20 setembro, 2009

A Mensagem nº 93 de 20 de Setembro de 2009







Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos






Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos caminhavam através da Galileia. Jesus não queria que ninguém o soubesse, porque ensinava os discípulos, dizendo-lhes: «O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens, que vão matá-l’O; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará». Os discípulos não compreendiam aquelas palavras e tinham medo de O interrogar. Quando chegaram a Cafarnaum e já estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: «Que discutíeis no caminho?». Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. Então, Jesus sentou-Se, chamou os Doze e disse-lhes: «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos». E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes: «Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou».

Reflectindo


ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA O 25º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)

1. A LITURGIA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 25º Domingo do Tempo Comum, procurar
meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em
cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da
Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos
eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver
em pleno a Palavra de Deus.

2. BILHETE DE EVANGELHO.
Nunca os discípulos teriam ousado discutir diante do seu Mestre para saber quem era
o maior. Eis a razão pela qual eles preferem calar-se. Que contraste entre a discussão
dos discípulos sobre a sua promoção social e o anúncio de Jesus sobre o seu
abaixamento! Como as suas palavras não parecem ser compreendidas pelos seus
amigos, Ele vai fazer-lhes sinal através de um gesto: coloca uma criança no meio
deles. A criança não conhece o prestígio, é desconsiderada pela sociedade… Jesus
identifica-Se com esta criança: “Quem receber uma destas crianças em meu nome é a
Mim que recebe”. Jesus não Se identifica com os grandes, mas com os pequenos. Ele
vai mais longe, identifica-Se com o seu Pai: “Quem Me receber não Me recebe a Mim,
mas Àquele que Me enviou”. O evangelista não descreve as reacções dos discípulos,
mas, naquele dia, estes compreenderam certamente que, se queriam ser seus
discípulos, não deveriam procurar ser maiores que o seu Mestre.

3. À ESCUTA DA PALAVRA.
“Que discutíeis no caminho? Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com
os outros sobre qual deles era o maior». Ser o maior, o primeiro, o melhor, o mais
forte… É a terrível tentação do poder! Ela nunca abandonou o próprio Jesus. As suas
três tentações, no deserto, andam à volta do poder. Em toda a sua vida, até à cruz,
esta tentação vai acompanhá-l’O sempre… Variadas vezes, Jesus repreende os seus
discípulos, coloca-os de aviso contra a tentação do poder: “Se alguém quer ser o
primeiro, que ele seja o último de todos e o servidor de todos”. Jesus pregou tudo isso
com palavras e com actos. Basta recordar o episódio do lava-pés na última ceia. O
poder, para Jesus, é serviço ao crescimento do amor e da vida. É preciso reconhecer
que, na sua história, a Igreja agiu muitas vezes ao contrário do Evangelho… Apesar
dos progressos notáveis, em particular depois do Concílio Vaticano II, há ainda muito
caminho a fazer. É preciso intensificar a nossa súplica, para que o Espírito não deixe
nenhum membro da Igreja tranquilo, a fim de que todos sejamos interpelados pelo
Evangelho. Daí depende a credibilidade do testemunho cristão no mundo!

4. PARA A SEMANA QUE SE SEGUE…
Fazer o ponto da situação… É-nos dada a ocasião, nesta semana, para fazer o ponto
sobre os nossos valores, sobre o que é importante para nós na vida: o que conta
verdadeiramente para mim? A segunda leitura e o Evangelho podem ajudar-nos a
reflectir nisso. Tomar o tempo para se questionar simplesmente, em verdade, diante
do Senhor: no fundo, o que é que eu procuro, o que espero da vida?
( In Página dos Dehonianos)

