08 março, 2008

A Mensagem nº 16 »09-03-08«


Evangelho (João 11,3-7.17.20-27.33b-45

Naquele tempo, 3as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus: "Senhor, aquele que amas está doente".4Ouvindo isto, Jesus disse: "Esta doença não leva à morte; ela serve para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela".5Jesus era muito amigo de Marta, de sua irmã Maria e de Lázaro. 6Quando ouviu que este estava doente, Jesus ficou ainda dois dias no lugar onde se encontrava. 7Então, disse aos discípulos: "Vamos de novo à Judéia".17Quando Jesus chegou, encontrou Lázaro sepultado havia quatro dias. 20Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. 21Então Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá".23Respondeu-lhe Jesus: "Teu irmão ressuscitará".24Disse Marta: "Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia".25Então Jesus disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. 26E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?"27Respondeu ela: "Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo".33bJesus ficou profundamente comovido 34e perguntou: "Onde o colocastes?"Responderam: "Vem ver, Senhor". 35E Jesus chorou.36Então os judeus disseram: "Vede como ele o amava!"37Alguns deles, porém, diziam: "Este, que abriu os olhos ao cego, não podia também ter feito com que Lázaro não morresse?"38De novo, Jesus ficou interiormente comovido. Chegou ao túmulo. Era uma caverna, fechada com uma pedra.39Disse Jesus: "Tirai a pedra!"Marta, a irmã do morto, interveio: "Senhor, já cheira mal. Está morto há quatro dias".40Jesus lhe respondeu: "Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?"41Tiraram então a pedra. Jesus levantou os olhos para o alto e disse: "Pai, eu te dou graças porque me ouviste. 42Eu sei que sempre me escutas. Mas digo isto por causa do povo que me rodeia, para que creia que tu me enviaste".43Tendo dito isso, exclamou com voz forte: "Lázaro, vem para fora!"44O morto saiu, atado de mãos e pés com os lençóis mortuários e o rosto coberto com um pano. Então Jesus lhes disse: "Desatai-o e deixai-o caminhar!"45Então, muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele.

A Palavra

A primeira leitura deste domingo, mostra-nos a situação de desespero em que se encontram os exilados israelitas - é uma situação de morte. Eles sentem-se próximos da ruína e do aniquilamento e não vêem no horizonte quaisquer perspectivas de futuro. O texto define a situação de ausência total de esperança como “estar no túmulo”. No entanto, é aqui que Deus entra. Jahwéh vai transformar a morte em vida, o desespero em esperança, a escravidão em libertação. O que é que Deus vai fazer, nesse sentido?
O Espírito que aqui é transmitido ao Povo que jaz no túmulo, é mais do que a simples “força vital”, que dá vida física ao homem: é a vida divina que transforma completamente os homens, fazendo com que os corações de pedra – duros, insensíveis, auto-suficientes – se transformem em corações de carne, sensíveis e bons, capazes de amar Deus e os irmãos (cf. Ez 36,26-27).
Então, com um coração de carne capaz de compreender o amor, o Povo reconhecerá a bondade de Deus, a sua fidelidade à Aliança e às promessas que fez ao seu Povo.
Ver os telejornais ou ler os jornais é – mais do que nos mantermos a par dos passos que o mundo vai dando – um autêntico exercício de masoquismo: parece que só há dramas, sofrimentos, injustiças e violências, como se o mundo fosse um imenso campo de morte. No entanto, nós os crentes sabemos que, apesar do sofrimento que faz parte da condição de fragilidade em que vivemos, Deus está presente na história humana, criando vida e oferecendo a esperança aos homens nesses mil e um gestos de bondade, de ternura e de amor que acontecem a cada instante (e que não chegam aos jornais ou às objectivas da televisão porque “não vendem” e, por isso, não são notícia). A Palavra Deus que hoje nos é proposta sugere que o crente – pelo simples facto de acreditar em Deus – deve ser um arauto da esperança.

O Evangelho garante-nos que Jesus veio realizar o desígnio de Deus e dar aos homens a vida de Deus. Ser “amigo” de Jesus e aderir à sua proposta (fazendo da vida uma entrega obediente ao Pai e um dom aos irmãos) é entrar na vida definitiva. Os crentes que vivem desse jeito experimentam a morte física; mas não estão mortos: vivem para sempre em Deus.

Ao longo da nossa existência nesta terra, convivemos com situações em que somos tocados pela morte física daqueles a quem amamos… É natural que fiquemos tristes pela sua partida e por eles deixarem de estar fisicamente presentes a nosso lado. A nossa fé convida-nos, no entanto, a ter a certeza de que os “amigos” não são aniquilados: apenas encontraram essa vida definitiva, longe da debilidade e da finitude humana.

