23 agosto, 2009

Reflectindo


1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 21º Domingo do Tempo Comum, procurar
meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em
cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da
Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos
eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver
em pleno a Palavra de Deus.
2. BILHETE DE EVANGELHO.
Não há dúvida que Pedro não tinha compreendido todas as palavras de Jesus sobre o
Pão da Vida, mas, um dia, ele tinha deixado tudo para seguir este Mestre que falava e
agia com autoridade. Ele tinha-Lhe dado toda a sua confiança sem reservas: as suas
palavras eram palavras de vida, os seus gestos eram gestos de vida. Então porque
não aceitar que toda a sua pessoa fosse doadora de vida eterna? Pedro não se vê,
pois, a deixar Aquele que promete a vida em nome de Deus. Imagina-se o sofrimento
de Jesus ao ver alguns dos seus discípulos deixarem de O seguir. Mas imagina-se
também a sua alegria diante da confiança daqueles que não O deixarão, mesmo se
vierem a conhecer abandono momentâneo, negação, dúvida… Estamos prontos a
fazer o acto de fé de Pedro: “Senhor, para quem iremos nós?” Em Cristo, e somente
n’Ele, nunca ficaremos decepcionados!
3. À ESCUTA DA PALAVRA.
O escândalo não tardou em rebentar! “Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?”
Desta vez, não são os escribas e os fariseus que se opõem violentamente a
Jesus, mas a maior parte dos seus discípulos. No lugar de Jesus, teríamos, sem
dúvida, tentado acalmar os espíritos dizendo, por exemplo, que comer o seu corpo,
beber o seu sangue para ter a vida eterna, era uma imagem, certamente chocante,
mas apenas uma imagem! Nada disso com Jesus! Ele não apenas não retira nenhuma
das suas palavras, mas provoca os Doze: “Também vós quereis ir embora?” Ele
aceitaria antes ver partir os seus discípulos mais próximos do que negar uma só das
suas palavras! O desafio era capital, incontornável. Não podemos apagar estas
palavras se queremos ser seus discípulos. Tudo à luz do acontecimento central da
Morte e Ressurreição, celebrado na Eucaristia! Isso exige uma dupla atitude para
entrarmos no mistério da Eucaristia: Reconhecemos verdadeiramente neste homem,
Jesus de Nazaré, o Filho de Maria, o verdadeiro Filho único de Deus, nascido do Pai
antes de todos os séculos, como dizemos no Credo? Cremos verdadeiramente que
Jesus ressuscitou e é verdadeiramente vencedor da morte? Aí está o centro da nossa
fé, onde tudo se decide! Quando comungamos o corpo e o sangue de Cristo, dizemos:
“Ámen! Adiro a esta presença de Jesus ressuscitado com todas as fibras do meu ser!”
Uma fé celebrada na Eucaristia a marcar toda a nossa existência… Não há meiostermos!
4. PARA A SEMANA QUE SE SEGUE…
Qual é a minha fé? Cada um de nós pode interrogar-se: posso sinceramente dizer a
minha fé com as palavras de Pedro? Se sim, terei, nos próximos dias, a força de a
testemunhar junto de uma pessoa que duvida, que procura, ou que contesta a fé
cristã? Quais são os meios que tenho para alimentar a minha fé?

( In Página dos Dehonianos)