Para meditar


A ÁRVORE


Era uma vez uma árvore, no meio de uma floresta.
Ela era uma árvore muito pequena, de galhos muito frágeis, mas sonhava ser grande e dar muitos frutos.O tempo foi passando, seu caule engrossou e suas folhas se multiplicaram. Um belo dia, ela perguntou à sua mãe quando é que os frutos viriam. Oh! Meu amor!Não somos árvores frutíferas.Somos só assim, mesmo...E a árvore chorou, porque não tinha nada para oferecer.
Via as pessoas apanharem frutas de suas companheiras, e até folhas medicinais, enquanto ela vivia ali, parada, inútil.Até que ficou tão triste que teve vontade de morrer. Suas folhas, então, foram murchando. Seus galhos começaram a secar. Ela foi ficando cada vez mais curvada, seca, e, no silêncio de sua dor, ouviu um pássaro piar: Pelo amor de Deus, Dona Árvore! Não faça isso.Minha esposa está chocando nossos filhotes, aqui neste seu galho. Se ele cair, que será de nós?Espantada, ela começou a prestar atenção em si mesma. E passou a reparar quanta "gente" morava nela.Tinha uma família de mochos.E mais uma casinha de pica-paus. E mais uns besouros.Uma orquídea em botão, presa ao seu tronco, sussurrou:Espere mais um pouco , para ver a surpresa que vou lhe fazer!...Então ela viu as abelhas que se tinham alojado num vão entre suas raízes, onde fabricavam mel saboroso. E viu uma família de pessoas almoçando à sua sombra.E só então ela conseguiu ouvir a voz de Deus em seu coração, dizendo:Nem todas as árvores têm frutos para dar. Porém algumas, como tu, podem ter muito mais a oferecer...A árvore, com aquele pensamento, recuperou a vontade de viver, ficando saudável em poucos dias.
Assim , ela pôde festejar quando os passarinhos nasceram, e a orquídea logo se abriu.Muitas gerações de crianças já construíram casas" e baloiços em seus galhos firmes e fortes.Esta é uma de suas grandes alegrias!E ainda hoje ela está lá, dando cada vez mais sombra, sustentando cada vez mais vidas, feliz por ter encontrado sua verdadeira razão de viver.

E Tu linda árvore de Deus.?,
Tenho certeza que tens agradado muito a Deus, não importa se és uma árvore pequenina ou enorme, pois todos nós temos as nossas qualidades.

Com Interesse


Santa Cândida

A primeira referência sobre Santa Cândida foi encontrada no Calendário da Igreja de Córdoba e em alguns documentos da antiga Galicia, ambas na Espanha. Mas, foi pela tradição cristã do povo napolitano, na Itália, que se concluiu a história desta Santa. A vida cristã de Cândida iniciou quando ela foi convertida, segundo essa tradição, pelo próprio apóstolo Pedro de passagem por Nápoles. Naquela época o Apóstolo, com destino a Roma atravessou Nápoles onde a primeira pessoa que encontrou na estrada foi a pequena Cândida. Percebeu imediatamente que a pobre criança estava doente. Parou e lhe perguntou se conhecia a palavra de Jesus Cristo. Diante da negativa e em seu ardor de levar a mensagem do Evangelho, Pedro lhe falou da Boa Nova, da fé e da religião dos cristãos; curou-a dos males que sofria e a converteu em Cristo. Assim Cândida foi colhida pela luz de Deus e curada do físico e da alma. Chegou em sua casa falando sobre o Cristianismo e contando tudo o que o Apóstolo Pedro lhe dissera. Muito intrigado e confuso, Aspreno, um parente que a criava, saiu para procurá-lo. Quando se encontraram, com muito zelo Pedro converteu também Aspreno, que o hospedou em sua modesta casa por alguns dias. O Apostolo acabou de catequizar os dois e, em seguida, os baptizou e lhes ministrou a primeira Eucaristia durante a celebração da Santa Missa. Este local recebeu o nome de "Ara Petri", que significa Altar de Pedro. Depois, antes de partir, o Apóstolo consagrou Aspreno o primeiro Bispo de Nápoles e pediu para a pequena Cândida continuar com a evangelização, salvando as almas para Nosso Senhor Jesus Cristo. Aquele lugar onde fora celebrado a Santa Missa por São Pedro, tornou-se de grande veneração por Cândida. Ela deixou seu lar com todos os confortos, preferindo passar seus dias numa gruta escura nas proximidades de "Ara Petri". Ali vivia em penitência e oração, catequizando e convertendo muitos pagãos. Após alguns anos, o número de cristãos havia aumentado muito. Por isto, quando o imperador romano ordenou as perseguições contra a Igreja, os convertidos foram obrigados a fugir ou se esconder. Então, o Bispo Aspreno embarcou Cândida junto com outros cristãos, com destino a Cartago, no norte da África, tentando mantê-los a salvo da implacável perseguição, mas não conseguiu. Foram alcançados, presos e torturados. Cândida foi levada a julgamento e condenada a morte porque se negou a renunciar a fé em Cristo. No Martirológio Romano, encontramos registado que a virgem e mártir cristã Cândida morreu no Anfiteatro dos martírios de Cartago, no dia 20 de Setembro. Suas relíquias, encontradas nas Catacumbas de Priscila, agora estão guardadas na igreja Santa Maria dos Milagres, em Roma. Muitos séculos mais tarde, pesquisas arqueológicas feitas na cidade de Nápoles, encontraram no local "Ara Petri" um antigo cemitério de cristãos. O fato colocou ainda mais devoção sobre a figura de Santa Cândida, eleita pelos fiéis como padroeira das famílias e dos doentes. Ela recebe no dia 20 de setembro as tradicionais homenagens litúrgicas confirmadas pela Igreja.