26 maio, 2008

A Mensagem nº 26 de 25-05-2008


Evangelho ( Mateus 6,24-34 )


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 24"Ninguém pode servir a dois senhores; pois, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro. 25Por isso eu vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber; nem com o vosso corpo, com o que havereis de vestir. Afinal, a vida não vale mais do que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa? 26Olhai os pássaros dos céus: eles não semeiam, não colhem nem ajuntam em armazéns. No entanto, vosso Pai que está nos céus os alimenta. Vós não valeis mais do que os pássaros? 27Quem de vós pode prolongar a duração da própria vida, só pelo fato de se preocupar com isso? 28E por que ficais preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. 29Porém, eu vos digo: nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. 30Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé? 31Portanto, não vos preocupeis, dizendo: 'O que vamos comer? O que vamos beber? Como vamos nos vestir?' 32Os pagãos é que procuram essas coisas. Vosso Pai, que está nos céus, sabe que precisais de tudo isso. 33Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo. 34Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações! Para cada dia bastam seus próprios problemas".

A Palavra

A liturgia deste 8º Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre as nossas prioridades.
O que é mais importante na minha vida?
A reflexão pede que dirijamos o nosso olhar para o que é verdadeiramente importante e que libertemos o nosso coração da tirania dos bens materiais. De resto, o cristão não vive obcecado com os bens, pois tem absoluta confiança nesse Deus que cuida dos seus filhos com a diligência de um pai e o amor gratuito e incondicional de uma mãe.

A primeira leitura sublinha a diligência e o amor de Deus, desta vez recorrendo à imagem da maternidade:
a mãe ama o filho, com um amor instintivo, avassalador, eterno, gratuito, incondicional; e o amor de Deus mantém as características do amor da mãe pelo filho, mas em grau infinito. Por isso, temos a certeza de que Ele nunca abandonará os homens e manterá para sempre a aliança que fez com o seu Povo.

A um Povo que vive numa situação dramática de frustração, de desorientação, de total incerteza em relação ao futuro, que olha à volta e não vê Deus presente na sua caminhada, que começa a duvidar do amor e da fidelidade de Deus, o profeta diz: “não desanimeis: apesar da aparente ausência, Deus ama-vos ainda mais do que uma mãe ama o filho; por isso, Ele continua comprometido convosco, continua a percorrer convosco esse caminho histórico que, dia a dia, vos leva ao encontro da vida plena”. É uma mensagem eterna, consoladora e repousante… Num mundo em que as referências se alteram rapidamente, em que o futuro é incerto e a humanidade não sabe exactamente para onde caminha, em que o terrorismo, a guerra, as ameaças ambientais, o totalitarismo dos bens materiais ameaçam o frágil equilíbrio da humanidade, somos convidados a descobrir o amor materno de Deus, a sua solicitude nunca desmentida, a sua presença protectora. Temos medo de quê, se Deus é a mãe que nos ama de forma absoluta, que vigia o berço onde nós dormimos, que vela e nos serena com a sua presença e a sua solicitude maternal?


Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a fixarem o seu olhar no essencial (a proposta de salvação/libertação que, em Jesus, Deus fez aos homens) e não no secundário (os portadores da mensagem).

Os transmissores da mensagem – sejam eles padres ou leigos – devem ter consciência de que não estão a anunciar-se a si próprios… Por isso, devem evitar atrair sobre si as luzes da ribalta; devem apresentar a proposta salvadora de Deus com fidelidade e coerência – sem adoçar as palavras e sem procurar fazer jogos de “charme”; devem assumir-se como discretos e fiéis “servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus”.

O Evangelho convida-nos a buscar o essencial (o “Reino”) por entre a enorme quantidade de coisas secundárias que, dia a dia, ocupam o nosso interesse. Garante-nos, igualmente, que escolher o essencial não é negligenciar o resto: o nosso Deus é um pai cheio de solicitude pelos seus filhos, que provê com amor às suas necessidades.


A primeira grande questão que, neste texto, Jesus nos coloca é a questão das nossas prioridades. Dia a dia somos bombardeados com um conjunto de propostas mais ou menos aliciantes, que nos oferecem a chave da felicidade e da vida plena: o dinheiro, o êxito profissional, a progressão na carreira, a beleza física, os aplausos das multidões, o poder… E estes ou outros valores semelhantes – servidos por técnicas de publicidade enganosa – tornam-se o “objectivo final” na vida de tantos dos nossos contemporâneos. No entanto, Jesus garante-nos que a vida plena não está aqui e que, se estes valores se tornam a nossa prioridade fundamental, a nossa vida terá sido um tremendo equívoco. Para Jesus, é no “Reino” – isto é, na aposta incondicional em Deus e no acolhimento do seu projecto de salvação/libertação – que está o segredo da nossa realização plena. Quais são as minhas prioridades? Em que é que eu tenho apostado incondicionalmente a minha vida?


