“Pai, nós Te damos graças pela acção que começaste nas nossas comunidades e em
cada um de nós, e que Tu continuas fielmente até ao dia de Cristo.
Nós Te pedimos: que o teu Espírito nos guie, para que possamos caminhar sem
vacilar até ao dia de Cristo, que Ele nos faça progredir no conhecimento da tua
vontade”.
No final do Evangelho:
“Deus fiel, proclamamos a infinita paciência que puseste em acção ao longo dos
séculos para preparar a vinda do teu Filho à nossa humanidade. Nós Te damos graças
pelo envio dos profetas até João Baptista.
Nós Te pedimos por todas as nossas comunidades: aplanai os caminhos que nos
ligam uns aos outros e nos abrem o caminho para Ti”.
BILHETE DE EVANGELHO.
No ano 15 do Reino de Tibério, o povo de Israel tinha sido bem posto à prova…
Quantos caminhos de ocupação! Quantas ravinas de divisões! Quantas montanhas de
incompreensões! João Baptista anuncia um futuro melhor, mas pede que se participe
na sua realização: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas… e toda
a criatura verá a salvação de Deus”. Assim, João Baptista revela o verdadeiro rosto de
Deus que vem salvar a humanidade, mas quer ter necessidade desta humanidade
para que ela coopere na sua salvação. E a conversão, que é apelo de Deus, é ao
mesmo tempo apelo do homem. O profeta é o enviado de Deus, é o seu porta-voz.
João Baptista, o último dos profetas da Antiga Aliança, é ao mesmo tempo o precursor
( In página dos Dehonianos)

Para meditar


O TRABALHO DE CADA UM


Era uma vez dois primos que foram criados juntos. Aprenderam a rastejar e a gatinhar juntos, mais tarde a correr, nadar, jogar a bola e tudo o mais que os meninos fazem juntos.Eram amigos leais e muito unidos.Porém, com o tempo, foram-se distanciando, como acontece até mesmo com os bons amigos, ao írem pela vida fora. Um deles dedicou-se aos livros; descobriu um certo prazer em aprender e estudou muito, acabando por triunfar nos exames.O outro primo resolveu que os livros não eram lá tão boa companhia. Faltou muito às aulas, para continuar a nadar e jogar bola; ignorou os deveres e acabou fracassando nos exames. A sorte sorriu ao primeiro, que se tornou conselheiro do próprio rei. O segundo primo acabou arranjando serviço de remador do navio real.Um dia, o rei e todos os conselheiros reais embarcaram para uma viagem rio acima. Sentados sob umm lona, na proa do barco, onde a brisa era mais agradável, discutiam negócios de estado enquanto o barco seguia. O remador, vendo o primo bem à vontade com a realeza, ficou muito irritado. Olha só aquele preguiçoso, todo esticado na sombra, enquanto eu fico aqui moendo os ossos ao sol - disse para si mesmo, continuando a remar. - Por que ele tem o direito de se sentar lá, e eu não? Afinal, nós dois não somos criaturas de Deus? Quanto mais pensava, mais furioso ficava. Olha só estes palermas , inúteis - começou a resmungar para um companheiro remador. - Intitulam-se conselheiros, mas só ficam atirando conversa fora.. Por que é que nós temos que suar tanto para puxar as carcaças deles contra a corrente? Isso não é nada justo! Eles deviam estar aqui, remando também. Não somos todos criaturas de Deus?Naquela noite ancoraram para pernoitar. Todos comeram e dormiram logo. O remador acordou no meio da noite, com uma mão muito firme sacudindo-lhe os ombros. Era o próprio rei. Há um barulho esquisito vindo daquela direção - disse, apontando para a terra. - Não consigo dormir, imaginando o que seja. Por favor, vai e descobre o que é. O remador saltou fora do barco e subiu correndo para o alto de um morro. Voltou poucos minutos depois. Não é nada, Majestade – disse ele. - Uma gata acabou de dar à luz uma ninhada de gatinhos barulhentos. Ah, sim. - disse o rei. - que tipo de gatinhos O remador não tinha olhado para os filhotes. Correu de novo morro acima e voltou. Siameses – disse ele,. E quantos são os gatinhos? - perguntou o rei. Isso o remador também não tinha reparado. Voltou lá. Seis gatinhos. – respondeu, Quantos machos e quantas fêmeas? - perguntou o rei. O remador correu para lá mais uma vez. Três machos e três fêmeas - gemeu, já quase sem fôlego. Está bem - disse o rei. - Vem comigo. Foram a pé ante pé até a proa do barco, e o rei acordou o primo do remador.Há um barulho esquisito em cima daquele morro - disse-lhe ele. – vai lá e descobre o que é. O conselheiro desapareceu na escuridão e voltou pouco depois. É uma ninhada de gatinhos recém-nascidos, Majestade - disse. Que tipo de gatos? - perguntou o rei. Siameses - respondeu o conselheiro. Quantos?, Seis. Quantos machos e quantas fêmeas? Três machos e três fêmeas. A mãe deu à luz dentro de um barril. Os gatos pertencem ao prefeito do vilarejo. Ele espera não ter incomodado Vossa Majestade, e convida-o a escolher um deles, caso a corte precise de algum animalzinho real de estimação. O rei olhou para o remador.Eu ouvi teus resmungos, hoje cedo - disse ele. Sim, todos somos criaturas de Deus. Mas todas as criaturas de Deus têm o seu trabalho a executar. Precisei mandar-te quatro vezes à praia, para obter as respostas. Meu conselheiro foi só uma vez. E é por isso que ele é meu conselheiro, e tu ficas com os remos do barco."O único lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário"

