02 setembro, 2009

Reflectindo

ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS
PARA O 22º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)
1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 22º Domingo do Tempo Comum, procurar
meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em
cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da
Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos
eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver
em pleno a Palavra de Deus.
2. BILHETE DE EVANGELHO.
Só Deus pode ver o coração, enquanto os homens, esses, vêem as aparências. É,
pois, com toda a confiança filial que podemos deixar Deus olhar-nos. Mas isso é
exigente para nós, porque todas as nossas palavras e todos os nossos gestos devem
estar em harmonia com o que o nosso coração quer exprimir. As nossas palavras e
orações devem ser a expressão do nosso amor filial e fraternal. A lei de Deus está
inscrita no nosso coração, conhecemos a sua vontade, sabemos muito bem o que Lhe
agrada: cabe a nós pormo-nos de acordo sobre os nossos comportamentos e sobre
esta vontade de Deus. Aliás, falta-nos pedir-Lhe: “Que a tua vontade seja feita!” Então,
talvez Deus dir-nos-á: “Honras-Me com os lábios, fazes a minha vontade, mas o teu
coração está longe de Mim”.
3. À ESCUTA DA PALAVRA.
Os escribas e fariseus tinham enchido a Lei de Moisés com tantas interpretações que
se acabou por sacralizá-la e torná-la intocável, sob o nome de “tradições dos antigos”.
A lei tinha-se tornado, em todos os detalhes da vida quotidiana, um fardo insuportável
denunciado pelo próprio Jesus. Assim, era contrário à tradição dos antigos comer sem
ter lavado as mãos. Regra de higiene elementar, sem dúvida, mas que se tinha
intitulado de “purificação”. Não se submeter a essa regra era tornar-se impuro aos
olhos de Deus! O que faziam precisamente alguns discípulos de Jesus. Jesus
aproveita para dar uma lição de moral… A palavra de Jesus tem todo o seu valor e
vigor. Quantas interpretações dadas em Igreja, ao longo dos séculos, que acabámos
por identificar com a Palavra de Deus! Multiplicaram-se leis, obrigações e proibições,
dizendo: “É a tradição!” Nem pensar em mudar uma vírgula das regras litúrgicas ou
morais! É, sem dúvida, uma atitude tranquilizadora, mas esconde muitas vezes medos
e inseguranças. É a mesma reacção que a dos escribas e dos fariseus! Ora, não é
protegendo a nossa fé com uma carapaça de leis que a tornamos mais sólida, mas por
uma escuta sem cessar nova daquilo que “o Espírito diz às Igrejas”. Mas é verdade
que o Espírito Santo sempre teve tendência para mexer com os homens e provocálos,
para fazê-los avançar para o grande largo! O Espírito de Jesus quer construir-nos
como seres vivos, com uma coluna vertebral interior e não com uma carapaça exterior,
para que possamos manter-nos de pé, como ressuscitados!

(In Página dos Dehonianos )