Padre Amaro Jorge scj

Histórias para Meditar

O PARADOXO DE NOSSO TEMPO
Temos edifícios mais altos.>>> Mas pavios mais curtos;
Auto-estradas mais largas. >>>Mas pontos de vista mais estreitos;
Gastamos mais. >>>Mas temos menos;
Compramos mais.>>> Mas desfrutamos menos.
Temos casas maiores.>>> Mas famílias menores;
Temos mais graus académicos.>>> Mas menos senso;
Mais conhecimento. >>>Mas menos poder de julgamento.
Mais medicina.>>>Mas menos saúde.
Ficamos acordados até tarde,>>>Acordamos sempre cansados demais,
Raramente paramos para ler um livro.>>>Ficamos tempo demais em frente da TV
Falamos demais.>>> E raramente rezamos
Multiplicamos nossas posses.>>> Mas reduzimos nossos valores.Amamos raramente.>>>Mas odiamos com muita frequência.
Aprendemos como ganhar a vida.>>> Mas não vivemos essa vida.
Já fomos à Lua e dela voltamos.>>>Mas temos dificuldade em atravessar a rua
e nos encontrarmos com nosso novo vizinho.

Fizemos coisas maiores.>>> Mas não coisas melhores.
Limpamos o ar.>>> Mas poluímos a alma.
Escrevemos mais.>>> Mas aprendemos menos.
Planeamos mais.>>> Mas realizamos menos.
Aprendemos a correr contra o tempo.>>> Mas não a esperar com paciência.
Temos mais comida.>>> Mas menos solidariedade.
Construímos mais computadores para armazenar mais informações para produzir mais cópias do que nunca. >>>Mas temos menos comunicação.
Tivemos avanços na quantidade.>>>Mas não em qualidade.
Estes são tempos de refeições rápidas.>>> Mas digestões lentas;
De homens altos.>>>E carácter baixo;
Estes são tempos em que se deseja paz mundial. >>>Mas perdura a guerra nos lares;
São dias de duas fontes de rendimentos. >>>Mas de mais divórcios;
De residências mais belas.>>> Mas de muitos lares quebrados.
É um tempo em que há muito na montra.>>> E nada no stock;

TUDO PARECE ESTAR MAL

Notícias

- Mês de Maio – MÊS DE MARIA
Nesta última semana do mês de Maio, continuamos a rezar o terço, em comunidade, à Mãe do Céu.
De 26 a 30 Maio: oração orientada pelo Grupo da Catequese.


- 31 de Maio – PROCISSÃO DE VELAS – CAMINHADA COM MARIA

“VEM E CAMINHA CONNOSCO, MARIA”

. É já no próximo sábado que iremos realizar a nossa “caminhada” com Maria. Convidam-se todas as pessoas que queiram participar activamente nesta procissão de velas a estarem na Capela da Lapa a partir das 21,00horas, para se organizar a procissão e distribuir tarefas.
. A saída da procissão será às 21,30h da Capela da Lapa, e caminharemos a cantar e a rezar pelas ruas a seguir indicadas.
. A procissão terminará na Obra ABC com a celebração da Eucaristia.
. PERCURSO: Capela da Lapa Rua Dr. Porfírio de Andrade Alto de Medancelhe Rua Dr. Ernesto da Fonseca Rua do Bazar Rua Dr. Porfírio de Andrade Rua de Medancelhe Rua João Vieira Rua das Catrinas Rua Padre Ivo Tonnelli Rua João Vieira Rua dos Casais Novos Rua da Boa Fé Rua do Casal Rua Dr. Porfírio de Andrade Alto de Medancelhe Obra ABC
. Mulheres para levar o ANDOR: as senhoras que quiserem levar o andor de Nossa Senhora devem indicar o nome e contacto até ao dia 25 de Maio (no final das missas com o Sr. Padre Amaro ou com algum dos responsáveis dos grupos da comunidade), de forma a que se possa organizar com tempo, ordem e carinho a caminhada / procissão.
. FLOR PARA OFERTÓRIO: convida-se todas as pessoas a trazerem UMA FLOR para colocar no cesto que irá na procissão / caminhada, e que depois na Eucaristia será levado no Ofertório. Cada um dos caminhantes colocará uma flor no cesto, para formar o “ramo” que vamos ofertar ao Senhor – sinal da nossa vontade de caminhar em conjunto e fazer comunidade.
. VELAS PARA A PROCISSÃO: à porta da Capela da Lapa teremos velas para quem desejar adquirir para a caminhada.
. ORGANIZAÇÃO DA PROCISSÃO - seguirá pela seguinte ordem:
Cruz, ladeada de 2 lampiões; Estandarte; Crianças da 1ª comunhão; Coração; Jarro com água; Cesta com flores; Tarja (pano) com frase da caminhada: “Vem e caminha connosco, Maria!”; 3 crianças vestidas de Pastorinhos; Andor; Sacerdote + acólitos + representantes de cada grupo que irão rezar os mistérios do rosário; 4 pessoas com saquinhos para as ofertas; Atrás do sacerdote: Todas as pessoas que caminham nesta procissão
- 31 de Maio – FESTA DA PALAVRA (crianças do 4º ano de catequese)
. No próximo sábado – dia 31 de Maio – as crianças do 4º ano de catequese irão celebrar a Festa da Palavra, na Eucaristia das 17 horas na Igreja de Santa Maria (cripta). As crianças devem reunir-se à porta da Igreja de Santa Maria às 16,30h, de onde serão encaminhadas pelos catequistas para os bancos que lhes estão reservados.

Colaboração de Paula Rocha ( Centro de Catequese )