Com Interesse


NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

A Imaculada Conceição de Maria é um dogma da Igreja Católica Romana. Definido no século XIX, sua festa litúrgica é celebrada em 8 de Dezembro. Segundo o Dogma, a Igreja confessa e crê que a Bem Aventurada Virgem Maria foi preservada do pecado original desde o primeiro instante de sua existência.
O bom senso dos fiéis sempre acreditou na imunidade de Maria do pecado original. Tanto no Oriente como no Ocidente, há grande devoção à Maria enquanto mãe de Jesus e "Virgem sem Pecado", notados desde os primórdios do cristianismo, quando o dogma da Imaculada Conceição já era tido para os fiéis como verdade de fé.
Os escritos cristãos do século II testemunhavam a idéia, concebendo Maria como nova Eva, ao lado de Jesus, o novo Adão, na luta contra o mal. O Protoevangelho de Tiago, obra apócrifa antiga, narrava Maria como diferente dos outros seres humanos. No século IV, Efrém (306-373), diácono, teólogo e compositor de hinos, propunha que só Jesus Cristo e Maria de Nazaré são limpos e puros de toda a mancha do pecado.
Já no século VIII se celebrava a festa litúrgica da Conceição de Maria aos 8 de dezembro ou nove meses antes da festa de sua natividade, comemorada no dia 8 de setembro. No século X a Grã-Bretanha celebrava a Imaculada Conceição de Maria.
Na Itália do século XV o franciscano Bernardino de Bustis escreveu o Ofício da Imaculada Conceição, com aprovação oficial do texto pelo Papa Inocêncio XI em 1678. Foi enriquecido pelo Papa Pio IX em 31 de março de 1876, após a definição do dogma com 300 dias de indulgência cada vez que recitado.
Aos 8 de dezembro de 1854, Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus, fez a definição oficial do dogma da Imaculada Conceição de Maria. Assim o Papa se expressou:
"Em honra da santa e indivisa Trindade, para decoro e ornamento da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica, e para incremento da religião cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e com a nossa, declaramos, pronunciamos e definimos a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser sólida e constantemente crida por todos os fiéis"
Em 1858 Bernadete Soubirous, uma jovem pobre e de pouca instrução, afirmou ter visto uma aparição que se auto-denominou de "Imaculada Conceição" na localidade Lourdes, diocese de Tarbes na França. O caso foi submetido às autoridades civis locais e eclesiásticas, após o que o bispo de Tarbes deu por confirmadas as aparições como sendo da Virgem Maria. As autoridades civis francesas se viram impotentes para impedir a devoção de milhares de peregrinos na época, hoje Lourdes se transformou num lugar de peregrinação internacional de milhões de católicos devotos da Virgem Maria.A Imaculada Conceição, celebrada pela Igreja Católica a 8 de Dezembro, é um dogma que está intimamente ligado à história de Portugal, porquanto a 25 de Março de 1646 D. João IV, à vista da imagem da Imaculada no seu Santuário de Vila Viçosa (Alentejo, Portugal) e como agradecimento da vitória na guerra da Restauração da Independência, a proclamou padroeira e rainha de Portugal, tendo sido desde então representada com a coroa real na cabeça.
Recorde-se que D. João IV protagonizou a libertação do país de 60 anos de domínio espanhol, a 1 de Dezembro de 1640, e quando a 15 de Dezembro foi coroado rei de Portugal (o primeiro da Dinastia de Bragança), foi o último monarca Português a usar a coroa, oferecida seis anos depois à Virgem.
Fonte :http://www.imaculada.org/A%20devo%C3%A7%C3%A3o%20a%20Nossa%20Senhora%20da%20Concei%C3%A7%C3%A3o.htm

