19 março, 2010




ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS
PARA O 5º DOMINGO DA QUARESMA
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)
A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.



Ao longo dos dias da semana anterior ao 5º Domingo da Quaresma, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.
O APELO A PORMO-NOS DE PÉ.
Depois do apelo à paciência (3º domingo) e o apelo à misericórdia (4º domingo), eis, neste 5º domingo da Quaresma, o apelo a pormo-nos de pé e a viver de maneira diferente: “vai e não tornes a pecar”. O momento penitencial pode realçar este dinamismo de conversão.
ORAÇÃO NA LECTIO DIVINA.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das leituras com a oração.
No final da primeira leitura:
Pai do teu Povo, nós Te damos graças pela tua obra criadora, renovada sem cessar, e pelos germes do mundo novo que o mistério da Páscoa nos revela. Nós Te pedimos pelos candidatos ao baptismo, adultos, jovens e crianças, e pelas comunidades, os padrinhos/madrinhas e os pais que os preparam.
No final da segunda leitura:
Cristo Jesus, Tu que Te deste a conhecer ao apóstolo Paulo e o agarraste a ponto de ele Te preferir a todas as riquezas da terra e Te reconheceu como a única vantagem válida, nós Te bendizemos. Nós Te pedimos pelos doentes e pelas vítimas de todas as espécies de sofrimentos.
Que a revelação da tua Paixão os mantenha na esperança da ressurreição e da vida do mundo que há-de vir.
No final do Evangelho:
Pai, bendito sejas pela mensagem de perdão, a palavra de reconciliação e o apelo à esperança que nos fizeste ouvir enviando-nos o teu Filho. Nós Te pedimos por todas as nossas comunidades que celebram a reconciliação nestes dias. Que o teu perdão nos renove e nos reconcilie entre nós.
BILHETE DE EVANGELHO.
Jesus é posto face à Lei e, ao mesmo tempo, face a uma mulher. A Lei é clara: esta mulher, apanhada em flagrante delito de adultério, deve ser delapidada. Jesus não rejeita a Lei, pede somente aos escribas e fariseus para a colocar em prática, com a condição de começarem a ter um olhar sobre a própria vida antes de olhar a mulher e de a condenar. Os detractores acabam por se condenar a si mesmos e retiram-se, reconhecendo-se pecadores, a começar pelos mais velhos… Quanto a Jesus, que não tem pecado, podia lançar a pedra. Não o faz. Ele veio para salvar, não para condenar. Pedindo à mulher para não voltar a pecar, dá-lhe nova oportunidade. Para Jesus, ela não é apenas uma mulher adúltera, ela é capaz de outra coisa. Oferecendo-lhe a sua graça, agraciou também os escribas e os fariseus, colocando-os num caminho de conversão, eles que tinham aberto os olhos não somente sobre a mulher, mas sobre si próprios.
ORAÇÃO EUCARÍSTICA.
Sugere-se a Oração Eucarística I das Missas da Reconciliação.
PALAVRA PARA O CAMINHO…
A mulher adúltera… “Esta mulher foi apanhada em flagrante delito de adultério…”“Aquela martirizou o seu filho…” “Aquela deixou-o morrer de fome…” “Aquela outra…”…e as nossas mãos já estão cheias de pedras para a lapidar. Esta semana, a convite de Jesus, comecemos por olhar onde se situa o nosso pecado… De seguida, em relação a todas estas mulheres de hoje condenadas sem apelo, abramos o nosso coração à compreensão… à misericórdia… e talvez ao apoio na sua angústia.




(In Página dos Dehonianos)