20 setembro, 2009

Reflectindo


ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA O 25º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)

1. A LITURGIA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 25º Domingo do Tempo Comum, procurar
meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em
cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da
Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos
eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver
em pleno a Palavra de Deus.

2. BILHETE DE EVANGELHO.
Nunca os discípulos teriam ousado discutir diante do seu Mestre para saber quem era
o maior. Eis a razão pela qual eles preferem calar-se. Que contraste entre a discussão
dos discípulos sobre a sua promoção social e o anúncio de Jesus sobre o seu
abaixamento! Como as suas palavras não parecem ser compreendidas pelos seus
amigos, Ele vai fazer-lhes sinal através de um gesto: coloca uma criança no meio
deles. A criança não conhece o prestígio, é desconsiderada pela sociedade… Jesus
identifica-Se com esta criança: “Quem receber uma destas crianças em meu nome é a
Mim que recebe”. Jesus não Se identifica com os grandes, mas com os pequenos. Ele
vai mais longe, identifica-Se com o seu Pai: “Quem Me receber não Me recebe a Mim,
mas Àquele que Me enviou”. O evangelista não descreve as reacções dos discípulos,
mas, naquele dia, estes compreenderam certamente que, se queriam ser seus
discípulos, não deveriam procurar ser maiores que o seu Mestre.

3. À ESCUTA DA PALAVRA.
“Que discutíeis no caminho? Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com
os outros sobre qual deles era o maior». Ser o maior, o primeiro, o melhor, o mais
forte… É a terrível tentação do poder! Ela nunca abandonou o próprio Jesus. As suas
três tentações, no deserto, andam à volta do poder. Em toda a sua vida, até à cruz,
esta tentação vai acompanhá-l’O sempre… Variadas vezes, Jesus repreende os seus
discípulos, coloca-os de aviso contra a tentação do poder: “Se alguém quer ser o
primeiro, que ele seja o último de todos e o servidor de todos”. Jesus pregou tudo isso
com palavras e com actos. Basta recordar o episódio do lava-pés na última ceia. O
poder, para Jesus, é serviço ao crescimento do amor e da vida. É preciso reconhecer
que, na sua história, a Igreja agiu muitas vezes ao contrário do Evangelho… Apesar
dos progressos notáveis, em particular depois do Concílio Vaticano II, há ainda muito
caminho a fazer. É preciso intensificar a nossa súplica, para que o Espírito não deixe
nenhum membro da Igreja tranquilo, a fim de que todos sejamos interpelados pelo
Evangelho. Daí depende a credibilidade do testemunho cristão no mundo!

4. PARA A SEMANA QUE SE SEGUE…
Fazer o ponto da situação… É-nos dada a ocasião, nesta semana, para fazer o ponto
sobre os nossos valores, sobre o que é importante para nós na vida: o que conta
verdadeiramente para mim? A segunda leitura e o Evangelho podem ajudar-nos a
reflectir nisso. Tomar o tempo para se questionar simplesmente, em verdade, diante
do Senhor: no fundo, o que é que eu procuro, o que espero da vida?
( In Página dos Dehonianos)