01 dezembro, 2009

A Mensagem nº 103 de 29 de Novembro de 2009







Evangelho 1º Domingo do Advento



Lc 21, 25-28.34-36

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar.
Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.
Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela devassidão, a embriaguês e as preocupações da vida, e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele sobrevirá sobre todos os que habitam a terra inteira.
Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para terdes a força de vos livrar de tudo o que vai acontecer e poderdes estar firmes na presença do Filho do homem».

Reflectindo

ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA O 1º DOMINGO DO ADVENTO
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)

. BILHETE DE EVANGELHO.
O sofrimento, as preocupações, o medo do futuro por vezes esmagam-nos e
acabamos por baixar os braços. “Erguei-vos!”, diz-nos Jesus. Só podem esperar os
que se mantêm de pé, prontos a pôr-se a caminho para construir com Deus um futuro
melhor. O medo faz baixar a cabeça; vive-se então no momento presente, com medo
dos golpes que será necessário ainda suportar. “Levantai a cabeça!”, diz-nos Jesus.
Só podem esperar aqueles que olham no horizonte Aquele que vem para nos salvar. A
fadiga acaba por adormecer, sem dúvida porque não se espera mais nada e não se
quer mais lutar. “Tende cuidado convosco e vigiai!”, diz-nos Jesus. Só podem esperar
aqueles que permanecem atentos aos sinais que Deus não cessa de manifestar. A
falta de confiança destrói a relação, sem se saber do que falar. “Orai em todo o
tempo”, diz-nos Jesus. Só podem esperar aqueles que entram em diálogo com Deus.
A esperança nunca é passiva. Para esperar é preciso erguer-se, levantar a cabeça,
estar atento e vigiar, orar: tais são os verbos activos que manifestam o que faz a
grandeza do homem.
. À ESCUTA DA PALAVRA.
Leitura do Livro de Jremias: “Dias virão, em que cumprirei a promessa que fiz à casa
de Israel e à casa de Judá”. Palavra do Senhor. Leitura do Evangelho: “Haverá sinais
no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o
rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai
suceder ao universo”. Palavra do Senhor. Na mesma celebração, proclama-se como
Palavra do Senhor duas afirmações tão afastadas uma da outra! Como resolver esta
contradição? Primeiro, sendo realistas. O universo conhece transformações
constantes, tremores de terra, erupções vulcânicas, tsunamis, meteoritos… A sol e as
estrelas, um dia, apagar-se-ão. No fundo, Jesus, com os conhecimentos e a
mentalidade da sua época, chama a nossa atenção para essa realidade: o nosso
mundo, um dia, acabará. Não somente o “nosso” mundo, mas primeiro o “meu” próprio
mundo, no dia da minha morte. Jesus convida-nos a não esquecer o fim de todas as
coisas. Diz-nos: “Vigiai”. Vigiai para que não vos instaleis neste tempo como se ele
fosse durar sempre! Mas aí, no coração da nossa condição mortal, Deus diz-nos uma
palavra que não passará. Esta Palavra é o próprio Jesus. Começamos hoje um novo
ciclo litúrgico. Mas não é um ciclo fechado sobre si mesmo. Cada ano que passa
aproxima-nos do nosso fim terrestre, mas é-nos dado também como o tempo durante
o qual Jesus vem visitar-nos, dar-nos a sua presença de Ressuscitado. Segundo a
bela palavra de Jeremias, oferece-nos a nós como “um rebento de justiça”, como a
“promessa de felicidade” que se realizará em plenitude no fim dos tempos. Desde
agora, está em acção no segredo dos corações, como o poder da vida que,
secretamente, constrói um novo ser no seio materno. “Vigiai e orai em todo o tempo”,
a fim de estardes de pé no Dia da sua Vinda na plenitude da Luz.