Diante da certeza que a fé nos dá, somos convidados a viver a vida sem medo. O medo da morte como aniquilamento total torna o homem doente e impotente face à opressão e ao poder dos opressores; mas libertando-nos do medo da morte, Jesus torna-nos livres e capacita-nos para gastar a vida ao serviço dos irmãos, lutando generosamente contra tudo aquilo que oprime e que rouba ao homem a vida plena.
Padre Amaro Jorge scj

A Palavra

A primeira leitura deste domingo, mostra-nos a situação de desespero em que se encontram os exilados israelitas - é uma situação de morte. Eles sentem-se próximos da ruína e do aniquilamento e não vêem no horizonte quaisquer perspectivas de futuro. O texto define a situação de ausência total de esperança como “estar no túmulo”. No entanto, é aqui que Deus entra. Jahwéh vai transformar a morte em vida, o desespero em esperança, a escravidão em libertação. O que é que Deus vai fazer, nesse sentido?
O Espírito que aqui é transmitido ao Povo que jaz no túmulo, é mais do que a simples “força vital”, que dá vida física ao homem: é a vida divina que transforma completamente os homens, fazendo com que os corações de pedra – duros, insensíveis, auto-suficientes – se transformem em corações de carne, sensíveis e bons, capazes de amar Deus e os irmãos (cf. Ez 36,26-27).
Então, com um coração de carne capaz de compreender o amor, o Povo reconhecerá a bondade de Deus, a sua fidelidade à Aliança e às promessas que fez ao seu Povo.
Ver os telejornais ou ler os jornais é – mais do que nos mantermos a par dos passos que o mundo vai dando – um autêntico exercício de masoquismo: parece que só há dramas, sofrimentos, injustiças e violências, como se o mundo fosse um imenso campo de morte. No entanto, nós os crentes sabemos que, apesar do sofrimento que faz parte da condição de fragilidade em que vivemos, Deus está presente na história humana, criando vida e oferecendo a esperança aos homens nesses mil e um gestos de bondade, de ternura e de amor que acontecem a cada instante (e que não chegam aos jornais ou às objectivas da televisão porque “não vendem” e, por isso, não são notícia). A Palavra Deus que hoje nos é proposta sugere que o crente – pelo simples facto de acreditar em Deus – deve ser um arauto da esperança.

O Evangelho garante-nos que Jesus veio realizar o desígnio de Deus e dar aos homens a vida de Deus. Ser “amigo” de Jesus e aderir à sua proposta (fazendo da vida uma entrega obediente ao Pai e um dom aos irmãos) é entrar na vida definitiva. Os crentes que vivem desse jeito experimentam a morte física; mas não estão mortos: vivem para sempre em Deus.

Ao longo da nossa existência nesta terra, convivemos com situações em que somos tocados pela morte física daqueles a quem amamos… É natural que fiquemos tristes pela sua partida e por eles deixarem de estar fisicamente presentes a nosso lado. A nossa fé convida-nos, no entanto, a ter a certeza de que os “amigos” não são aniquilados: apenas encontraram essa vida definitiva, longe da debilidade e da finitude humana.

Diante da certeza que a fé nos dá, somos convidados a viver a vida sem medo. O medo da morte como aniquilamento total torna o homem doente e impotente face à opressão e ao poder dos opressores; mas libertando-nos do medo da morte, Jesus torna-nos livres e capacita-nos para gastar a vida ao serviço dos irmãos, lutando generosamente contra tudo aquilo que oprime e que rouba ao homem a vida plena.
Padre Amaro Jorge scj

Histórias para Meditar

O CARPINTEIRO GALILEU
Cristo, o carpinteiro galileu...Não foi médico - e curou todas as enfermidades...Não foi advogado - e explicou os princípios básicos de toda lei...Não foi escritor - e inspirou as maiores obras da literatura mundial...Não foi poeta, nem músico - e é a alma de todos os poemas e de toda a música da vida...Não foi orador - e é o intérprete de todos os corações...Não foi literato - e escreveu no livro dos séculos a mais bela página...Não foi artista - e enche de luz os génios de todos os tempos...Não foi estadista - e fundou as mais sólidas instituições da sociedade...Não foi general - e conquistou milhões de almas e países inteiros...Não foi inventor - e inventou o elixir de perene felicidade...Cristo, o carpinteiro galileu...Diáfano como um cristão - e misterioso como a noite...Simples como uma criança - e profundo como um filósofo...Severo como um juiz - e carinhoso como uma mãe...Terrível como a tempestade - e meigo como a luz solar...Amigo de madalenas contritas - e inimigo de fariseus impenitentes...Humilde entre vivas e hosanas - sereno entre "morras" e "crucifiques"...Cristo, o carpinteiro galileu...Nós, os mortais, te amamos - porque nos amaste...Cremos em ti - porque és o caminho, a verdade e a vida...Em ti esperamos - porque o teu reino não é deste mundo...Não podemos viver sem ti - porque és a alma da nossa vida e a vida da nossa alma.Não podemos lutar sem ti - porque és o sustentado em nossa fraqueza e avitória em nossas derrotas...Não podemos sofrer sem ti - porque és o bálsamo das nossas chagas e a aurora das nossas noites...Nada sabemos sem ti - porque és a sede de toda a ciência e sabedoria...Nada valemos sem ti - porque és o único factor positivo no meio dos nossos zeros...Intolerável nos é o mundo sem ti - porque intolerável nos é o próprio eu...Contigo nos é fácil todo o difícil - porque suave é o teu jugo e leve o teu peso...Somos infelizes sem ti - porque inquieto está nosso coração até que descanse em ti...Cristo - carpinteiro galileu...Cristo - filho de Deus...

