02 agosto, 2008

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Capacete de Szczecin recorda luta contra a opressão
Em Novembro de 2007, o Santuário de Fátima em Portugal acolheu um grupo de peregrinos
de Szczecin, Polónia. Recebidos pelo Reitor Mons.Luciano Guerra, os peregrinos
ofereceram ao Santuário um capacete de trabalhador de construção naval.
Mais recentemente, o Pároco da Paróquia de Imaculado Coração de Maria e Reitor do Santuário local de Nossa Senhora de Fátima, P. Henryk Silko, um dos peregrinos, escreveu uma carta a Mons. Luciano Guerra.
Considera o P. Henryk Silko que o norte da Polónia “é verdadeiramente território de ‘missão’ especialmente a nossa cidade de Szczecin, durante longos anos predominantemente comunista”.
“O nosso santuário é relativamente novo, tendo sido erigido em 1985. O nosso Santo Padre João Paulo II coroou, em 1987, a nossa Imagem de Nossa Senhora, oferecida pelo Apostolado (Mundial) de Fátima.
Esta Imagem visitou todas as paróquias da nossa diocese antes de ser entronizada aqui na sua casa, em Osiedle Sloneczne (‘Complexo Habitacional Luz do Sol’)”, relata o sacerdote.
A propósito do capacete oferecido ao Santuário de Fátima, um texto anexo a esta carta do Padre Silko explica o simbolismo da oferta.
“Este capacete de trabalhador de construção naval de Szczecin, Polónia, data do ano 1980, aquando das greves contra o regime comunista.
O Estaleiro Naval de Szczecin, cidade portuária no Noroeste da Polónia, testemunhou, pela primeira vez em Dezembro de 1970, um grande levantamento da classe operária que começara por toda a Polónia contra a opressão do povo pelas autoridades comunistas.
Em Szczecin, nos dias 17 e 18 de Dezembro, 16 pessoas morreram durante os protestos e a sua morte está assinalada num monumento colocado em frente do portão principal do Estaleiro.
Em 1980 tem lugar a próxima revolta da classe operária polaca. O Estaleiro de Szczecin
esteve em greve de 18 a 30 de Agosto.Os operários permaneceram dia e noite fechados dentro do Estaleiro. Membros de suas famílias entregavam-lhes comida por debaixo dos portões e uma padaria ao lado lançava-lhes pão pelas janelas para dentro do Estaleiro.