26 março, 2010







ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS
PARA O DOMINGO DE RAMOS
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)




A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao Domingo de Ramos, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.
O EVANGELHO DA PAIXÃO… PROCLAMADO E ACOLHIDO.
Neste Domingo de Ramos temos a leitura da Paixão, na sua forma longa ou na forma breve. O leccionário propõe uma leitura dialogada. Procurar que os vários leitores a preparem com afinco para que a Palavra seja bem proclamada (e bem acolhida!) e não apenas recitada (e mal percebida!). A proclamação por vários leitores deve ajudar à concentração na Palavra e à sua interiorização profunda e não à dispersão e a um acolhimento superficial. Se tal ajudar, pode-se prever um breve tempo de silêncio (ou um refrão apropriado) entre cada sequência da Paixão.
ORAÇÃO NA LECTIO DIVINA.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das leituras com a oração.
No final da primeira leitura:
Pai, nós Te damos graças pelo testemunho de não-violência dado e ensinado pelos teus profetas e, sobretudo, pelo teu Filho Jesus. Nós Te pedimos: vem em nosso auxílio, desperta-nos em cada manhã para a escuta
da tua Palavra, ensina-nos com o teu Espírito de paciência. Que nós saibamos reconfortar aqueles que não aguentam mais viver.
No final da segunda leitura:
Cristo Jesus, nós Te adoramos e bendizemos: Tu, que és de condição divina, despojaste-Te e fizeste-Te servidor. Pai, nós Te glorificamos, porque o teu Filho humilhado até ao extremo pelos homens, Tu O revelaste acima de tudo. Nós Te pedimos pela nossa humanidade que continua a sofrer e a fazer sofrer: levanta-a e cura-a com o teu Espírito de ressurreição.
No final do Evangelho:
Jesus, Filho do Deus vivo, nós Te bendizemos por esta revelação admirável que Tu fizeste ao bom ladrão, pela qual fortificas a nossa esperança: «hoje mesmo estarás comigo no paraíso». Em nome de todos os nossos irmãos e irmãs mergulhados na dor e na infelicidade, nós Te pedimos: «No teu Reino, lembra-te de nós, Senhor».
BILHETE DE EVANGELHO.
É difícil fazer calar uma multidão. Na descida do monte das Oliveiras, a multidão de Jerusalém aclama Jesus: “Bendito o que vem, o nosso rei, em nome do Senhor!” Mas uma multidão pode ser manipulada e acabar por dizer o contrário. Assim, alguns dias mais tarde, ela gritará: “Morte a este homem! Crucifica-o!” Jesus não quer calar a multidão que O aclama, porque, se eles se calam, as pedras falarão! Será um malfeitor, crucificado junto d’Ele, que O reconhecerá como rei: “Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza”. Será um centurião, um pagão do exército romano, a fazer um acto de fé: “Realmente este homem era justo!” As pedras não terão necessidade de gritar, porque estes dois homens recusaram calar-se: já o Espírito os animava e fazia-lhes dizer a verdade. Quanto a Jesus, é por ter dito a verdade que é levado à morte. De facto, a verdade desarranja… O trono que espera este rei é a cruz e a sua coroa será de espinhos: na fraqueza manifestar-se-á o poder de Deus, o poder do Amor!




( In página dos Dehonianos)