Notícias da Comunidade

- CAMINHADA QUARESMA – PÁSCOA 2008:
«A VIDA: DOM NA FAMÍLIA»

5º Domingo da Quaresma: símbolo/dom =
PLANTA
Mostra-se, pela ressurreição de Lázaro, que acreditar em Jesus é acreditar na Vida Nova.
“Se o grão de trigo lançado à terra morrer dará muito fruto” (Jo 12), ou seja, a semente depois de morrer gera vida em abundância numa planta, sinal de vida, da passagem da morte para a vida, tal como aconteceu com Lázaro, morto e ressuscitado.
A ressurreição de Lázaro foi, assim, o último sinal do morrer para nascer de novo que Jesus realizou antes do grande sinal: a Sua própria Ressurreição.
- Actividades (desafio em família):
● Experimentar uma forte experiência, tantas vezes perdida na nossa vida do dia-a-dia, tantos são os afazeres: a
ORAÇÃO EM FAMÍLIA.
Aqui deixamos um exemplo… mas o importante é rezar, rezar intensamente e com simplicidade – pois rezar é DIALOGAR com Deus.
«Senhor Jesus Cristo, ensina-nos a, cada vez mais conscientemente, revelarmos na vida aqueles valores que de Vós recebemos e que queremos que sejam a nossa marca de filhos de Deus.
Ajuda-nos a partilhar a nossa vida com todos aqueles que se encontram em dificuldade, como tão bem fez S. Francisco de Assis.»
-
CAMPANHA QUARESMAL
Depende do nosso empenho a compra do ESTANDARTE que será utilizado nas Procissões de Nossa Senhora na nossa comunidade de Medancelhe. A equipa responsável já está a movimentar-se para encontrar o melhor e ao mais baixo custo… Com a ajuda de todos, talvez ainda mesmo este ano consigamos este belo elemento para a nossa Procissão de Maio!
Na parte da frente terá a imagem de Maria, e na parte de trás uma inscrição referente à localidade. E aqui fica a pergunta, para toda a comunidade se poder pronunciar, para chegarmos a um consenso sobre o texto a colocar: «Comunidade de Medancelhe – Rio Tinto – ABC / Srª da Lapa» O que acham? Dêem a vossa opinião…
- VIA SACRA ENCENADA PELAS RUAS DE MEDANCELHE
. É já na próxima 6ª feira (14/03) a nossa via sacra encenada pelas ruas de Medancelhe. Convida-se toda a comunidade a participar nesta oração especial, neste caminhar que recorda, actualiza e vivencia a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, o nosso Salvador. O início será às 21,30h, com a primeira estação encenada no Pavilhão da Obra ABC. O restante percurso será feito pelas ruas, segundo o itinerário habitual – poderão encontrar um esquisso do percurso nos cartazes que serão espalhados pelas ruas, e também no nosso blog.

. Neste domingo (09/03), será o ensaio geral pelas ruas, que terá início às 21,15h na Obra ABC. Pede-se a comparência de todos os participantes.
- SACRAMENTO DO CRISMA / CONFIRMAÇÃO
. “Nascidos para a vida da graça pelo Baptismo, é pelo Sacramento do Crisma que recebemos a maturidade da vida espiritual. Ou seja, somos fortalecidos pelo Divino Espírito Santo, que nos torna capazes de defender a nossa Fé, de vencer as tentações, de procurarmos a santidade com todas as forças da alma. Pelo Baptismo nós nascemos, pelo Crisma nós crescemos na vida da graça.”
Este ano irá celebrar-se na nossa Paróquia de Rio Tinto o Sacramento do Crisma, no dia 19 de Outubro de 2008. Brevemente estarão à disposição as respectivas fichas de inscrição para aqueles que pretendam receber este Sacramento. As preparações para o mesmo terão início em Abril.

Colaboração de Paula Rocha ( Centro de Catequese)