12 janeiro, 2008

HISTÓRIAS PARA MEDITAR

O Peso do Papel

Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém, aproximou-se do proprietário conhecido pelo seu jeito grosseiro e pediu-lhe fiado alguns mantimentos.Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar.O dono do armazém riu-se dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento. Pensando na necessidade da sua família ela implorou:- "Por favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver...".Ele respondeu-lhe que ela não tinha crédito e nem conta na sua loja.Em pé no balcão ao lado, um freguês que assistia à conversa entre os dois, aproximou-se do dono do armazém e disse-lhe para ele dar o que aquela mulher necessitava para a sua família, e que coloca-se em sua conta. Então, o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher:- "Você tem uma lista de mantimentos?". - "Sim", respondeu ela.- "Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos!".A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou do bolso um pedaço de papel, escreveu algumas coisas e colocou-o suavemente na balança.
Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu e permaneceu embaixo. Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado:- "Eu não posso acreditar!".O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança. Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada.O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido.Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia: "Meu Senhor, tu conheces as minhas necessidades e eu estou deixando isto em tuas mãos.".O homem deu as mercadorias para a pobre mulher no mais completo silêncio, que agradeceu e deixou o armazém. O freguês pagou a conta e disse:- "Valeu cada centavo.

" Só Deus sabe o quanto pesa uma oração.