07 março, 2010

Com Interesse


Quaresma


Quando se começou a celebrar a Quaresma?As origens da Quaresma são antigas e estão ligadas a outros acontecimentos, como a preparação dos catecúmenos ao Batismo e a prática das penitências, como a preparação para os catecúmenos ao Batismo e a prática das penitências, muito em voga nos primeiros séculos. Já no século IV se fala de quarentena penitencial. Antes disso, nos séculos II e III, costumava-se fazer alguns dias de jejum em preparação à Páscoa.

Ainda é costume jejuar durante este tempo?
Sim, ainda é costume jejuar na Quaresma, ainda que ele seja válido em qualquer época do ano. A igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se, de ir percebendo que, o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma se justifica as demais abstinências, elas têm a mesma função.
Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa. Pela lei da igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 18 e 60 anos. Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de acordo com suas disponibilidades.
O jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em serviços de amor, em práticas de caridade. Os sacrifícios, que podem ser escolhidos livremente, por exemplo: um jovem deixa de mascar chicletes por um mês, e o valor que gastaria nos doces é usado para o bem de alguém necessitado.
Por que não se canta Aleluia e o Glória no tempo da Quaresma?

Aleluia significa “Louvai Javé”, e é aclamação marcada pela alegria e pela festa. O clima da Quaresma não combina com isso. O aleluia será uma explosão de alegria na Vigília Pascal. Também o Glória é omitido na Quaresma, pelos mesmos motivos.
O que é a Via-sacra e quando surgiu?

Na Quaresma e Sexta-feira Santa costuma-se fazer a via-sacra. A palavra significa “caminho sagrado” (o caminho de Jesus até a morte de cruz). É um ato de piedade – muitas vezes em forma de caminhada – no qual se reza e se medita sobre 14 episódios (estações) da Sexta-feira Santa, desde a condenação à morte até o sepultamento de Jesus. Há vários formulários de Via-sacra, e ultimamente – com muita razão – acrescentou-se a 15ª estação – a ressurreição de Jesus, pois a morte não o venceu ou derrotou. Várias estações desse ‘caminho sagrado’ não são tiradas dos evangelhos (por exemplo, as três quedas de Jesus, a Verônica enxugando o rosto do Senhor etc.).