20 dezembro, 2009

Para meditar


O sonho de Maria

Eu tive um sonho, José!
Não o entendi muito bem, mas parece que era a respeito da celebração dos anos do nosso Filho.
Eu penso que era a respeito disso.
As pessoas andava há seis semanas a preparar esta festa. Tinham decorado e iluminado a casa e comprado roupas novas. Entraram muitas vezes nas lojas para fazer compras e compraram presentes muito bonitos.
Mas era curioso notar que esses presentes não eram para o nosso Filho.
Embrulharam esses presentes em papel muito bonito, amarraram-nos com fitas de várias cores e colocaram-nos debaixo de uma árvore!
Sim José, uma árvore! Dentro da sua própria casa.
A árvore também estava enfeitada.
Os ramos estavam cheios de bolinhas luminosas e decorações brilhantes. Havia uma figura no ponto mais alto da árvore. Parecia a figura de um anjo. Oh! Era tão bonito.
Toda a gente se ria e se mostrava feliz. Todos entusiasmados com os presentes.
Deram-nos uns aos outros José, não os deram ao nosso Filho que fazia anos. Deu-me a impressão que nem sequer O conheciam, pois nem mencionaram o nome dele.
Não é estranho que as pessoas tenham tanto trabalho para celebrar os anos de uma pessoa que nem sequer conhecem? Tive mesmo a sensação que se o nosso Filho aparecesse na festa seria um intruso e de certeza que não seria bem recebido.
Tudo estava tão bonito José, e toda a gente estavam tão contentes, mas...Deu-me tanta vontade de chorar. Que tristeza para o nosso Filho Jesus não ser desejado, nem sequer na festa dos seus anos.
Sinto-me contente por ter sido apenas um sonho.
Que terrível José se tivesse sido verdade!

Este escrito perturbador, criado por alguém desconhecido, imbuído do verdadeiro sentido do Natal. É o tal remar contra a maré daqueles que conseguiram com bastante êxito afastar Jesus do Natal como alguém estranho, simplesmente desconhecido. Um familiar mostrou-me, em conversa recente, que as crianças à pergunta sobre quem dá as prendas afirmam logo que é o pai natal e se interpeladas com o Menino Jesus, respondem atónitos: «quem é esse?!». E isto em ambientes ditos cristãos