( In página dos Dheonianos )

Para meditar



A mais bela flor


O estacionamento estava deserto quando me sentei para ler debaixo dos longos ramos de um velho carvalho.
Desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando afundar-me.
E se isso não fosse razão suficiente para arruinar o dia, um garoto ofegante chegou-se ao pé de mim, cansado de brincar. Ele parou na minha frente cabeça pendente, e disse cheio de alegria:
- Veja o que encontrei:
Na sua mão uma flor, e que visão lamentável, pétalas caídas, pouca água ou luz.
Querendo me ver livre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e me virei. Mas ao invés de recuar ele se sentou ao meu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:
- O cheiro é óptimo, e é bonita também... Por isso a apanhei; ei-la, é para você.
A flor à minha frente estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegar nela, ou ele jamais sairia de lá.
Então me estendi a mão para pegar nela e respondi:
Era mesmo o que eu precisava.
Mas, ao invés de colocá-la na minha mão, ele a segurou no ar sem qualquer razão. Nesse momento notei, pela primeira vez, que o garoto era cego, que não podia ver o que tinha nas mãos.
Ouvi minha voz ficar embargada, as lágrimas começaram a cair de meus olhos enquanto lhe agradecia por escolher a melhor flor daquele jardim.
- De nada, disse ele a sorrir.
E então voltou a brincar sem perceber o impacto que teve em meu dia. Sentei-me novamente e pus-me a pensar como é que ele conseguiu enxergar um homem auto-piedoso sob um velho carvalho.
Como é que ele sabia do meu sofrimento?
Talvez no seu coração ele tenha sido abençoado com a verdadeira visão. Através dos olhos de uma criança cega, finalmente entendi que o problema não era o mundo, e sim EU.
E por todos os momentos em que eu mesmo fui cego, agradeci por ver a beleza da vida e apreciei cada segundo que é só meu. E então levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela rosa, e sorri enquanto via aquele garoto, com outra flor em suas mãos, prestes a mudar a vida de um idoso triste com a vida .
Se uma criança lhe oferecer uma flor não lhe vire as costas por favor

Com Interesse



29 de Novembro


Saturnino forma um elo entre a Gália, França, e a Judéia, entre a nossa civilização e a de Jesus Cristo. De acordo com a tradição, ele era grego e viveu nos tempos de Cristo. Tendo ouvido falar de São João Batista, foi ouvi-lo pessoalmente, e ficou tão comovido que se tornou um de seus discípulos. Ele foi batizado no Rio Jordão no mesmo dia que Jesus, tornando-se um de Seus 72 discípulos.
Ele continuou com os apóstolos após a Crucificação e estava com eles no Cenáculo quando o Espírito Santo desceu sobre eles, em Pentecostes. Foi com São Pedro para evangelizar o Oriente Médio. De lá foi enviando à Gália, dirigindo-se depois para Arles e Nimes. Finalmente fixou-se em Toulouse com dois de seus companheiros: Paoul, que Pedro havia enviado com ele, e Honestus, que ele converteu em sua jornada.
Quando chegou a Toulouse, ele começou a destruir os ídolos pagãos, deixando o povo muito desconfiado. Saturnino sentiu que algo mais deveria ser feito. Assim, um dia, Saturnino curou a lepra de Austris da Saxônia, filha de Marcellus, o governador de Toulouse! Imediatamente quase toda a cidade se converteu. De lá, ele enviou seu discípulo Honestus para Pamplona, e ele conseguiu chegar até Toledo, onde converteu centenas de pessoas. Se encontrava multidões desconfiadas, ele simplesmente fazia um milagre com sua benção, invocando os poderes de Jesus: curava um paralítico, um leproso ou um cego e seguia em frente. Mais tarde, retornou a Toulouse, encontrando a cidade em boas condições. Outro grande milagre: O evangelista fora para longe por anos e, quando retornava, tudo estava como se ele tivesse continuado presente!
Mas o trabalho de Saturnino não estava completo. Agora, restava-lhe morrer. Morrer como São Pedro ou como São João Batista. Diz a tradição que ele retirou as estátuas dos deuses pagãos de um templo que ainda havia na cidade, e que os sacerdotes pagãos da época colocaram outras estátuas de ídolos em seus lugares, mas elas simplesmente quebravam ou, o que era mais impressionante, saíam andando para fora da cidade. Com isso, silenciaram-se os oráculos pagãos de onde os sacerdotes recebiam sua principal renda.
Eles capturaram Saturnino e ataram seus pés a um touro selvagem, que saiu arrastando o santo pela cidade afora e, mesmo quando seus devotos o socorreram, ele já estava com a cabeça e o corpo estilhaçados.
Hoje, a igreja de São Saturnino em Toulouse é a maior igreja (no estilo românico) da França, e o seu corpo repousa num grande túmulo construído em 1746. Na arte litúrgica da Igreja, ele é mostrado como um Bispo sendo arrastado por um touro, ou com um touro a seus pés.Fonte:http://www.santosdaigrejacatolica.com/sao-saturnino-de-toulouse.html